Práticas integrativas e complementares são o foco de trabalho.
Entre os dias 28 de janeiro e 1º de fevereiro o quarto ano do curso de medicina da Faculdade de Medicina de Botucatu-Unesp (FMB) conheceu e vivenciou 21 práticas integrativas e complementares (PICs), com a participação de 46 professores e terapeutas convidados e voluntários, sob a coordenação da professora Karina Pavão, do Departamento de Saúde Pública da Instituição.
A FMB se destaca por ser a única escola médica no Brasil que oferece essa disciplina de forma curricular (é uma disciplina do conselho de curso) para aproximadamente 90 alunos do quarto ano, com carga horária de 40 horas semanais.
As práticas abordadas foram: homeopatia, acupuntura, medicina antroposófica, plantas medicinais e fitoterapia, florais, arteterapia, tai chi, lian gong, chi kung, constelação familiar, terapia comunitária, reiki, dança circular, yoga, massoterapia, osteopatia, quiropraxia, ayurveda, aromaterapia, mindfulness e mindful eating.
E para encerrar a semana, foi realizada a Dança do Leão com um grupo de São Paulo (Escola de Kung Fu da International Traditional Kung Fu Association (ITKFA) abrindo o ano chinês oficialmente na FMB.
Práticas Integrativas e Complementares
“A disciplina faz parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS desde 2006. Precisamos mostrar que existem outras formas de cuidar e que mais de 80% da população recorre e utiliza tais práticas”, explica professora Karina.
Em março de 2018 o Ministério da Saúde anunciou mais 10 PICs que foram incorporadas ao SUS, totalizando 29. Além disto foi criada a Biblioteca Virtual em Saúde em Medicina Tradicionais, Complementares e Integrativas, (BVS MTCI), desenvolvida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), reforçando a estratégica da OMS para desenvolver estas ações em saúde conforme sua agenda publicada em: medicina tradicional 2014-2023 – fortalecer isto no mundo todo como outra ferramenta de promoção da saúde.
Professora Karina reforça ainda que “a discussão é importante para que os futuros médicos reconheçam que as PICs existem no SUS, que a população de fato usa muito, que Botucatu é uma referência e concentra muitos terapeutas das mais diversas áreas, que o cuidado é interprofissional e que estas PICs não são excludentes, devem caminhar ao lado da biomedicina, buscando a saúde de uma forma mais integral”.
Assessoria FMB