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Entretenimento

Alunos da rede municipal de Lençóis Paulista lançam livro sobre a história da cidade

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Após visitar parques, bairros e monumentos, estudantes viram coautores de obra “Lençóis Paulista – A cidade da gente”, com noite de autógrafos na quinta (9), às 19h, no Teatro Municipal
Era uma vez, uma cidade chamada Lençóis Paulista. Um dia, os alunos que lá moravam perceberam o quanto a história daquele lugar fazia parte das suas próprias vidas. Resolveram, então, escrever sobre o rio Lençóis, a Facilpa, as ruas com nomes de escritores e outros patrimônios do município, reunindo tudo no livro “Lençóis Paulista – A cidade da gente”. A obra, com 80 páginas, ficou pronta e será lançada nesta quinta-feira, dia 9, no Teatro Municipal Adélia Lorenzetti, com direito à noite de autógrafos dos próprios estudantes às 19h.

 

“Lençóis Paulista – A cidade da gente” é um projeto que faz parte da coleção homônima, para retratar as histórias de municípios brasileiros de norte a sul do país, sempre em parceria com professores e alunos das escolas públicas locais. Ao todo, 36 cidades já tiveram ou estão tendo sua história narrada sob a ótica de seus estudantes, que assinam como coautores das obras, supervisionados por escritores e ilustradores profissionais da editora Olhares.

No caso de Lençóis Paulistas, o projeto contou com o apoio da Secretaria Municipal de Educação e o patrocinado da Lwart, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Foram quatro escolas municipais de Ensino Fundamental (EMEF) participantes: Philomena Briquesi Boso; Profª Idalina Canova de Barros; Profª Lina Bosi Canova e Guiomar Furtunata Coneglian Borcat.

 

Todas elas incentivaram a visita dos alunos a pontos culturais de Lençóis Paulista, como o bairro Cecap, onde descobriram o porquê daquelas ruas e avenidas terem o nome de escritores. As ruas Cora Coralina, Jorge Amado, Janete Clair e Carlos Drummond de Andrade foram assim chamadas depois que o escritor Orígenes Lessa propôs um leilão de livros aos seus colegas da Academia Brasileira de Letras. Na época, quem doasse mais volumes para a Biblioteca de Lençóis viraria nome de rua.

 

Mas não é só de livros que vive a cultura lençoense. Os alunos descobriram que a cidade tem uma forte ligação com a música, ao pesquisarem a trajetória do maestro Júlio Ferrari. Inspirada nas informações coletadas sobre mais essa tradição do município, a criançada chegou a compor um samba para o livro, que mereceu os arranjos de violão do próprio professor da escola.

 

A nutricionista, responsável pela merenda nas escolas, também virou personagem da obra, com sua uma deliciosa receita de farofa com linguiça, farinha de mandioca, manteiga, cebola, alho e cheiro-verde. Outra descoberta relevante foi a história por trás dos nomes do Parque do Paradão e da rua XV de Novembro.

 

Projeto premiado – Cada livro da coleção “Cidade da Gente” conta a história de um município brasileiro a partir de seus patrimônios, seguindo um roteiro de temas locais sugeridos por gestores e professores das redes municipais de ensino. Após a divisão dos assuntos, as turmas são incentivadas a investigar e dissertar sobre ele, tornando-se guias literários dos escritores envolvidos. “O projeto investe em uma via de mão dupla, com a pesquisa, a leitura e a escrita ajudando as crianças a valorizarem seus locais de origem e, ao mesmo tempo, aproveitando esse vínculo geográfico para estimular o aprendizado”, considera José Santos, um dos escritores parceiros.

 

Produzido em geral em pequenos e médios municípios, os livros da coleção tendem a se tornar importantes referências de conhecimento para as cidades participantes, com linguagem acessível mesmo para quem não tem hábito de leitura e com a vantagem de trazer o ponto de vista das crianças locais. Em toda edição, sempre são doados 1.700 exemplares para uso didático à rede municipal de educação.

 

Em 2019, a iniciativa venceu o prêmio Retratos da Leitura 2019, promovido pelo Instituto Pró-Livro para reconhecer ações destacadas de incentivo à leitura em todo o país. O projeto é um importante apoio ao aprendizado, trazendo uma oportunidade de que ele aconteça a partir de temas locais e de interesse próximo para as crianças, valorizando seu senso crítico e sua produção autoral, como preconiza a Base Nacional Curricular Comum, do Ministério da Educação.

