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Botucatu

Curta botucatuense está em fase final de produção. Assista ao trailer

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Mateus Conte Camargo
Especial para Cidade Botucatu

O curta-metragem de terror Límbico, produzido e gravado em Botucatu, já está em fase final de produção. O filme é produzido pela produtora EuQfiz, empresa responsável também pela websérie (seriado criado especialmente para a internet) “Um Sofá para 4”, indicada ano passado para o festival Rio Web Fest, que premia as melhores produções do gênero.

O filme trata da amizade de duas garotas que é colocada à prova quando uma delas descobre estar com um câncer terminal. O diretor Marcelo Teixeira afirma que esse curta é uma prévia para um futuro longa-metragem. “Digo futuro pois para um filme com mais de 30 minutos precisamos de verba, pagar figurinos, locações, entre profissionais de som, iluminação, atores e muito mais”, diz o cineasta. “Espero que este “teaser” traga a vontade das pessoas de conhecerem cada personagem e suas histórias mais a fundo, bem como a trama completa”, finaliza.

A previsão de duração é de em torno de 10 minutos no máximo, mas este tempo é apenas uma estimativa, pois algumas cenas ainda não foram gravadas.

Marcelo diz que, apesar do curta ser de terror, não há a intenção de trabalhar com cenas de violência e sangue, sendo o terror mais psicológico.

O filme será apresentado online, mas o alvo está em festivais de curtas-metragens de terror que acontecem em todo o mundo. “Desde a participação no RioWebFest2016, percebi que estar em festivais é uma das melhores formas de divulgar e ter incentivo no trabalho independente, bem como fazer contato com outros profissionais da área”, afirma.

Produção – são quatro pessoas envolvidas no curta. Marcelo, como roteirista, diretor e editor; Juliana Cardoso, na produção e fotografia; Priscila Iara, atriz no papel das gêmeas Fernanda e Clara; e Omi Yuuhiko como atriz, interpretando Suzana.

“Para a gravação das cenas na futura Pinacoteca de Botucatu tivemos o apoio de mais amigos, mas as cenas internas são todas a cargo dessas quatro pessoas, que se desdobram com muita força para realizar esse projeto”.

“Um dos maiores problemas das produções independentes”, afirma o diretor, “é conseguir que as pessoas se interessem em unir forças para exporem seu trabalho, o que é uma forma muito comum fora do país de se promover artistas como diretores, atores entre outros”.

Seleção de Atores – A seleção de pessoal foi feita via Facebook e Instagram. “A websérie Um Sofá para Quatro ajudou um pouco a atrair pessoas interessadas em nossos trabalhos”, diz Marcelo. “No caso tive a sorte da Priscila Iara ser indicação de um amigo, e é a pessoa mais entusiasmada que já trabalhei até o momento, espero que venham mais e mais atores e outros profissionais assim no futuro”. “Espero nos próximos episódios termos mais gente a procura de participações em nossas ideias, mesmo porque Límbico vai se tornar uma obra seriada, onde teremos uma média de 3 episódios no ano, incluindo um escrito pelo desenhista da Marvel Comics Joe Bennett”, finaliza.

Priscila diz que interpretar duas personagens está sendo um desafio. “São personalidades totalmente diferentes. Mas é uma sensação muito legal, a mudança de expressão, tento deixar o cabelo de maneira diferente, mas eu deixo um suspense pra vocês assistirem o curta quando sair”. A atriz conta que é meticulosa com a sua performance, inclusive assistindo interpretações de outras atrizes em outros filmes: “Sou perfeccionista, então sempre acho que dava pra ficar melhor e aí vem vontade de que é só falar que gravo de novo, com o maior prazer. E confesso que assisti alguns filmes de terror pra ter um pouco de noção”.

Priscila diz que está sendo fantástico participar das gravações. “A equipe é incrível, está sendo uma experiência maravilhosa. Me sinto muito agradecida em ter sido convidada pra fazer os papéis, prometo até o fim dar tudo de mim pra conseguir realizar o que eles esperam das personagens”. “Estou amando o resultado, eles são muito profissionais. Eu fico doida pra ver a cena, e quando vejo, sem palavras. Vai ficar demais!”, completa.

A personagem de Yuuhiko tem uma doença grave e, para poder se curar dessa doença, acaba se envolvendo com magia negra. Descoberta o feitiço de cura, ela deve tomar uma custosa decisão.

