Você pode ter milhares de reais guardados em sua garagem sem saber. Mas, ainda que saiba, esse dinheiro todo nunca mais estará em suas mãos. Ao menos não 100% dele.
O site ‘Meu carro é um monstro’ calcula o quanto um carro custa – e já custou – por mês, por semana e por ano. Colocando o modelo, o ano de fabricação e o ano de compra, é possível simular o quanto já se perdeu de dinheiro e até mesmo a quantidade de poluentes que foi jogada no meio ambiente pelo veículo.
Supondo que um Gol, da Volkswagen, modelo 1.6, fabricado e comprado em 2013 por R$ 27.543,00 reais (a plataforma já diz o valor do veículo na época da compra. Só é preciso preencher os campos do modelo, ano de fabricação e ano de compra).
Hoje, dois anos depois, os gastos com o veículo no total já teriam alcançado R$ 85.138,20. Ou R$ R$ 1.807,41 por mês. O cálculo é feito baseado em gastos como combustível, impostos, seguro, manutenção e estacionamento.
Considerando-se que a renda média mensal do brasileiro foi de R$ 2.033 reais no ano passado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), um carro popular ainda representa um custo bastante elevado para o bolso do brasileiro.
Além dos custos em reais, o site informa a quantidade de poluentes que já foi jogada na atmosfera pelo veículo, de acordo com a quilometragem e a periodicidade da manutenção e troca de óleo. No caso desse exemplo, em dois anos, 10,8 toneladas de CO2 já foram jogadas na atmosfera. “Plante 65 árvores que fica tudo certo”, sugere o serviço.
Criado pelo empreendedor e engenheiro eletrônico Israel Lot, a plataforma, surgiu após a percepção dele, de que as pessoas têm dificuldade me saber, de fato, o quanto custa para ter um carro. “Por estar envolvido no mercado de veículos, percebi que as pessoas muitas vezes não sabem o quanto custa o carro delas”, diz Lot. “E, em muitos casos, elas não sabem também como calcular isso”. Junto com outros dois sócios, Lot tem uma rede de compartilhamento de veículos em Curitiba (PR), o Fleety.
Bem humorado, o site é simples e fácil de navegar. No final das contas, é apresentado o nome do ‘monstro’ que leva o veículo. No caso do Gol, a criatura foi batizada de ‘Volkisvagum Golium’. “O estilo de vida nosso consumista não é sustentável e tem muita gente repensando essa forma de consumo nossa”, diz Lot. “O carro é o segundo bem mais valioso depois da casa, mas diferente da casa, ele não é um ativo, é um passivo. O dinheiro empregado do carro vai se perder ao longo do tempo”.
Israel Lot diz que a reação das pessoas é bastante positiva. “Ontem mesmo alguém me disse que poderia ter 300.000 reais guardados se não tivesse aquele carro”, conta. É um “número que assusta”.
Desejo uma excelente semana a todos e aguardo vocês!!
Abraços!
Ricardo Pelegrini
Fundador da Ricardo Pelegrini Consultoria Empresarial e Administração Condominial, especialista em projetos de excelência e de transformar grandes ideias em realidade.