Está terminando o ano. Quem diria! E escapamos ilesos a todas as avalanches políticas que ocorreram e a todos os tsunamis da corrupção que teimaram permanecer, apesar das ações do Moro e da Lava-jato. Estamos vivos. Já testei. Estou respirando normalmente. Nem o Temer, com toda a sua simpatia e carisma (Nossa!), conseguiu acabar comigo. Nem essa dor terrível no meu quadril – e em outros lugares – foi suficiente para que eu caísse. Estou aqui de pé, mais um ano. Apesar de tudo e de todos. Eu ia escrever que estou de pé, apesar de meus inimigos, mas não seria justo. Não tenho tantos inimigos assim. Se os tenho, eles não estão com força para me derrubar. Nem para me fazer cócegas. Diferente dos inimigos do Brasil. Estes são muitos. Muitíssimos. Mas o Brasil também é forte. É difícil derrubar este país. Está certo que, se não fossem esses crápulas que grudam no poder como carrapatos, estaríamos em situação bem melhor. Muito melhor. Imaginem há quantos anos estão fazendo sangria em nossas economias. Imaginem quanto dinheiro nosso foi surrupiado e transportado para paraísos fiscais. Imaginem quanto do suor e energias que gastamos se transformou em festas, férias e orgias dos outros. Imaginem. Assim mesmo, estamos terminando mais um ano, firmes e fortes. A gente não desiste fácil. Não é qualquer corrupto de meia tigela que vai ser mais forte que o trabalhador. Não vai ser qualquer malandro que vai ser mais poderoso que o brasileiro honesto. Não vai ser qualquer vagabundo e oportunista que vai ser mais importante que o homem decente e honrado. De jeito nenhum. A gente pode perder uma batalha aqui e outra acolá, mas a vitória da guerra será nossa. Há de ser.
É isso aí, meu amigo. É assim que a gente tem que pensar. Chega de ver o cara que nos roubou durante anos se locupletando e, desanimado, dizer ‘não tem jeito mesmo, está tudo perdido’. Não está, não. E há jeito sim. Estamos vivos e bem. Estamos prontos para receber mais um ano. E que ele venha do jeito que viver, que o receberemos prontos para fazer de tudo para que ele seja melhor do que este. E que aqueles caras lá de cima não queiram nos ludibriar. Não queiram. Estaremos prontos para enfrenta-los. Se tiver que vir a reforma da Previdência, que venha para melhorar a vida dos brasileiros e para deixar o Brasil governável. Que não venha para que nos roubem ainda mais. Estaremos prontos. Como já disse, é difícil vencer alguém que tem convicção de que está certo, de que está fazendo o bem, de que é honesto e honrado. O mal – não nos enganemos – às vezes vence. Há muita gente na tropa do mal. Mas o exército do bem está mais esperto, está mais coeso, está mais alerta. O bando do mal vai encontrar a equipe do bem disposta a lutar. Afinal de contas, temos que defender a nós mesmos, as nossas famílias, a nossa cidade, o nosso país, a nossa verdade. E se estamos com a verdade, que pode com a gente?
BAHIGE FADEL