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COMEMORAÇÕES, artigo de Bahige Fadel

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COMEMORAÇÕES

O tempo agora é de comemorar. Justo. Depois do que passamos no corrente ano e do que já tínhamos passado no ano anterior, é bom aliviar um pouco as tensões. E nada melhor do que comemorar as festas de Natal e ano novo com a família. Só que com muita cautela e bastante juízo. O perigo ainda ronda. As variantes da COVID-19 não param de aparecer. E a eficácia das vacinas ainda é um mistério maior do que o da Santíssima Trindade. Parece até um dogma da saúde pública. A gente tem que acreditar, mesmo que não haja comprovações suficientes. Fazer o quê? A gente não entende direito por que temos que tomar três doses, para ter mais garantia. E quem me garante que, no ano que vem, não vão anunciar a quarta dose? Uma coisa é certa: se aconselharam tomar a terceira dose, é porque não acreditaram na eficácia das doses anteriores. Não é assim que devo pensar? Ou existe alguma outra verdade que eu não consegui alcançar?

Como eu já disse, é tempo de comemorar. Seria bom que os políticos também pensassem dessa forma. Que eles deixassem de lado o tiroteio político, para aliviar um pouco os problemas. Mas será que eles terão essa visão cristã? Não acredito. Esses políticos que estão aí não perdem uma oportunidade de aparecer. E como eles gostam de aparecer? Primeiro, arrebentando com os adversários. E para isso, vale tudo. Não importa se nesse ‘vale tudo’ estejam verdades ou mentiras. Se arrebentam com o adversário, valem. Infelizmente, não vão parar com isso, só porque estamos em festas de fim de ano. Por outro lado, vão sendo tramadas alianças esdrúxulas. Gato e rato vão ser amigos. Não para o bem do Brasil. Para o bem deles próprios. Eu ia dizer que anjos e demônios estarão juntos, mas desisti. É que anjos não estão nessa disputa.

Embora haja toda essa bagunça, ainda tenho algumas esperanças. Tenho esperanças de que apareça alguém lúcido para acalmar tempestades e acender a luz. Vai ser difícil que isso aconteça em ano eleitoral. Mas a gente tem que ter esperanças. De esperanças também se vive. Então, a gente tem esperanças de que a campanha eleitoral seja limpa. Hoje, isso é uma utopia, mas vá lá eu as coisas mudam. Vamos ter esperanças. Esperanças de que a educação melhore e os governos passem a pensar que não basta melhorar a merenda escolar e fazer escolas de tempo integral. Pode haver a melhor merenda do mundo e um milhão de horas na escola que a educação não vai melhorar, se as aulas não forem úteis para o crescimento do aluno como cidadão e como profissional. Por que não perguntam para esse aluno do que ele precisa para o seu aprimoramento social e profissional e que pode ser oferecido pela educação escolar?

Mas agora é tempo de festas. É bom deixar pra depois. Mas que não seja para muito depois. Se for muito depois, poderá ser tarde demais. BOAS FESTAS!

BAHIGE FADEL é professor

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