O combate aos criadouros do mosquito Aedes Aegypti segue como principal forma de prevenção desta e de outras doenças, como Zika e Chikungunya.
Confira as dúvidas mais recorrentes e saiba como se prevenir.
1 – Quais são os principais sintomas da dengue?
Febre alta (acima de 38°C), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo são os sintomas mais comuns. No entanto, a infecção por dengue também pode ser assintomática ou apresentar quadros leves.
2 – O que devo fazer se estiver com suspeita de dengue?
Nestes casos, é indicado buscar a unidade de saúde mais próxima para garantir uma avaliação do quadro e orientação para tratamento adequado dos sinais e sintomas apresentados.
3 – O que o Ministério da Saúde faz para combater a dengue?
Para apoiar estados e municípios nas ações de controle da doença, o Ministério da Saúde repassou R$ 256 milhões para todo o país. Também criada a Sala Nacional de Arboviroses, que monitora 24 horas por dia e 7 dias por semana os dados regionais para responder prontamente aos sinais de alerta, como alta desproporcional no número de casos. Além disso, foram capacitados profissionais (agentes de combate a endemias) e foi regularizado o estoque de inseticidas, com distribuição periódica para todo país. Por fim, está em expansão o uso do método Wolbachia, que bloqueia no mosquito a capacidade de transmissão do vírus da dengue.
4 – Qual a razão para o aumento de casos de dengue em 2024?
A projeção do aumento de casos da doença se deve a fatores como a combinação entre calor excessivo e chuvas intensas – possíveis efeitos do El Niño – conforme aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS). E, ainda, ao ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil.
5 – A vacina é a única forma de se proteger da doença?
Não. Evitar a proliferação do vetor da dengue, o mosquito Aedes Aegypti, segue como medida mais eficaz. As larvas do transmissor se desenvolvem em água parada. Dessa forma, é preciso empenho da sociedade para eliminar os criadouros com medidas simples e que podem ser implementadas na rotina, como tampar caixas d’água e outros reservatórios, higienizar potes de água de animais de estimação, tampar ralos e pias, entre outras.
O Ministério da Saúde sugere que a população faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas. Além disso, é recomendado que a população receba bem os agentes de saúde e agentes de combate às endemias. Por fim, recomenda-se como medida adicional de controle o uso de repelentes e a instalação de telas mosquiteiras, especialmente nas regiões com maior registro de casos.
6 – Quando a vacina da dengue chega ao Brasil?
As primeiras doses chegaram no último sábado (20), com cerca de 750 mil unidades. Além dessa, o Ministério da Saúde receberá outras remessas, totalizando 5,2 milhões de doses até o final do ano. Esse é o quantitativo disponibilizado pelo fabricante, Takeda, para 2024.
7 – Porque não terá vacina para todos no Sistema Único de Saúde (SUS)?
O laboratório tem uma capacidade limitada de fabricação da vacina. Dessa forma, cerca de 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas em 2024, já que o imunizante precisa ser aplicado em duas doses, com intervalo mínimo de três meses.
8 – Qual será o público a ser vacinado em um primeiro momento?
O Ministério da Saúde segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e priorizará a vacinação na faixa etária entre 6 e 16 anos. Além disso, outros critérios como cenário epidemiológico da região serão levados em consideração.
9 – Quando começa a vacinação contra a dengue no Brasil?
A definição será feita em conjunto com os estados e cidades e, a seguir, será divulgada a estratégia de vacinação e o público prioritário. São considerados vários aspectos para a ordem da imunização, como a situação epidemiológica do Brasil e disponibilização de doses. A previsão é que as primeiras doses sejam aplicadas em fevereiro.
10 – Como foi o processo de incorporação da vacina?
O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público de saúde. O Ministério da Saúde incorporou a vacina, a Qdenga, em dezembro de 2023. A inclusão foi analisada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec) de forma prioritária e em regime de urgência.
Fonte: Ministério da Saúde