A atriz diz que a personagem foi tranquila pra ela, já que é adepta ao estilo da subcultura gótica e também uma amante nata de terror. “Foi fácil montá-la exatamente por ter um pé no meio”, afirma. “As gravações estão sendo bem tranqüilas também, o Marcelo Teixeira, nosso diretor, dá uma boa abertura até para nós, atrizes, colocarmos algo que achamos que ficará bom na cena, ajudamos também com algumas idéias. Eu e a Priscila já nos conhecíamos há bastante tempo, então flui tudo melhor, tem uma boa harmonia.

Yuuhiko diz que está muito ansiosa para ver o resultado. “Vira e mexe dá uma mudadinha no texto, então mesmo nós atrizes não sabemos de cabo a rabo tudo do curta, em algumas coisas nós somos pegas de surpresa e descobrimos só no dia da gravação. Estou bem animada com o projeto e torcendo pra que tudo dê certo e mais pessoas possam conhecer nosso trabalho”.

Financiamento – Para arrecadar fundos para a realização do projeto, foi criado uma campanha no site Apoia.se, uma plataforma de financiamento coletivo. “Quem sabe teremos um longa metragem totalmente botucatuense em breve para concorrer em festivais nacionais e internacionais?”, diz Marcelo. “Captação de recursos tem sido um problema desde nossos primeiros projetos, ou seja, não temos recursos para trabalhar como queremos realmente, então cada um doa um pouco do seu talento e tempo para cada uma das ideias”, diz o diretor. A página de financiamento coletivo pode ser acessada por esse link

Marcelo diz também que há espaço para parcerias. “Nas parcerias já tivemos esse tipo de troca quando fizemos nossa web série, usando locações de empresas reais em troca de publicidade, fugurino, entre outros. Sempre existe espaço para parcerias e patrocínios. Estamos abertos a todas as propostas e com certeza esperamos ter muitas num futuro breve, que ajudariam o desenvolvimento de projetos futuros, que não são poucos“.

Próximos projetos – Esses projetos futuros existem a curto e longo prazo. A curto prazo, de acordo com Marcelo, são os outros episódios de Límbico, que somarão pelo menos 3 ao ano. “Cada um deles esconde um desafio, tanto em termos de técnica (direção, efeitos, cenários, etc) quanto atuação. Estamos terminando o episódio 1 e em breve começam as convocações de elenco e equipe para os outros dois. Os interessados fiquem atentos a nossa página no Facebook”.

Já a longo prazo, há dois grandes projetos: o longa-metragem de Límbico, que tem sua história baseada no primeiro episódio, onde serão melhor desenvolvidos cada personagem e melhor explicada a trama entre as amigas Fernanda e Suzana, que terá três finais diferentes. “Como trabalhamos com a internet como base podemos nos dar ao luxo de disponibilizar três finais diferentes para que o público escolha como quer que a história termine”, diz Marcelo.

Outro projeto é um longa-metragem sobre a vida de Ana Rosa, personagem icônica da cidade, assassinada em 1885. “Tenho um roteiro sobre esta figura tão polêmica de Botucatu”, conta Marcelo, “que conta algo muito atual, que são os relacionamentos abusivos e a violência contra a mulher”. Mas, de acordo com o diretor, “essa é uma história que sem financiamento e apoio não vamos conseguir contar, pois depende muito de locações, figurinos e atuação que remetam ao ano de 1890 e muito, mas muito trabalho mesmo”.

Outros projetos são um reboot (refilmagem da obra, mas com histórias diferentes) da série Um Sofá para Quatro, uma série de ação e ficção chamada Boca do Inferno, que conta a história de um orfanato muito especial (não, não são mutantes) e muitas outras. “Quem sabe um dia arrastar esses projetos para a Netflix”, diz o diretor.

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Sebrae-SP e Prefeitura de Botucatu oferecem curso de liderança para empreendedores da região

