Meio Ambiente

Bauru já vivencia racionamento não oficial, diz jornal

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IPMet prevê chuvas só para setembro e DAE recebeu, só nos últimos dias, 61 pedidos de caminhões-pipa: situação é crítica

Apesar de não declarada oficialmente, Bauru já vive, na prática, uma situação de racionamento de água, que não chega a vários bairros de forma regular. Além de ter reduzido a captação do Rio Batalha em um terço, o DAE recebeu, nos últimos cinco dias, 61 pedidos de caminhões-pipa.

A situação da Lagoa de Captação do Batalha preocupa ainda mais diante da previsão do Centro de Meteorologia (IPMet) da Unesp, que aponta chuvas apenas para a segunda semana de setembro.

Ontem, o nível da lagoa era de 2,60 metros, o melhor das últimas semanas, mas a autarquia afirma que se o índice baixar de forma brusca para cerca de 2 metros entre este sábado e domingo (dias de maior consumo da semana), o racionamento será decretado.

O sistema de captação de água do Batalha tem operado desde 15 de agosto com 33% a menos de sua capacidade para evitar maior baixa no manancial, que abastece 140 mil moradores de Bauru. Com isso, conforme o JC noticiou, a produção baixou de 550 litros por segundo para cerca de 360 litros.

10 CENTÍMETROS – o nível considerado ideal da lagoa é de 3,16 metros. Há seis dias, quando uma das três bombas foi desligada, a marcação chegava a 2,50 metros.

O aumento de 10 centímetros da marca nos últimos dias, mesmo com o calor do final de semana passado, é o que faz com que o DAE ainda não anuncie medidas drásticas.

“Temos conseguido manter um equilíbrio. A população tem economizado e o controle de vazão com o desligamento de uma bomba ajudou. Os afluentes acima do Batalha continuam produzindo água, mesmo que pouca”, explica o presidente da autarquia, Eliseu Areco Neto. “Os técnicos continuarão monitorando. Se o nível da lagoa registrar queda brusca e o nível chegar próximo de 2 metros no final de semana, adotaremos, a partir de segunda-feira (26), medidas mais radicais, como desligar outra bomba ou racionamento”, acrescenta.

Os alertas para economia de água, portanto, continuam.

CHUVAS – o IPMet diz que Bauru ficará até a segunda quinzena de setembro  sem chuvas que possam auxiliar na retomada do nível ideal do Batalha.

“É uma estação seca mesmo. O período chuvoso retorna, normalmente, na segunda quinzena de setembro com o início da primavera. É nesta época que os índices de precipitação começam a ficar próximos da média histórica, que é 69 milímetros. É quase o dobro da média de agosto”, compara o meteorologista do órgão Fernando Tavares.

Ainda assim, para que a chuva ajude a lagoa de fato, é preciso que chova na região da Serra da Jacutinga, em Agudos.

 Caminhões-pipa – Desde que houve a diminuição da produção de água do Batalha com o desligamento de uma das bombas, o DAE recebeu 61 pedidos de caminhões-pipa para abastecer residências e empresas.

Os bairros de abrangência do Batalha são: Jardim Ouro Verde, Jardim Ferraz, Independência, Vila Falcão, Industrial, Vila Giunta, Vila Pacífico, Alto Paraíso, Vila Dutra, Estoril, Jardim América, Altos da Cidade, Centro, Vila Universitária e parte da Vila Cardia.

Para solicitar caminhão-pipa ou confirmar se seu endereço está na lista de alerta, ligue: 0800 77 10 195 ou (14) 3235-6140 (celulares).

JCNET

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