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Ciências

Vídeo da Nasa mostra superfície “conturbada” de Júpiter

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A missão Juno da Nasa (a agência espacial americana) lançou imagens e uma animação em 3D que mostram o polo norte de Júpiter, um dos planetas mais misteriosos de nosso Sistema Solar. Spoiler: o local não é nem um pouco tranquilo.

O polo norte de Júpiter, que tem 11 vezes o tamanho da Terra, abriga um ciclone gigantesco rodeado por outros oito menores. Para você ter ideia da dimensão, esses oito ciclones que circulam o maior têm entre 4.000 e 4.600 quilômetros de diâmetro.

As imagens e informações foram coletadas pela sonda Juno, que está orbitando o planeta desde 2016. O vídeo foi feito usando diversas imagens feitas pela sonda. O material, assim como descobertas envolvendo a gravidade e o campo magnético do planeta, foi divulgado durante a Assembleia Geral da União Europeia de Geociências, que acontece em Viena, na Áustria.

Para se ter ideia de como é difícil conseguir informações sobre o planeta, a Juno usou um instrumento capaz de olhar de 50 a 70 quilômetros abaixo das agitadas nuvens que cobrem Júpiter. “As imagens ajudarão o time a entender as forças trabalhando na animação–um polo norte dominado por um ciclone central cercado por outros oito ciclones circumpolares com diâmetros entre 4.000 e 4.600 quilômetros”, explica a Nasa.

“Antes da Juno, nós podíamos apenas supor como os polos de Júpiter seriam”, diz Alberto Adriani, membro do time da Juno, em comunicado. “Agora, Juno voando sobre os polos a uma distância permite a coleta de imagens em infravermelho das condições climáticas do polo de Júpiter e seus ciclones massivos em uma resolução sem precedentes.”

Os novos dados ajudaram cientistas a entender melhor a gravidade e rotação de Júpiter. Astrônomos descobriram que à medida que se vai mais fundo na superfície, o gás se forna uma espécie de líquido metálico com alta densidade. Esse material fira como se fosse um sólido.

“Neste ponto, o hidrogênio se torna condutivo o suficiente para ser arrastado em uma rotação quase uniforme pelo poderoso campo magnético do planeta”, diz Tristan Guillot, outro cientista da missão.

Outro pesquisador, Jack Connerney, comentou sobre o campo magnético do planeta, que também tem características surpreendentes. “Estamos descobrindo que o campo magnético de Júpiter não se parece com nada imaginado anteriormente.”

O campo magnético tem irregularidades inesperadas, com regiões mais intensas, além de contar com diferenças consideráveis entre os polos norte e sul. O próximo passo deve ser compreender as causas das diferenças, ainda misteriosas para os cientistas.

Assista à animação feita pela NASA

Publicação original da Revista Exame

Brasil

Explosão de estrela poderá ser vista do Brasil até o fim de 2024

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Um raro fenômeno astronômico está previsto para ocorrer até o final de 2024 e poderá ser observado a olho nu em diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil. Trata-se da explosão da estrela T Coronae Borealis (T Cor Bor), localizada a aproximadamente 3.000 anos-luz da Terra, na constelação de Corona Borealis.

Este tipo de evento, semelhante ao que aconteceu pela última vez em 1946, permitirá aos cientistas estudar a explosão estelar com o auxílio das mais modernas tecnologias disponíveis atualmente. O brilho gerado pela explosão deverá ser visível por alguns dias, enquanto astrônomos continuarão a monitorar o fenômeno com telescópios por muitos anos.

A T Coronae Borealis é classificada como uma anã branca, uma estrela que já consumiu todo o seu combustível nuclear. Suas explosões são recorrentes, pois ela continua absorvendo matéria de uma estrela vizinha, uma gigante vermelha. Essa dinâmica cria um ciclo de explosões periódicas. De acordo com a NASA, “as estrelas estão suficientemente próximas para que, à medida que a gigante vermelha se torna instável devido ao aumento da temperatura e pressão e começa a ejetar suas camadas exteriores, a anã branca recolha essa matéria em sua superfície”.

Especialistas em astronomia e astrofísica afirmam que, embora o momento exato da explosão não possa ser determinado, sua ocorrência é certa. Um dos sinais recentes foi a diminuição do brilho da T Cor Bor, um indicativo de que a explosão está iminente. Apesar da magnitude do evento, astrônomos garantem que não haverá qualquer impacto na Terra, pois a estrela está a uma distância segura. “A estrela está longe o suficiente para não nos afetar”, afirmam os pesquisadores.