Sobre o projeto – Idealizado pela Editora Olhares, o projeto A cidade da gente teve início em 2015. Balsas (MA), Campo Verde (MT), Não-Me-Toque (RS), Cruzeiro do Sul (AC), Cordisburgo, Nova Lima, Paracatu, Araxá, Conceição do Mato Dentro, Sabará, Nova Lima, Cordisburgo e Congonhas (MG). São José dos Campos, Taubaté, Pindamonhangaba, Suzano, Mogi das Cruzes, Tapiraí, Miracatu e Juquiá (SP), Pinheiral (RJ), Campo Largo (PR) já tiveram livros da coleção publicados. Para garantir que o livro se perpetue nas escolas da rede pública de cada cidade, são distribuídos gratuitamente entre elas 1.700 exemplares de sua tiragem e oferecida uma formação de professores para reunir ideias de uso em diferentes disciplinas, estimulando o uso pelas turmas ano a ano, em temas diversos, por muitas gerações. Ao narrar as histórias dos patrimônios locais com o ponto de vista das crianças, os livros da coleção têm como objetivo apoiar a perpetuação e a disseminação da história das cidades abordadas, valorizando lugares e atividades importantes da memória coletiva da cidade, além de ampliar as noções das crianças sobre sua identidade e sobre o pertencimento à cidade e à região onde vivem.

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Brasil

Duas visões sobre a jurisdição do STF, artigo de Ives Gandras Martins

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No XII Congresso de Direito Constitucional da FADISA (Faculdade de Direito de Santo André) realizado em 18 de outubro deste ano, palestramos, os desembargadores Valdir Florindo do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (2ª), Reis Friede do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, onde foi presidente, o Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, e eu.

A temática do evento foi “Ética e Liberdade, Liberdade com Ética”. O Ministro Luís Roberto Barroso e eu fomos os últimos a falar.

Embora o Ministro tenha abordado aspectos das oportunidades e riscos da evolução da inteligência artificial na Justiça e no mundo e eu, de meu lado, os fundamentos permanentes da ética, moral e liberdade, mais voltados ao direito natural, com sua evolução na História a partir da Filosofia, ambos apresentamos nossa interpretação da temática que, embora convergente em sua percepção é divergente em sua aplicação na realidade brasileira.

O eminente presidente da Suprema Corte entende que, apesar da aplicação do Direito por todo magistrado exigir permanente reflexão, como nem todas as situações judicializadas tem legislação pertinente regulatória, o juiz deve lastrear-se em princípios fundamentais albergados na Lei Suprema para dar solução adequada, o que, a seu ver, não é invadir as funções do Poder Legislativo, mas implementar, para a hipótese, o que está na Constituição. Assim, se o STF entender que, mesmo havendo legislação, aquela produção normativa do Congresso a respeito do princípio constitucional não é a mais adequada, pode atuar para oferecer a melhor exegese, por ser a instância máxima da interpretação jurídica.

Expus posição diversa. Por entender que, na Lei Suprema, há expressa disposição para que o Congresso zele por sua competência normativa (artigo 49, inciso XI) e que nem mesmo em ações diretas de inconstitucionalidade por omissão do Parlamento julgadas procedentes, pode o Pretório Excelso legislar (artigo 103, §2º), em nenhuma hipótese caberia ao STF dar uma solução legislativa à luz de princípios gerais.

É que os princípios gerais quando mais genéricos, permitem múltiplas interpretações, até mesmo conflitantes, como por exemplo o da “dignidade humana”, no qual tanto os defensores do aborto como os do direito do nascituro de ter a vida preservada desde a concepção, lastreiam-se, gerando, assim, a defesa de teses absolutamente opostas.

A Constituição portuguesa, para tais princípios de múltiplas acepções, expressamente admite que apenas prevalece a interpretação em lei dos representantes do povo, entendendo eu que tal princípio é implícito na Constituição brasileira, muitas vezes o silêncio parlamentar representando a vontade popular de que aquela matéria não seja naquele momento legislada.

À evidência, em palestra de quase uma hora de cada um de nós dois, diversos argumentos foram utilizados em hospedagem de nossas posições, sempre pelo prisma da ética e da liberdade.

Ao final, os dois fomos aplaudidos em pé pela plateia, elogiando os organizadores como podíamos na divergência manter elevado nível, segundo eles, de elegância e respeito, ao que disseram ser um verdadeiro confronto democrático de ideias.

Tenho pelo Ministro Luís Roberto Barroso particular admiração, desde que trabalhamos juntos na “Comissão de Notáveis” criada pelo presidente do Senado, José Sarney, para repensar o pacto federativo. Ofereci-lhe, ao final, meu livro “Uma Breve Teoria do Poder”, colocando a seguinte dedicatória: “Ao querido amigo e mestre Ministro Luís Roberto Barroso com afeto e admiração ofereço”. Ele, por sua vez, dedicou-me seu livro “Inteligência Artificial, Plataformas digitais e democracia”, com as seguintes palavras: “Para o estimado Professor Ives Gandra com a admiração de sempre e o renovador apreço“.

Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho (Portugal), presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio -SP, ex-presidente da Academia Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).

 

Os artigos não refletem, necessariamente, a opinião do Jornal Cidade Botucatu

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Botucatu

Modo Rural faz show gratuito na Fazenda Lageado, quinta

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Apresentação do grupo de jazz botucatuense terá participação da cantora Julia Barreira.

