A Prefeitura de Botucatu, através da Secretaria do Verde e em parceria com a Unesp de Botucatu, realizou na manhã deste sábado, 10, a destruição de 623 gaiolas apreendidas enquanto eram utilizadas para o aprisionamento ilegal de aves na cidade.
A medida, que faz parte do cronograma de atividades da Semana do Meio Ambiente, alinhou gaiolas de vários modelos por mais de 300 metros da Rua Lourenço Carmello, nas imediações do Parque Municipal “Joaquim Amaral Amando de Barros”.
“Botucatu tem uma extensa fauna de aves que encantam nosso município e, portanto, deve também se preocupar com o seu Verde. Este evento é prova de que estamos gerenciando este problema que é o tráfico de aves”, afirmou o secretário municipal do Verde, Márcio Piedade, o Caco.
A destruição também serviu como cumprimento judicial, já que ao serem aprendidas pela Polícia Militar Ambiental, as gaiolas devem, por lei, ser inutilizadas.
Todo o material resultante da destruição será encaminhado a Cooperativa dos Catadores de Material Reciclável de Botucatu, para ser separado e reutilizado.
O coordenador do CEMPAS, Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp, Carlos Teixeira, cita que a realização busca combater especialmente os criadores de aves clandestinos.
“As ações são contra os criadores clandestinos, que devem ser combatidos. Apoiamos aqueles que fazem a criação legalizada, pois colaboram, inclusive, para a preservação das espécies”, explica Teixeira.
Participaram do evento integrantes da Polícia Militar Ambiental, da Guarda Civil Municipal, da Unesp de Botucatu, e do Grupo de Apoiadores Ambientais da região de Botucatu.
A prática de aprisionamento de aves sem a liberação dos órgãos competentes é considerada como crime ambiental, segundo a Lei Federal n° 5.197.