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Micro e pequenos empresários de Botucatu podem desenvolver e aprimorar seus conhecimentos e habilidades com o curso Seja Uma Liderança Inspiradora, realizado pelo escritório do Sebrae-SP em parceria com Prefeitura Municipal. A parceria, realizada por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Relações Institucionais e Trabalho, prevê aulas presenciais a partir de 30 de setembro.
A capacitação conta com 30 vagas e seguirá pelos dias 1, 2, 7, 8, 9, 15 e 16 de outubro, das 18h30 às 22h30, no escritório do Sebrae-SP na região. As inscrições podem ser feitas pelo link.
De acordo com o Gestor de Negócios do Escritório Regional do Sebrae-SP em Botucatu, Victor Eburneo, trata-se de uma grande oportunidade para os participantes desenvolverem capacidades de liderança em com uma abordagem única e abrangente.
“Os participantes vão aprender a Jornada pessoal do líder; Inteligência Emocional, Valores e Propósitos e Plano de Desenvolvimento Pessoal; Jornada do líder com sua equipe; como ser o Líder que sua Empresa Precisa; Delegação de Tarefas; Gerenciamento de Conflitos; Jornada do líder estratégico com foco em resultados; Metas, Indicadores, Feedback, Força do Coletivo”, detalha Victor.
SERVIÇO
Seja Uma Liderança Inspiradora
Data: 30 setembro e 1, 2, 7, 8, 9, 15 e 16 de outubro
Horário: das 18h às 22h30
Local: Escritório do Sebrae-SP em Botucatu – Rua Dr. Costa Leite, 1570, Centro, Botucatu

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Egressa do Programa de Pós-graduação do IBB vence Prêmio “Unesp de Teses”

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Ariana Musa de Aquino venceu a 7ª edição do prêmio na área de Ciências Biológicas da Saúde.

Recentemente, a egressa do Programa de Pós-graduação em Biologia Geral e Aplicada (BGA), Ariana Musa de Aquino, do Instituto de Biociências (IBB) da Unesp, câmpus de Botucatu, venceu o Prêmio “Unesp de Teses”. Em sua 7ª edição, o objetivo é reconhecer, valorizar e premiar teses de doutorado defendidas em 2023 nos Programas de Pós-Graduação e que se destacaram pelo impacto social, econômico e cultural, alinhados aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

A tese premiada de Ariana foi desenvolvida sob orientação do docente Wellerson Rodrigo Scarano, atual Professor Titular no Departamento de Biologia Estrutural e Funcional do IBB. Com o título: “Identificação de alvos oncogênicos na próstata de ratos expostos a misturas de ftalatos durante o desenvolvimento perinatal: estudo transgeracional”, sua pesquisa passou por diferentes critérios estabelecidos pelo edital até chegar ao resultado final.

“Entre esses critérios, podemos citar a temática da tese, o número de artigos publicados, a importância do tema para sociedade e como os resultados obtidos foram apresentados. Outro aspecto que contribuiu foi o intercâmbio realizado pela Ariana no exterior. Por meio do programa de Bolsa de Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE), da FAPESP, ela estudou na Suíça, pela University of Fribourg, visitou outros dois centros de pesquisa, um na Universidade de Aveiro e outro na Universidade de Porto, ambos em Portugal”, afirmou a docente Maeli Dal Pai, Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Biologia Geral e Aplicada do IBB.

Para Ariana, vencer um prêmio importante como este mostra que todo o seu esforço e dedicação, assim como o apoio de sua família, valeram a pena.

“Eu sou uma mulher, negra, cientista, vinda de uma condição social vulnerável, que, por meio da educação, vem sendo transformada. O prêmio mostra para outras meninas e mulheres na ciência que apesar de todos os obstáculos, é possível sermos reconhecidas pelos nossos trabalhos. Essa premiação estimula as próximas gerações a fazer mais e a acreditar que a educação e a ciência podem transformar vidas, bem como o progresso do nosso país”, explicou Ariana.

A escolha do tema “Câncer”

O Câncer (ou tumor maligno) é um assunto que sempre despertou o interesse da pesquisadora. Porém, a curiosidade a respeito do assunto aumentou conforme realizava sua pesquisa.

“Me mudei para Botucatu para cursar o mestrado e tive acesso a um universo diferente. Em um primeiro momento, o foco era a Toxicologia da Reprodução, no entanto, a investigação da minha pesquisa, em paralelo com outros trabalhos, começou a tornar o câncer um ponto mais evidente. Isso porque os dados mostravam que os desreguladores endócrinos tinham relação com diferentes tipos de câncer, o que me deixou ainda mais motivada”, afirmou.

Outro fator que contribuiu para o cenário foi a vasta experiência de seu orientador. Através das pesquisas já realizadas pelo docente Wellerson Rodrigo Scarano, Ariana conseguiu unir os temas que mais lhe interessavam, Toxicologia da Reprodução e Carcinogênese em diferentes etapas de seus estudos.

“Atuei no laboratório do Wellerson por seis anos e posso garantir que isso foi crucial para o meu amadurecimento na área. Além disso, tive a oportunidade de atuar diretamente e aprender com outros professores, que contribuíram para o sucesso da minha pós-graduação. Contei com professores de excelência na grade de disciplinas oferecidas pelos programas de pós-graduação em Biologia Geral e Aplicada e em alguns outros programas de pós-graduação da UNESP de Botucatu”, destacou.

