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Botucatu recebe a exposição “Nos Braços do Violeiro” a partir deste sábado

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Mostra de Yuri Garfunkel reúne viola, história em quadrinhos e arte Contemporânea no Museu MAGMA

A exposição multidisciplinar “Nos Braços do Violeiro”, do desenhista e músico Yuri Garfunkel, com curadoria de João Carlos Villela, estreia neste sábado (22), às 16h30, no Museu MAGMA (Museu Aberto de Geociências, Mineralogia e Astronomia), em Botucatu. A entrada é gratuita e a visitação ocorrerá aos sábados, das 15 às 18h, até dia 26/07. Em outros dias, a visita poderá ser feita com agendamento pelo (14) 99754-6694.

‘Na mostra “Nos Braços do Violeiro”, o público tem a oportunidade de apreciar as páginas originais da HQ “A Viola Encarnada: Moda de Viola em Quadrinhos”, um romance gráfico inspirado em mais de 80 canções do repertório caipira, com roteiro e artes visuais Yuri Garfunkel. O  visitante poderá apreciar também o instrumento inspirado na viola vermelha de Tião Carreiro e encomendada ao Luiz Armando, da Luthieria Trevo, exclusivamente para este projeto, e até montar sua própria história em um quadro interativo.

Premiada pelo Programa de Ação Cultural (ProAC) 2019 e com introdução escrita pelo violeiro, professor e pesquisador Ivan Vilela, a HQ “A Viola Encarnada: Moda de Viola em Quadrinhos” foi indicada ao prêmio HQ MIX na categoria Melhor Adaptação em 2020. Umas das propostas da exposição, contemplada pelo ProAC Circulação, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado, é promover a interação do público com os processos criativos do artista.

Garfunkel destaca a importância de retornar para o Museu que fez parte de sua formação escolarFrequentei o Museu quando ainda estudava no ensino fundamental. Lembro da coleção particular de cristais e pedras coletadas por Erich Blaich, professor que nos deu aula de desenho. Inclusive na exposição terão desenhos dele também. Meu parceiro de viola, Mathias Zae, que também fez a aquarela do livro, deu aula na Escola Aitiara que é a mesma escola onde está o museu atualmente. É um lugar muito importante, especialmente porque foi onde eu peguei uma viola na mão pela primeira vez”, afirma.

 

Programação da circulação

A circulação da Exposição ‘Nos Braços do Violeiro’ estreou dia 24/02/24 na Casa Lebre, em Bragança Paulista. Seguiu para o Museu do Folclore, em São José dos Campos (26/04 – 26/05) e depois foi para Campinas (31/05 – 20/06). No  Museu MAGMA  ficará até 26/07 e seguirá para o Centro Max Feffer, em Pardinho (27/07 a 25/08) e Instituto Elpídio dos Santos, em São Luís Paraitinga (31/08 a 21/09).

A exposição tem promovido uma série de encontros entre artistas e criadores de diferentes linguagens, relacionados à cultura caipira, como os violeiros/violonistas/compositores Tião Mineiro, Quinzinho Viola, Mel Moraes, Marina Ebbecke, Miriam Violera, Levi Ramiro, Jean Garfunkel, Rafael Schimidt, João Arruda, Fábio Miranda, Gabriel Souza, Camargo Rodí, Rafael Cardoso & Aniela Rovani, do Duo Música de Interior; o chargista Carlos Ruas, o artista visual Zé Otávio, o roteirista Rogério Faria e o cineasta Mário de Almeida.

Os idealizadores contam que a proposta de montar a exposição surgiu durante a pandemia de COVID-19. Em outubro de 2021, “Nos Braços do Violeiro” foi apresentada na A7MA Galeria, na Vila Madalena, em São Paulo, com a realização de bate-papo com o curador e convidados como Xênia França, Lucas Cirillo, Shell Osmo e Renato Shimmi e roda de viola com a participação da cantora e violeira Adriana Farias e dos violeiros Gerson Curió e Inimar dos Reis. Em junho de 2022, integrou a Mostra ‘No Braço da Viola’ no Teatro do Sesc Rio Preto. Na ocasião, Yuri Garfunkel apresentou-se ao lado de grandes nomes da viola contemporânea e ministrou oficinas de criação de HQ a partir de modas de viola.

