O Projeto Telescópio Virtual, um serviço prestado pelo Observatório Astronômico Bellatrix, na Itália, vai transmitir a passagem próxima à Terra do asteroide 2023 BU
Três mil e seiscentos km. Mais ou menos a distância entre as cidades de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e Macapá, no Amapá. Por mais longe que pareça, em termos astronômicos isso não é quase nada – e é a essa distância que o asteroide 2023 BU vai passar da Terra na próxima quinta-feira (26), por volta das 19h17 (pelo horário de Brasília).
Descoberto no último sábado (21) pelo fabricante de telescópios e astrônomo amador russo Gennady Borisov, essa rocha espacial tem diâmetro estimado entre 3,7 m a 8,2 m e viaja a cerca 32.400 km/h.
Para se ter uma ideia de quão perto o 2023 BU passará da Terra, os satélites que acompanham a rotação do planeta (chamados geoestacionários) estão a cerca 36 mil km da superfície terrestre – sendo assim, a pequena rocha espacial estará a apenas 10% da distância usada por essas espaçonaves.
Conforme o guia astronômico e de céu nortuno The-Sky-Live, esses asteroides são monitorados muito de perto, por meio de observações de posição de alta precisão e mecânica celeste.
Felizmente, com base nos últimos cálculos de órbita de alta precisão realizados pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, confirma-se que a passagem próxima da Terra pelo asteroide 2023 BU não afetará o planeta em absolutamente nada.
Isso porque, mesmo considerando seu tamanho máximo, ele teria uma massa total em torno de 866 toneladas. Se atingisse a Terra, grande parte disso seria completamente consumida pela atmosfera, liberando uma energia equivalente a 9 mil toneladas de TNT (substância muito utilizada como explosivo militar e em demolições).
Fonte: Olhar Digital