Após todo seu período de experiência por diferentes universidades dentro e fora do Brasil, Ariana se diz grata por tudo o que viveu e aprendeu.

“Agradeço a todos que acreditaram em mim. Mas preciso agradecer, de maneira especial, a minha família, que é a razão de cada um dos meus esforços”, finalizou.

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Botucatu

Diversidade industrial deve ser considerada em projetos para Botucatu, avaliam lideranças do Ciesp

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Sete setores da indústria se destacam no cenário de Botucatu, mas também influenciam cadeias complexas de fornecimento

Os projetos para Botucatu devem levar em consideração a diversidade industrial da região, segundo a diretora regional do Ciesp, Patrícia Dias. Na noite desta última quarta (11), ela recebeu na cidade o presidente em exercício do Ciesp, Francesconi Júnior, para a reunião da diretoria local, após terem passado o dia visitando as indústrias Grupo Caio e Irizar Brasil, além da escola Senai “Luiz Massa”.

De acordo com Patrícia, embora sete setores liderem a indústria de Botucatu, eles também influenciam fortemente suas respectivas cadeias de fornecedores. Estudos feitos pela Diretoria Regional do Ciesp Botucatu, em parceria com outras entidades, já apontam que os setores de maior destaque na indústria têm sido: o aeronáutico, o de metalmecânica, o automotivo, o químico, o de construção civil, o de agronegócio e o de biotecnologia. O Ciesp trabalha em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Prefeituras, universidades e órgãos especializados para construir um plano regional de desenvolvimento econômico dentro do chamado “Projeto Coalizão”. “Aqui nós temos um ecossistema totalmente diversificado, com vários segmentos. Cada setor gera uma cadeia produtiva”, explica Patrícia.

Para o presidente em exercício do Ciesp, a diversidade industrial da região é uma vantagem. “Essa diversidade é difícil de você achar em cidades pequenas do interior. E é uma vantagem ao mesmo tempo porque cria uma oportunidade de crescimento para a região, pois quando um setor vai mal, outro vai bem. Então, a região cresce com isso, as oportunidades de emprego aumentam, tanto que hoje as indústrias estão com dificuldade de encontrar mão-de-obra, estão buscando nos municípios vizinhos”, disse Francesconi.

Para ele, o perfil de Botucatu necessita de um trabalho regionalizado e a atuação do Ciesp, em parceria com o Senai e outras entidades, é importante na identificação das necessidades e no trabalho de capacitação direcionado.

Qualidade de vida e apoio da universidade

Segundo a diretora, tem sido desafio para o Ciesp mapear as necessidades e apoiar nas soluções para cada uma das vertentes da indústria, mediante tanta diversidade. O trabalho tem sido focado, muitas vezes, em treinamentos que ajudem as empresas a se desenvolverem e se tornarem mais competitivas.

Ela aponta ainda que o bem-estar e a qualidade de vida são pontos fortes da região, enquanto a escassez de mão-de-obra é um ponto mais frágil.

Patrícia explica que o Ciesp tem trabalhado intensamente com o poder público e com todos os players, não só pela qualificação da mão-de-obra, mas também pela logística de biogás, de tecnologia e do desenvolvimento em geral no Oeste Paulista.

“Devemos nos aprofundar nas cadeias produtivas das cidades. De repente, você está pensando que é só uma vocação e você pode ter a oportunidade de encontrar outros potenciais, inclusive de desenvolver aqueles que não estavam tanto no radar”, disse Patrícia.

Para a diretora do Ciesp, além da qualidade de vida e boa infraestrutura, os principais motivos para a diversidade de negócios em Botucatu no setor industrial passam também pela existência de um Parque Tecnológico (só 34 cidades paulistas têm projeto semelhante) e pela parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp), com o engajamento da academia com a pauta do desenvolvimento industrial.

Fábricas e escola

As lideranças do Ciesp visitaram pela manhã o Grupo Caio, que fabrica ônibus e carrocerias e gera mais de 6.000 empregos na região. À tarde, eles visitaram a escola Senai de Botucatu, que formou mais de 10 mil alunos, entre cursos presenciais e online, no ano passado.

Por fim, ocorreu a visita à unidade da Irizar Brasil, especializada na fabricação de ônibus rodoviários nível premium e que exporta mais de 90% da sua produção, gerando mais de 500 empregos na região.

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