Universo da música caipira e artes visuais

Garfunkel conta que a ideia inicial da Viola Encarnada era traduzir o universo da música caipira para a linguagem dos quadrinhos e das artes visuais. “Criar um ponto de vista para diálogos contemporâneos com a nossa cultura. A circulação da exposição concretizou essa vontade. Tem sido um grande encontro de pessoas interessadas em participar desse diálogo e um primeiro passo muito especial para circulação que faremos durante esse ano”, declara Yuri.

Desta forma, além do contato com os originais da obra e seus esboços originais, o visitante da exposição “Nos Braços do Violeiro” terá acesso à viola física que foi inspirada na viola vermelha de Tião Carreiro e encomendada ao Luiz Armando, da Luthieria Trevo, exclusivamente para este projeto. Inspirado nesse universo, o público também poderá montar sua própria história em um painel com imãs das imagens da HQ. Oportunidade para soltar a criatividade e fazer parte da mostra.

Para propiciar uma imersão na HQ como um todo, a exposição disponibiliza áudios das mais de 80 músicas do repertório caipira. O material possui recursos de acessibilidade como audiodescrição, textos em braile e em alguns dos encontros promovidos com o público, como rodas de viola e bate-papo, terão tradução em Libras.

Por ser uma exposição multidisciplinar sobre um instrumento singular que marca a nossa história musical, um dos objetivos dos idealizadores é compartilhar o conteúdo com um público diverso, inclusive estudantesuniversitários e grupos de idosos e outros interessados. “Essa é uma exposição que mescla Arte Contemporânea, História em Quadrinhos e Música Caipira, por isso a intenção em cada uma das 6 cidades por onde passaremos é dialogar, trocar e aprender com os agentes locais de cada um desses campos”, explica João Carlos Villela.

“A Viola Encarnada”

Em suas páginas, a obra “A Viola Encarnada’ conduz o leitor para uma viagem sonora afinada e cheia de história, a partir de uma viola avermelhada nas mãos de um violeiro e de um vaqueiro, numa jornada que percorre os sertões até chegar na cidade grande, testemunhando a história da música caipira desde suas origens rurais.  Yuri Garfunkel detalha que a ideia da HQ se formou ao longo de muitos anos ouvindo música caipira.

De modo geral, e no gênero Moda de Viola principalmente, ele explica que as canções descrevem narrativas tão intensas que muitas músicas inspiraram filmes. “Mas até agora não conheço outra graphic novel feita a partir desse repertório. Entendi que era um trabalho que poucos poderiam pôr em prática, e mergulhei de cabeça. No final de 2017 eu já tinha clara a estrutura do roteiro, fui a uma palestra do Ivan Vilela e me apresentei a ele que se  interessou imediatamente pelo projeto e começamos a trabalhar”, relembra.

Garfunkel conta que Vilela sugeriu uma que a história fosse além dos temas mais faroeste previstos inicialmente, com muito boi e bala. “Ampliamos o roteiro com a origem da viola, derivada de instrumentos mouros e vinda ao Brasil com as primeiras caravelas portuguesas, e com a construção da Viola Encarnada, protagonista da história. Para isso, busquei ajuda do Luiz Armando, da luthieria Trevo, que construiu efetivamente a viola em um mês! O Ivan também sugeriu outro desfecho para a HQ, que termina na cidade grande, completando todo o trajeto percorrido pela música caipira”, comenta Garfunkel.

Ficha Técnica ‘Nos Braços do Violeiro’:

-Yuri Garfunkel: Artista expositor, músico, coordenação geral
– João Carlos Villela: Curadoria e Produção Artística
– Cris Rangel: Produção Executiva
– Lula Fidalgo: Montagem e direção musical
– Ellen B. Fernandes: Assessoria de Imprensa
– Mário de Almeida: Registro Audiovisual
– Rodrigo Camargo: Consultoria Jurídica

Realização: ProAC Editais, Cult SP, Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de São Paulo

Contato: garfunkelyuri@gmail.com // @yurisopa // facebook.com/yuri.sopa

SERVIÇO:
Exposição “Nos Braços do Violeiro”
Abertura: Sábado (22), às 16h30. 
Visitação: Aos sábados, das 15 às 18h, até dia 26/07. Demais dias mediante agendamento pelo (14) 99754-6694
Local: Museu MAGMA (Escola Aitiara, Bairro Demétria), em Botucatu
Entrada gratuita

