Neste ano, o Jardim Botânico do Instituto de Biociências de Botucatu (IBB) da Unesp – câmpus de Botucatu, comemora 50 anos de existência. E para celebrar, no último domingo (22), aconteceu um evento muito especial. Cerca de 400 pessoas se reuniram no espaço do Jardim Botânico e participaram das atividades oferecidas, como o plantio simbólico de árvores e trilhas monitoradas. Os participantes também puderam ouvir sobre um breve histórico a respeito do lugar e desfrutar das músicas oferecidas pela Orquestra de Viola e Violão do IBB.
De acordo com a participante do evento, Vera Lucia Scatena, docente titular aposentada e prestadora de serviço voluntário ao Jardim Botânico, o contato com a natureza foi muito gratificante, além de ser uma maneira de oferecer “boas-vindas à primavera”.
“Gostei muito de ter participado! Foi gratificante passar horas agradáveis ao ar livre com amigos. Vieram muitas pessoas da comunidade universitária e da população em geral. Foram momentos únicos e inesquecíveis. Espero que venham outros eventos como esse”, explicou Vera Lucia.
Além de prestigiar o Jardim Botânico, o evento reforçou a importância em manter o contato com a natureza e preservar ainda mais as áreas verdes de Botucatu, que são de extrema importância não apenas para os docentes e discentes, mas para toda população da cidade.
Um pouco sobre a história do Jardim Botânico
O Jardim Botânico do Instituto de Biociências de Botucatu (IBB) da Unesp – câmpus de Botucatu, iniciou suas atividades após a implantação do Departamento de Botânica, na antiga Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (FCMBB), no começo da década de 1970. O espaço criado para esta finalidade foi inicialmente denominado como “Horto Experimental do Departamento de Botânica”, e atendia às necessidades didáticas da Profa Dra Irina Delanova Gemtchújnicov, vinda do Instituto de Botânica de São Paulo para ensinar disciplinas da área de Botânica e Ecologia na nova Escola. A primeira realização do Jardim Botânico foi a criação de um pomar, numa área de aproximadamente dois hectares, situada na parte mais alta do Campus de Botucatu, onde já existiam jabuticabeiras, mangueiras, abacateiros e araucárias, circundada por bosque de eucaliptos.
Ainda na década de 70, devido ao crescimento do Campus Universitário uma outra área, de aproximadamente 110.000 m², foi destinada às novas instalações do Jardim Botânico. Foram definidas vias de acesso, áreas para construção, locais para abrigar coleções específicas e áreas de preservação da vegetação nativa. Após essa etapa, as plantas do antigo Horto Florestal, que haviam sido temporariamente levadas para a Fazenda Experimental de São Manuel, foram transplantadas ao atual JB.
Atualmente o JB/IBB possui coleções de gimnospermas, árvores floríferas brasileiras, orquídeas e cactáceas, como também, remanescentes da vegetação natural composta por fragmentos de floresta estacional semidecidual e floresta ripícola. No ano de 2000, foi agregado ao JB/IBB, um novo prédio, vinculado ao Departamento de Botânica, que abriga um anfiteatro para atividades educativas e culturais, salas de estudo e para realização de atividades dos monitores e um herbário, que recebeu seu nome em homenagem à “Irina Delanova Gemtchujnicov.
O JB/IBB é um museu de plantas vivas e faz parte do Instituto Brasileiro de Museus (Ibran). O evento deste domingo fez parte da “18ª Primavera dos Museus”, um evento que congrega quase mil instituições em todo o país, cuja programação está disponível para consulta na plataforma Visite Museus (visite.museus.gov.br).
