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Fase de depoimentos da CEI sobre denúncia de desvio de verba pública chega ao fim

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Foto: Reprodução da Internet
Denúncia aponta que o vereador Renan Ebúrneo de Pardinho (SP) teria combinado o pagamento de um equipamento de som usado em uma festa particular. Além do caso do vereador, a Polícia Civil também apura um suposto esquema de corrupção na prefeitura.

A fase de depoimentos da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga uma denúncia de suposto desvio de verba pública envolvendo o vereador Renan Pereira Ebúrneo (PTB) foi encerrada na terça-feira (3), em Pardinho (SP).

Após o colhimento das oitivas, a CEI deve apresentar um relatório ao presidente da Câmara em até 90 dias, que deve analisar e tomar medidas em relação ao vereador.

A denúncia aponta que Renan Ebúrneo teria combinado o pagamento de um equipamento de som usado em uma festa particular e pedido à assessora da prefeitura a emissão de nota fiscal. Ele nega as denúncias que vieram à tona depois do vazamento de áudios nas redes sociais.

Além do caso do vereador, a Polícia Civil de Botucatu (SP) também apura um suposto esquema de corrupção na prefeitura envolvendo cinco servidores municipais na compra de mais de R$ 18 mil em produtos que seriam para uso pessoal dos servidores, como sapatos, bolsas e cuecas.

O delegado responsável pelas investigações, Lourenço Talamonte, disse em entrevista à TV TEM que, a partir das oitivas dos proprietários das lojas, o ex-chefe de gabinete e outros funcionários também devem ser ouvidos para esclarecimentos.

Relembre o caso

Entre os dias 17 e 20 de janeiro, a Prefeitura de Pardinho fez compras em papelarias e lojas esportivas de Botucatu. As compras levantaram suspeita de superfaturamento pelos altos preços dos produtos.

Áudios de conversas indicam que as compras teriam sido autorizadas por Antônio Carlos Corulli, conhecido como “Tai”, chefe de compras da prefeitura. Entre os itens adquiridos pela prefeitura estão canetas no valor de R$ 150 a unidade, mochilas a R$ 449 e tênis e sapatos comprados a mais de R$ 400. O total das notas fiscais das compras soma quase R$ 18 mil.

As compras de material escolar e sapatos seriam para crianças que são acolhidas na Casa Transitória do município em situação de vulnerabilidade. Mas, segundo as denúncias, os produtos, na verdade, foram destinados para uso pessoal de funcionários públicos que trabalham na Secretaria de Assistência Social.

Além desses áudios, quando o suposto esquema foi descoberto, a diretora de Assistência Social e a assessora demonstraram medo de que somente elas fossem punidas pelas compras irregulares.

“Eu sei que a gente errou, sabe Raquel? Você errou de deixar a gente comprar. Eu errei de ir lá comprar. A Alessandra errou de ir lá comprar. A Rô errou. Todo mundo errou. Todo mundo erra, vem lá de todo mundo e só a gente vai pagar o pato? Então, não é justo”, disse a assessora em uma dos áudios que vazaram nas redes sociais.

TV TEM

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