Os idealizadores

Yuri Garfunkel: Artista visual, músico e educador-  Autor dos romances gráficos A Viola Encarnada: modas de viola em quadrinhos, indicado ao prêmio HQMIX 2020 na categoria Melhor Adaptação, e A Outra Anita, sobre a trajetória da pintora Anita Malfatti, lançada em 2022 para o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.  Criador do Sopa Art Br, estúdio de artes visuais, ilustração e design, com mais de 10 anos de experiência em comunicação visual ligada à cultura. Desenvolve seu trabalho a partir de pesquisas na união de linguagens artísticas, relacionando HQs com arte urbana, música e educação. Com quatro exposições criadas nesse conceito, circulou por galerias como Coletivo, Matilha Cultural e A7MA, parques e estações do Metrô de São Paulo, e expôs na Argentina, Itália e Espanha. Como músico, Yuri integra desde 2008 o grupo instrumental Kaoll, com o qual gravou 3 álbuns, realizou mais de 300 apresentações pelo Brasil e uma turnê europeia em 2014. Em 2015 Yuri passou a integrar o grupo Pequeno Sertão de música caipira autoral, com quem lançou dois álbuns, em 2016 e 2021. Como educador, Yuri cria e ministra cursos e oficinas de desenho e criação artística com propostas adequadas para diferentes públicos, de crianças e terceira idade à profissionalização, com circulação no Estado de São Paulo pela rede do Sistema S e centros culturais. 

João Carlos Villela: Curador, art advisor e produtor – Atua há 12 anos no mercado de arte tendo trabalhado como produtor e diretor de vendas em galerias de arte contemporânea do mercado primário. Como produtor, foi responsável por mais de 30 exposições, em galerias e espaços institucionais como o Centro Universitário Maria Antônia e o Instituto Tomie Ohtake. Entre as exposições que produziu estão as de artistas como, Ana Prata, Claudio Mubarac, Elisa Bracher, Fabio Miguez, Oswaldo Goeldi, Paulo Monteiro e Sergio Lucena. Como pesquisador na Art Options, escritório de consultoria de arte, foi responsável pela aquisição de artistas para coleções privadas e para a coleção corporativa do escritório. Desde 2016, como art advisor e curador independente, assessora colecionadores privados e artistas em desenvolvimento de carreira. Curou a exposição coletiva Campo para o Exercício da Liberdade na FUNARTE-SP em 2018, a exposição individual do artista Lumumba no Matilha Cultural em 2018, a exposição Los Silencios sobre o filme homônimo da cineasta Beatriz Seigner no Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca em 2019, e a exposição Nos Braços do Violeiro com obras de Yuri Garfunkel em 2021 na A7MA Galeria e em 2022 no Sesc-Rio Preto. Dirigiu e produziu em 2021 os shows Ao Vivo da Mooca e In Goma, do trio instrumental A Timeline, ambos com o respectivo patrocínio e apoio do ProAC SP e do Teatro Arthur Azevedo.

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Sebrae-SP e Prefeitura de Botucatu oferecem curso de liderança para empreendedores da região

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Micro e pequenos empresários de Botucatu podem desenvolver e aprimorar seus conhecimentos e habilidades com o curso Seja Uma Liderança Inspiradora, realizado pelo escritório do Sebrae-SP em parceria com Prefeitura Municipal. A parceria, realizada por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Relações Institucionais e Trabalho, prevê aulas presenciais a partir de 30 de setembro.
A capacitação conta com 30 vagas e seguirá pelos dias 1, 2, 7, 8, 9, 15 e 16 de outubro, das 18h30 às 22h30, no escritório do Sebrae-SP na região. As inscrições podem ser feitas pelo link.
De acordo com o Gestor de Negócios do Escritório Regional do Sebrae-SP em Botucatu, Victor Eburneo, trata-se de uma grande oportunidade para os participantes desenvolverem capacidades de liderança em com uma abordagem única e abrangente.
“Os participantes vão aprender a Jornada pessoal do líder; Inteligência Emocional, Valores e Propósitos e Plano de Desenvolvimento Pessoal; Jornada do líder com sua equipe; como ser o Líder que sua Empresa Precisa; Delegação de Tarefas; Gerenciamento de Conflitos; Jornada do líder estratégico com foco em resultados; Metas, Indicadores, Feedback, Força do Coletivo”, detalha Victor.
SERVIÇO
Seja Uma Liderança Inspiradora
Data: 30 setembro e 1, 2, 7, 8, 9, 15 e 16 de outubro
Horário: das 18h às 22h30
Local: Escritório do Sebrae-SP em Botucatu – Rua Dr. Costa Leite, 1570, Centro, Botucatu

