O QUE QUEREMOS?
‘O Radicalismo é uma filosofia que utiliza métodos extremos para gerar as transformações pretendidas por seus promotores.
A origem do Radicalismo está em um dos mais importantes eventos da história mundial, a Revolução Francesa. Esta rompeu com o chamado Antigo Regime e seus rígidos estamentos sociais e com os privilégios da nobreza e do clero na sociedade. A concepção de sociedade que introduziu marca nossa vida até hoje e, por isso, o evento é considerado o divisor de águas na história ocidental, marcando o fim da Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea. No entanto, seu desenvolvimento foi marcado por várias ações extremistas. O termo Radicalismo, contudo, foi introduzido por Charles James Fox, em 1797, na Câmara dos Comuns, na Inglaterra.
Durante a Revolução Francesa, o grupo dos chamados jacobinos defendia a radical reformulação do sufrágio e da ordem social. O período em que estiveram no poder no desenvolvimento da Revolução Francesa marcou a fase do terror, pois os jacobinos não se poupavam dos métodos extremos para promoção de suas reformas. Assim, centenas de pessoas perderam suas cabeças com o uso da guilhotina, que eliminava os opositores e representantes do status quo. Entre eles, o próprio monarca francês da época. Paris ficou literalmente coberta de sangue naquele período. ‘(Professor Antônio Gasparetto Júnior)
‘O pensamento de extrema direita em geral está baseado na crença, muitas vezes messiânica, da condição especial de determinado povo, cultura ou crença, bem como na iminente ameaça que este grupo irá ou já esteja sofrendo por parte de outros grupos diferentes em meio ao seu caminho ao domínio de todas as outras sociedades, sendo necessária a união e mobilização contra tal ameaça vinda “do outro”.
Desde a década de 80 do século XX o termo vem sendo bastante utilizado para classificar a ideologia de grupos, muitas vezes armados, que patrocinam através de desfiles e passeatas, na Europa e Estados Unidos, o pensamento do partido nazista alemão e fazem culto ao seu líder, Adolf Hitler.’ (Emerson Santiago)
‘A extrema-esquerda tipicamente acredita que os sistemas desiguais devem ser derrubados pela revolução, a fim de estabelecer sociedades igualitárias. Os críticos da extrema-esquerda consideram que muitos meios que têm sido utilizados, historicamente, para atingir estes objetivos não foram mais que crimes contra a humanidade.’ (Wikipedia)
Observando o que ocorre atualmente na política brasileira, resolvi pesquisar sobre o que tenho visto ultimamente: radicalismo, extrema-esquerda e extrema-direita. E encontrei o que está logo acima.
Agora, eu pergunto: é isso que realmente desejamos para o Brasil? Um país que foi devastado pela corrupção. Essa corrupção, durante anos, minou nossas riquezas e nossas possibilidades de desenvolvimento. A Lava-jato já detectou um montante aproximado de R$ 50.000.000.000,00 surrupiados dos brasileiros. Um país, no qual a educação é uma das piores do mundo, segundo os índices apresentados pelo PISA. Pelos últimos dados, entre os setenta países participantes, em ciências, estamos em 63º lugar; em leitura, em 59º, e em matemática, em 65º. Um país, onde a saúde pública é de péssima qualidade. Só para ter um parâmetro de comparação, a mortalidade infantil nos países mais desenvolvidos é de três para cada mil crianças nascidas. No Brasil, a mortalidade infantil é superior a dez crianças para cada mil nascidas. Em alguns estados, essa taxa chega a vinte crianças que não alcançam um ano de vida.
Repito: com todos esses dados, é de radicalismo de esquerda ou de direita que precisamos? Ou está na hora de deixar de olhar para nossos umbigos e, num trabalho equilibrado, coerente e solidário, recuperar o que o Brasil perdeu, por causa da ganância, da incompetência e/ou da desonestidade de nossos mandatários?
BAHIGE FADEL