Na próxima quinta-feira, 31 de outubro, a partir das 20, no Auditório Paulo Rodolfo Leopoldo, na Fazenda Lageado, com entrada gratuita, acontece um show do grupo de jazz Modo Rural.

No show ‘Vivo’, o sexteto Modo Rural une a viola caipira a uma formação de jazz e apresenta músicas autorais do seu 1º EP intitulado “Sépia”, além de músicas inéditas, releituras de obras da música regional de Botucatu e uma homenagem especial a Milton Nascimento.

Formado por Joanna Barbosa (flauta), Lucas Fabris (saxofone), Geh Paes (trombone) Rodrigo Pinheiro (viola caipira e arranjos), Hélio Ferreira (contrabaixo) e Moisés Shalon (bateria), o grupo Modo Rural concebeu o show ‘Vivo’ com a ideia de misturar a música tradicional caipira, incorporando elementos de improvisação e harmonias que refletem a evolução da cena musical contemporânea, sobretudo do jazz brasileiro, conduzindo o espectador a um universo sonoro ímpar e inovador.

O show tem a participação da cantora Júlia Barreira, que cursa Canto/MPB/Jazz no Conservatório Dramático e Musical de Tatuí, onde integra o grupo musical Big Band da instituição. Teve passagens pelo Coral Municipal de Botucatu e em diversas bandas como Kalibra, Black Moon, Manga Rosa Reggae e Artistas In Concert. Julia fez participações e gravações musicais junto a artistas da cidade como Piteco, Sementes Livres Hi-Fi, João Lucca, O Dona Peu e Deborah Abreu. Em 2023, participou de concertos de gala com a Orquestra Sinfônica Municipal de Botucatu.

O show “Vivo” é uma ação realizada com Recursos da Secretaria Municipal de Cultura – Programa de Incentivo à Produção Artística, com apoio dos comitês locais de ação cultural (CACS) e diretorias da Faculdade de Ciências Agronômicas e da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp e Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (FEPAF).

SERVIÇO
Show musical com o grupo Modo Rural, com participação de Júlia Barreira
Auditório Paulo Rodolfo Leopoldo – Fazenda Lageado – Botucatu
Dia 31 de outubro – quinta-feira
20h – Gratuito

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Entretenimento

Centro Max Feffer apresenta programação para o público infantil

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Centro Max Feffer, equipamento cultural público da cidade de Pardinho, interior de São Paulo, gerenciado pelo Instituto Jatobás, organização da sociedade civil, tem realizado uma ampla programação, gratuita, em outubro, com foco especial no mês das crianças. O Centro, reconhecido por sua rica agenda cultural e educativa, tem realizado atividades especialmente pensadas para o público infantil, reafirmando o compromisso do Instituto em promover o acesso à cultura e inclusão social.

Nesta quinta-feira, 24, o Centro Max Feffer oferece a magia da contação de histórias com o ator Ademir Apparício Júnior, em duas sessões: às 9h e 13h30.

Para fechar a programação do mês das crianças, no sábado, dia 26,  a Banda Infantil Municipal Nossa Senhora da Piedade, de Bofete. Será uma tarde cheia de música e atividades interativas, garantindo diversão e muitas surpresas para toda a família.

Confira a programação para as próximas datas no Centro Max Feffer:

Programação Outubro — Mês da Criança

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Biblioteca — As memórias que se tornaram histórias! com Ademir Apparício Júnior 

Descrição: Repertório de contação de histórias e outros elementos lúdicos da tradição oral

Quinta-feira, 24/10, 9h00 e 13h30

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Arte — Apresentação: Banda Infantil Municipal Nossa Senhora da Piedade de Bofete 

Sábado, 26/10, 16h00

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Funcionamento: 

Centro Max Feffer:

De terça a sexta-feira, das 8h00 às 18h00. Aos sábados, das 8h00 às 17h00.

Domingos e feriados, abertura de acordo com a programação.

Local: Praça Ademir Rocha da Silva, sn, Pardinho – SP.

Para mais informações sobre atividades e acesso ao equipamento via WhatsApp: (14) 99879-2760.

Instituto Jatobás

Com 19 anos de existência, o Instituto Jatobás é uma instituição dedicada a promover o acesso à cultura e desenvolver programas voltados para a geração de renda e capacitação para o mercado de trabalho. Através de suas iniciativas, o Instituto fornece aos participantes as ferramentas necessárias e o conhecimento para serem protagonistas de suas vidas, capacitando-os para transformarem suas realidades. As trilhas formativas oferecidas pelo Instituto visam fortalecer a autoestima e desenvolver habilidades socioemocionais, especialmente importantes em contextos de vulnerabilidade social. Por meio dessas trilhas, os participantes são capacitados não apenas para obterem meios de subsistência, mas também para se tornarem agentes de mudança em suas comunidades, promovendo o crescimento pessoal e coletivo.

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