No último dia 08/07, em uma ação realizada pela equipe técnica da ECOASAS, formada por biólogos egressos do Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu (IBB), ocorreu a soltura de 44 aves, incluindo animais Passeriformes, Piciformes e Psittaciformes. O ECOASAS compreende uma área de soltura e monitoramento de fauna, mantida pelo Instituto Ecoaves, uma organização não governamental, sem fins lucrativos de caráter socioambiental, representada pela Presidente, Andrea Baka Janjacomo, e Marcio Janjacomo.
Os principais eixos de atuação do Instituto incluem o combate ao tráfico de animais silvestres, bem-estar animal, conservação da fauna, recomposição florestal com ênfase no Bioma Cerrado, pesquisa científica e educação ambiental.
As aves destinadas para a soltura são oriundas de ações policiais frente ao combate do tráfico de animais silvestres e posse ilegal. Após a apreensão, as aves são destinadas aos Centros de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres, passam pelo processo de reabilitação e são encaminhadas às Áreas de Soltura, como a ECOASAS.
A equipe técnica da ECOASAS é formada pelos seguintes biólogos: Bianca Picado Gonçalves, mestre e doutora pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas (Genética) da UNESP de Botucatu e atual diretora de planejamento e ações ambientais; Gustavo Toledo Bacchim, responsável técnico;, e Lais Freitas Lopes, ambos bacharéis e licenciados pelo curso de Ciências Biológicas.
O Instituto Ecoaves, que é parceiro do IBB, conta com estagiários, voluntários e estudantes de graduação de Ciências Biológicas da Universidade. “Nós, da equipe do Instituto Ecoaves, acreditamos que a parceria com IBB é uma peça fundamental para a execução dos nossos projetos. Os alunos podem, na prática, atuar na conservação, manejo, monitoramento, avistamento, educação ambiental, entre outras atividades que desenvolvemos por aqui”, conta Bianca Gonçalves.
Os indivíduos soltos na última sexta-feira, cada um com sua anilha para fácil identificação, serão monitorados pela equipe do Instituto Ecoaves. “A nossa expectativa é que essas aves possam, a cada dia, se readaptar à vida em liberdade, aprendendo a buscar o próprio alimento, abrigo e se reproduzindo, deixando a vida sob cuidados humanos e cumprindo seu papel ecológico na natureza”, afirma Lais Lopes.
“A expectativa é de que os animais soltos também sejam capazes de interagir com outros indivíduos da própria espécie na natureza. A fase de monitoramento pós-soltura serve para, além da avaliação em si do processo, dar suporte na fase de transição”, conclui Gustavo Bacchim.
O evento contou a presença da grande incentivadora e colaboradora das ações, Professora Silvia Mitiko Nishida, docente do Departamento de Biologia Estrutural e Funcional, Setor de Fisiologia, representando a diretoria do IBB; e o parceiro e colaborador dos projetos, Professor Carlos Roberto Teixeira, representando o Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens (CEMPAS) da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp de Botucatu (FMVZ). Também estiveram presentes o Prefeito de Botucatu, Mario Pardini, o Deputado Federal, Rodrigo Agostinho, entre outras autoridades.