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Egressa do Programa de Pós-graduação do IBB vence Prêmio “Unesp de Teses”

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Ariana Musa de Aquino venceu a 7ª edição do prêmio na área de Ciências Biológicas da Saúde.

Recentemente, a egressa do Programa de Pós-graduação em Biologia Geral e Aplicada (BGA), Ariana Musa de Aquino, do Instituto de Biociências (IBB) da Unesp, câmpus de Botucatu, venceu o Prêmio “Unesp de Teses”. Em sua 7ª edição, o objetivo é reconhecer, valorizar e premiar teses de doutorado defendidas em 2023 nos Programas de Pós-Graduação e que se destacaram pelo impacto social, econômico e cultural, alinhados aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

A tese premiada de Ariana foi desenvolvida sob orientação do docente Wellerson Rodrigo Scarano, atual Professor Titular no Departamento de Biologia Estrutural e Funcional do IBB. Com o título: “Identificação de alvos oncogênicos na próstata de ratos expostos a misturas de ftalatos durante o desenvolvimento perinatal: estudo transgeracional”, sua pesquisa passou por diferentes critérios estabelecidos pelo edital até chegar ao resultado final.

“Entre esses critérios, podemos citar a temática da tese, o número de artigos publicados, a importância do tema para sociedade e como os resultados obtidos foram apresentados. Outro aspecto que contribuiu foi o intercâmbio realizado pela Ariana no exterior. Por meio do programa de Bolsa de Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE), da FAPESP, ela estudou na Suíça, pela University of Fribourg, visitou outros dois centros de pesquisa, um na Universidade de Aveiro e outro na Universidade de Porto, ambos em Portugal”, afirmou a docente Maeli Dal Pai, Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Biologia Geral e Aplicada do IBB.

Para Ariana, vencer um prêmio importante como este mostra que todo o seu esforço e dedicação, assim como o apoio de sua família, valeram a pena.

“Eu sou uma mulher, negra, cientista, vinda de uma condição social vulnerável, que, por meio da educação, vem sendo transformada. O prêmio mostra para outras meninas e mulheres na ciência que apesar de todos os obstáculos, é possível sermos reconhecidas pelos nossos trabalhos. Essa premiação estimula as próximas gerações a fazer mais e a acreditar que a educação e a ciência podem transformar vidas, bem como o progresso do nosso país”, explicou Ariana.

A escolha do tema “Câncer”

O Câncer (ou tumor maligno) é um assunto que sempre despertou o interesse da pesquisadora. Porém, a curiosidade a respeito do assunto aumentou conforme realizava sua pesquisa.

“Me mudei para Botucatu para cursar o mestrado e tive acesso a um universo diferente. Em um primeiro momento, o foco era a Toxicologia da Reprodução, no entanto, a investigação da minha pesquisa, em paralelo com outros trabalhos, começou a tornar o câncer um ponto mais evidente. Isso porque os dados mostravam que os desreguladores endócrinos tinham relação com diferentes tipos de câncer, o que me deixou ainda mais motivada”, afirmou.

Outro fator que contribuiu para o cenário foi a vasta experiência de seu orientador. Através das pesquisas já realizadas pelo docente Wellerson Rodrigo Scarano, Ariana conseguiu unir os temas que mais lhe interessavam, Toxicologia da Reprodução e Carcinogênese em diferentes etapas de seus estudos.

“Atuei no laboratório do Wellerson por seis anos e posso garantir que isso foi crucial para o meu amadurecimento na área. Além disso, tive a oportunidade de atuar diretamente e aprender com outros professores, que contribuíram para o sucesso da minha pós-graduação. Contei com professores de excelência na grade de disciplinas oferecidas pelos programas de pós-graduação em Biologia Geral e Aplicada e em alguns outros programas de pós-graduação da UNESP de Botucatu”, destacou.

