Bahige Fadel

ESTÁ DIFÍCIL, por Bahige Fadel

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 ESTÁ DIFÍCIL

Caramba! Faz tempo que a gente não vê uma notícia boa, que nos dê esperanças. É só coisa ruim. Aqui e lá fora. Não se descobre nenhuma cura de doença, não se recupera a economia de um país, não se melhora a educação ou a saúde, não se diminui a violência… Diminuir a violência?! Ah! Ah! Ah! Espere um pouco, que eu preciso rir. Parece que não querem diminuir a violência. Parece que querem que a violência aumente, que a fome aumente, que a doença aumente, que a incompreensão aumente, que a droga aumente… Que droga, sô! Só as coisas ruins aumentam.

Lá nos States, um presidente que foi eleito mesmo tendo número menor de votos – é o sistema – parece cego em tiroteio. Atira para todos os lados, e coitado daquele que estiver na direção da sua bala. O loiro e topetudo presidente só fica jogando gasolina em incêndio. Quer mostrar força. Quer mostrar poder. Teria que mostrar solidariedade. Há tantos países precisando do socorro da maior potência do planeta, mas o chefe da potência só quer atirar. Não bastassem os tiros do presidente, há uns loucos por lá que teimam atirar a rodo. E escolhem sempre pessoas inocentes. Matam crianças, jovens e professores, em escolas. Depois, só para se penitenciarem, matam-se. Por que não se matam antes de matarem os outros? Que prazer um cara pode encontrar ao matar os outros antes de se matar? Esquisito isso, né?

No Brasil, então, é só problema. O presidente mesoclítico, vira e mexe, vem à TV para alardear os seus feitos. Fiz isso, mais aquilo. E a gente nessa draga. Parece que os donos do poder não ficarão satisfeitos enquanto não transformarem o país numa Venezuela. Aliás, parece que esse era o objetivo de um outro presidente. Já foi. Já foi, mas pode voltar. É só a justiça eleitoral deixar. O Dom Sebastião dos brasileiros está na boca para voltar a ser chefe. Engraçado como pessoas que experimentaram o gosto do poder não querem largar a corda de jeito nenhum. O sabor deve ser bom. O poder tem uma mágica. Pó de pirlimpimpim da política. Nem Monteiro Lobato  faria melhor. Só que a mágica na política é diferente da mágica dos livros. Em vez de usarem a mágica de Lobato para transportarem o Brasil para dias melhores, usam-na para enriquecerem, para se darem bem na vida, usando a lei do mínimo esforço. Lava-jato neles! E que a água nunca acabe.

A esperança dos políticos brasileiros está na copa do mundo de futebol. Se o Brasil ganhar, vai ser uma festa. ‘Duzentos milhões em ação/ pra frente, Brasil,/ salve a seleção!’ São capazes de eleger o Tiririca presidente, desde que apareça batendo uma bolinha ao lado do Neymar.

                                                                                  BAHIGE FADEL

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