Um grupo de empreendedores de Botucatu e região fundou a associação Cuesta Paulista e a credenciou à organização internacional Convention & Visitor Bureal.
A iniciativa vai atrair investimentos, eventos e promover o turismo na região e partiu do professor e empreendedor Pedro Souza e da pesquisadora Milene Moreira.
Pedro comenta que desde que se mudou para Botucatu, vê um grande potencial ainda não explorado. “Existem ações, mas são muito pontuais e nichadas. A Milene apresentou essa ideia do Convention, aliamos competências, fizemos estudos, tratativas jurídicas e optamos pelo nome de Cuesta Paulista para valorizar a região inteira”, conta.
“As cidades precisam trabalhar em prol do propósito e toda a região será valorizada”, diz Milene Moreira.
“O turismo regional ainda está travado por conta da falta dessa interlocução entre as cidades. Temos um potencial imenso. A ideia é trabalhar com a região como um pacote de destinos. Cada dia uma cidade, um atrativo, um roteiro”, explica Milene.
A Organização
No caso do Brasil, “Convention & Visitors Bureau”, “Destination” ou “Visite”, são associações privadas, sem fins lucrativos, organizadas e dirigidas pelos empresários locais, relacionados à cadeia produtiva de viagens, eventos e turismo.
O Convention & Visitors Bureau pode incrementar a economia local, por meio da captação e apoio a eventos nacionais e internacionais, é a receita para aumentar o fluxo de visitantes de um destino.
O principal setor em que os CVBs atuam é o mercado associativo, no qual congressos e eventos são decididos por um comitê em qual local será realizado sua próxima edição. Um grupo decide a vinda de milhares de pessoas para um destino!
Os profissionais de CVBs que atuam na prospecção de eventos e no relacionamento com seus associados, possuem uma capacidade técnica e conhecimento para apresentar desde a infraestrutura de um destino, como todo seu potencial para exponenciar a experiência do visitante no período do encontro.
Uma vez captado, serão gerados negócios com a hotelaria, aviação, centros de convenções e espaços de eventos, transportadoras, montadoras, organizadores de eventos, guias de turismo, gastronomia, entretenimento, compras, locomoção, serviços e muito mais.
Os CVBs, no Brasil, são mantidos pela iniciativa privada, com a contribuição do Room Tax dos hotéis associados, mensalidades de associados e patrocínios.
Em alguns casos, conta com parceria da prefeitura, governo do estado, através de suas Secretarias de Turismo, no Governo Federal, com o Ministério de Turismo, Embratur ou de órgãos como Sebrae, Sindicatos e apoio de entidades do setor.
Um CVB atuante participa de conselhos público e privados, para debater e cobrar por infraestrutura do destino para receber melhor os visitantes, legislação justa, capacitação dos profissionais e promoção do destino dentro e fora do Brasil.
Ao congregar toda a cadeia produtiva de turismo, eventos e viagens, os CVBs têm, de forma nata, a capacidade de ser protagonista do destino, realizando um trabalho de representatividade, sendo um dos porta-vozes das principais pautas ao poder legislativo e executivo, sem impactar no trabalho técnico de captação de novos eventos e geração de negócios ao destino e aos associados.
A exemplo disso, soma-se a este esforço a União Nacional de CVBs e Entidades de Destino (Unedestinos), que participa do Conselho Nacional do Turismo, do Ministério do Turismo e do Conselho de Turismo e Hospitalidade da CNC, representando 50 associações nesse modelo de atuação em todo o Brasil, para compartilhar conhecimento, trocar agenda de eventos para prospecção, gerar integração e relacionamento.