Embora não exista uma data específica para o evento, espera-se que ocorra a qualquer momento até o final de 2024. Desde abril deste ano, a expectativa em torno da explosão vem crescendo e foi amplamente noticiada, incluindo pelo jornal português *Diário de Notícias*.

Fonte: Diário de Notícias – www.dn.pt

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Botucatu

Equipe do IBB é selecionada em programas nacionais de pré-aceleração de Startups de base científica

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Pesquisadores buscam identificar de moléculas capazes de reverter o envelhecimento da pele

Startups científicas brasileiras se tornam cada vez mais atraentes para a indústria, impulsionadas pelos programas de aceleração que incentivam pesquisadores universitários a desenvolver ideias com foco no mercado e na indústria. O Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu (IBB) é um exemplo desse movimento, com uma equipe aprovada em dois importantes programas de aceleração de startups de base científica biológica. A equipe surgiu no laboratório do Prof. Dr. Robson Francisco Carvalho, a partir da vontade de empreender da discente Msc. Jakeline Santos Oliveira, em conjunto com o analista de marketing digital Márcio Junior Dupont.

Em abril de 2023, o programa Atômica (https://conteudo.wylinka.org.br/atomica), promovido pela Sebrae for Startups, com execução da Wylinka e apoio da Associação Brasileira de Startups (ABSTARTUPS), abriu inscrições para selecionar startups científicas em fase de validação no mercado, principalmente aquelas que já estão entre os TRLs 3 a 6 (Nível de Maturidade Tecnológica). O programa irá oferecer mentorias com especialistas em inovação, que irão mergulhar no negócio para fornecer informações estratégicas sobre a startup e o mercado.

Ao mesmo tempo, a 7ª rodada do BioStartup Lab, da Biominas Brasil (https://conteudo.biominas.org.br/biostartup-lab), abriu inscrições para a seleção de startups. Durante dez semanas, as equipes selecionadas pelo programa têm a oportunidade e o suporte especializado para validar suas soluções e desenvolver as habilidades empreendedoras dos seus times. Foram inscritos 82 projetos de 17 estados brasileiros, sendo 38 selecionados para a fase das entrevistas. Das 20 startups selecionadas para esse programa de pré-aceleração, a que surgiu no IBB tem como foco a identificação de alvos para o tratamento do envelhecimento da pele na população brasileira. Os pesquisadores utilizarão tecnologias recentes, como sequenciamento de células únicas e inteligência artificial para a identificação de moléculas capazes de reverter o envelhecimento da pele, além de buscar validação de ativos para dermocosméticos em cultura celular tridimensional de pele humana.

Essa é uma estratégia inovadora, pois permitirá a identificação de alvos moleculares e ativos farmacológicos específicos para amenizar ou reverter o envelhecimento de tipos celulares específicos da pele, bem como reduzir o tempo de investigação, aumentar a eficácia e segurança de ativos preventivos e de tratamento, além de extinguir o uso de animais em pesquisa de pele.

A pesquisadora Jakeline, que lidera a startup, está finalizando o seu doutorado no Programa de Ciências Biológicas (Genética) do IBB, sob orientação do professor Dr. Robson Carvalho. O conhecimento científico e as habilidades técnicas adquiridas durante o seu projeto de doutorado, que teve como objetivo investigar alterações transcricionais e interação de moléculas secretadas pelo músculo esquelético ao longo do processo de envelhecimento, foram fundamentais para o desenvolvimento da ideia da startup.

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Botucatu

Alunos da Rede Municipal conquistam medalhas nas Olimpíadas do Conhecimento

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Na última sexta-feira, 27, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, esteve em Botucatu onde condecorou com certificados e medalhas, alunos das redes publica e privada, participantes das Olimpíadas do Conhecimento, realizadas pelo MCTI.

A cerimonia aconteceu no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu e  contou com a presença de diversas autoridades municipais.

Pela Rede Municipal de Ensino foram contemplados 26 alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. João Maria de Araújo Junior, do 5º ao 9º ano, participantes da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), em 2020, sendo 10 medalhas de ouro, 2 de prata e 14 de bronze.

A competição é uma das principais apostas do MCTI para a popularização da ciência, o estímulo e a qualificação de jovens brasileiros em diferentes áreas do conhecimento.

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