Após todo seu período de experiência por diferentes universidades dentro e fora do Brasil, Ariana se diz grata por tudo o que viveu e aprendeu.

“Agradeço a todos que acreditaram em mim. Mas preciso agradecer, de maneira especial, a minha família, que é a razão de cada um dos meus esforços”, finalizou.

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Diversidade industrial deve ser considerada em projetos para Botucatu, avaliam lideranças do Ciesp

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Sete setores da indústria se destacam no cenário de Botucatu, mas também influenciam cadeias complexas de fornecimento

Os projetos para Botucatu devem levar em consideração a diversidade industrial da região, segundo a diretora regional do Ciesp, Patrícia Dias. Na noite desta última quarta (11), ela recebeu na cidade o presidente em exercício do Ciesp, Francesconi Júnior, para a reunião da diretoria local, após terem passado o dia visitando as indústrias Grupo Caio e Irizar Brasil, além da escola Senai “Luiz Massa”.

De acordo com Patrícia, embora sete setores liderem a indústria de Botucatu, eles também influenciam fortemente suas respectivas cadeias de fornecedores. Estudos feitos pela Diretoria Regional do Ciesp Botucatu, em parceria com outras entidades, já apontam que os setores de maior destaque na indústria têm sido: o aeronáutico, o de metalmecânica, o automotivo, o químico, o de construção civil, o de agronegócio e o de biotecnologia. O Ciesp trabalha em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Prefeituras, universidades e órgãos especializados para construir um plano regional de desenvolvimento econômico dentro do chamado “Projeto Coalizão”. “Aqui nós temos um ecossistema totalmente diversificado, com vários segmentos. Cada setor gera uma cadeia produtiva”, explica Patrícia.

Para o presidente em exercício do Ciesp, a diversidade industrial da região é uma vantagem. “Essa diversidade é difícil de você achar em cidades pequenas do interior. E é uma vantagem ao mesmo tempo porque cria uma oportunidade de crescimento para a região, pois quando um setor vai mal, outro vai bem. Então, a região cresce com isso, as oportunidades de emprego aumentam, tanto que hoje as indústrias estão com dificuldade de encontrar mão-de-obra, estão buscando nos municípios vizinhos”, disse Francesconi.

Para ele, o perfil de Botucatu necessita de um trabalho regionalizado e a atuação do Ciesp, em parceria com o Senai e outras entidades, é importante na identificação das necessidades e no trabalho de capacitação direcionado.

Qualidade de vida e apoio da universidade

Segundo a diretora, tem sido desafio para o Ciesp mapear as necessidades e apoiar nas soluções para cada uma das vertentes da indústria, mediante tanta diversidade. O trabalho tem sido focado, muitas vezes, em treinamentos que ajudem as empresas a se desenvolverem e se tornarem mais competitivas.

Ela aponta ainda que o bem-estar e a qualidade de vida são pontos fortes da região, enquanto a escassez de mão-de-obra é um ponto mais frágil.

Patrícia explica que o Ciesp tem trabalhado intensamente com o poder público e com todos os players, não só pela qualificação da mão-de-obra, mas também pela logística de biogás, de tecnologia e do desenvolvimento em geral no Oeste Paulista.

“Devemos nos aprofundar nas cadeias produtivas das cidades. De repente, você está pensando que é só uma vocação e você pode ter a oportunidade de encontrar outros potenciais, inclusive de desenvolver aqueles que não estavam tanto no radar”, disse Patrícia.

Para a diretora do Ciesp, além da qualidade de vida e boa infraestrutura, os principais motivos para a diversidade de negócios em Botucatu no setor industrial passam também pela existência de um Parque Tecnológico (só 34 cidades paulistas têm projeto semelhante) e pela parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp), com o engajamento da academia com a pauta do desenvolvimento industrial.

Fábricas e escola

As lideranças do Ciesp visitaram pela manhã o Grupo Caio, que fabrica ônibus e carrocerias e gera mais de 6.000 empregos na região. À tarde, eles visitaram a escola Senai de Botucatu, que formou mais de 10 mil alunos, entre cursos presenciais e online, no ano passado.

Por fim, ocorreu a visita à unidade da Irizar Brasil, especializada na fabricação de ônibus rodoviários nível premium e que exporta mais de 90% da sua produção, gerando mais de 500 empregos na região.

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