O Colégio Anglo de Botucatu conta, desde maio, com uma inovação tecnológica no ensino médio: o aplicativo Maestro. A plataforma é integrada a outro aplicativo, o Plurall, já implantado na escola. O colégio Anglo é a primeira escola do Sistema Anglo a implantá-lo.
A escola foi escolhida como colégio-piloto “devida ao alto engajamento dos alunos e professores, somos um dos colégios com mais aceitação e atuação no sistema”, diz o diretor da instituição, Paulo Burini. “O Maestro tem por objetivo melhorar a interação professor/aluno e oferecer maior conteúdo ao alunado. Através do maestro o professor pode personalizar seu conteúdo oferecendo material, aulas visuais, áudio, e exercícios extras; além de todo conteúdo dos cinco últimos anos dos vestibulares mais concorridos, bem como ENEM”, conclui.
O professor de física Guilherme Silva dos Santos foi o primeiro docente a usar a plataforma para avaliação dos alunos. “Um dos motivos de usar o Maestro foi a comodidade e os recursos que possibilita, como uma economia de tempo e uma interação maior com os alunos”, mas também no mercado de trabalho: “a demanda que o mercado exige em termos de tecnologia hoje, a inserção de tecnologias em diferentes meios é muito necessário. Hoje sabemos como facilita a nossa vida e como que a gente convive com isso, e por que não aplicar isso na educação? ”
O professor frisa que, apesar de ser uma ferramenta útil, não sucederá o ensino tradicional: “Ressaltando que isso é uma ferramenta, nunca irá substituir para o aluno o caderno, a escrita, que são um processo de memorização, e para o professor não há por enquanto outra ferramenta que substituirá o quadro, a aula expositiva. A mediação pedagógica se torna mais fácil, mas com o auxílio do professor, a visualização em sala, a responsabilidade de uma boa interpretação, tanto por parte do professor quanto por parte dos alunos”. “Mas é ótimo poder contar com esses outros recursos em um mundo que exige isso, o que acaba tornando muito mais atrativo, tanto para mim, podendo explorar os recursos audiovisuais, tendo a possibilidade de o próprio aluno conferir o gabarito ao fim da atividade, podendo avaliar seu desempenho”.
Quanto aos resultados do uso do Maestro na atividade, Guilherme afirma: “Houve uma interação muito maior. Já que os alunos já usam diariamente o celular, por que não utilizar isso em sala de aula?”. “À primeira vista os resultados foram muito favoráveis. Claro que houve problemas, com alguns alunos não conseguindo acessar, às vezes o sistema demorava um pouco, por conta do aplicativo ou talvez por causa da internet, mas isso é questão de tempo para ser corrigido. Mas é um resultado positivo, pois deu pra perceber que durante a aula eu conseguia ter uma visualização dos alunos que estavam fazendo a atividade e das suas respostas em plena aula e, no final, do desempenho total com a listagem da porcentagem de acertos de cada aluno. Ou seja, o resultado sai instantaneamente com o aplicativo, o que facilita a correção, mostrando a sua praticidade e comodidade dos recursos tecnológicos.
Isso pode ser explorado de várias maneiras, não somente como avaliação, mas também como uma interação melhor durante a aula. Se eu aplico um conteúdo e quero saber se os alunos tiveram uma assimilação boa, posso aplicar um quiz no final da aula para saber o que devo retomar ou não. Nas salas do primeiro colegial a receptividade foi muito boa também. Como o celular pode ser uma válvula de escape, com os alunos utilizando de maneira errada, inclusive com colas, mas não: percebi os alunos dedicados, utilizando o aplicativo e as perguntas tentando resolver e buscando a consulta no material já trabalhado em sala. Essa aceitação e participação dos alunos me surpreenderam bastante, esperava até que não seria dessa maneira. Mas foi completamente o contrário, os próprios alunos acessaram o Maestro, identificaram as perguntas e foram atrás das respostas. No geral, a aceitação foi muito positiva”, conclui.