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EMPREGOS

Pelo 2º ano seguido, Unesp não tem dinheiro para pagar 13º salário de funcionários

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Em nota interna, reitor aponta quadro de desequilíbrio financeiro da instituição

Parte dos servidores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) pode ficar sem receber o 13º salário neste ano, pela segunda vez. A instituição divulgou um comunicado interno aos funcionários alegando dificuldades orçamentárias.

O texto, de título “Comunicado sobre a situação orçamentária e financeira atual da Unesp”, obtido pelo Estado, é assinado pelo reitor Sandro Roberto Valentini e aponta um quadro de desequilíbrio financeiro da instituição. No ano passado, conforme o Estado revelou, a Unesp fechou o ano com um déficit de R$ 164 milhões. o 13º de todos os servidores autárquicos, ativos e aposentados, foi pago somente neste ano, em duas parcelas. A universidade tenta pressionar o governo Márcio França (PSB) para obter uma suplementação no orçamento e evitar o problema.

Os estatutários, que podem ser prejudicados, são maioria na instituição. Há cerca de 2,1 mil professores ativos e 2 mil aposentados na expectativa sobre o recebimento do 13.º salário. Entre os técnicos, há 4 mil ativos e 4,4 mil aposentados.

A principal fonte de verba das três universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp) é uma cota de 9,57% da arrecadação paulista do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), repassada pelo Estado. As universidades têm autonomia para gerir esse recurso, que caiu nos últimos quatro anos, com a piora da economia.

“Desde o semestre passado, temos feito reuniões com o atual Governador Márcio França e suas secretarias de Governo, com o propósito de explicitar a gravidade da situação e ausência de recursos orçamentários e financeiros para o pagamento do 13º salário de 2018. A nova equipe de governo, ao contrário da anterior, já demonstrou maior sensibilidade à questão e está buscando formas que permitam à Unesp honrar com esse pagamento ainda no exercício de 2018. Entretanto, caso a suplementação não se confirme, à semelhança do ano passado, o 13º salário dos servidores estatutários (ativos e aposentados) deverá ser regularizado no ano de 2019”, diz o texto.

A gestão de Valentini diz que assumiu a universidade com um orçamento, aprovado em 2016, com apenas doze folhas de pagamento, sendo parte de uma delas financiada com receita própria. “Dessa forma, durante praticamente todo o ano de 2017, foram feitas várias iniciativas para sensibilizar o governo do Estado com relação à insuficiência orçamentária e financeira da Unesp e para solicitar crédito suplementar para o referido exercício.”

Um dos motivos alegados para o não pagamento deste ano é que o déficit de 2017 se tornou uma bola de neve. “O orçamento de 2018 voltou a ter apenas doze folhas de pessoal e reflexos, sendo uma delas financiada com receita própria. Além disso, a reserva financeira atual é inferior ao valor do décimo terceiro deste ano, situação diferente daquela do ano passado, que permitiu honrar o seu pagamento, em duas parcelas no ano de 2018. Portanto, o problema que era somente orçamentário no ano passado, passou a ser orçamentário e financeiro neste ano.”

“A reitoria diz que não tem caixa para pagamento, mas nós acreditamos que tem. A arrecadação do ICMS neste ano, segundo o próprio governo do Estado, deve ser maior do que em 2017. O discurso da reitoria é sempre um discurso rebaixado”, diz o presidente da Associação de Docentes da Unesp, João Chaves.

Em nota, a Unesp afirmou que tem relatado de forma transparente à comunidade o seu desequilíbrio orçamentário e financeiro, tanto nas reuniões do Conselho Universitário, quanto por meio de informes periódicos. Lembrou ainda que tem feito discussões internas sobre a sustentabilidade da universidade e das propostas de reformas administrativa e acadêmica.

Já o governo do Estado informa que a solicitação apresentada pela universidade já está em análise. “O Estado reconhece a importância de todo o trabalho desenvolvido pela Unesp e permanece aberto ao diálogo com a reitoria da instituição.”

Críticas. A falta de pagamento do 13º fez a reitoria da Unesp virar alvo de críticas interna de servidores. Conforme o Estado revelou em março, funcionários da reitoria que residem e trabalham em São Paulo, mas que são do interior, recebem diárias para trabalhar na capital, que no ano passado ultrapassaram R$ 2 milhões. Após a publicação da reportagem, o Ministério Público de Contas (MPC-SP) considerou esse tipo de pagamento irregular e agora pede, no Tribunal de Contas do Estado (TCE) a devolução desses valores aos cofres públicos. Parte desses funcionários também recebem bolsas de pesquisa que chegaram a R$ 2,4 milhões entre os anos de 2014 e 2016, segundo documentos obtidos pelo Estado.

Leia a nota completa da Unesp

A Unesp ainda se encontra em desequilíbrio orçamentário e financeiro e isso tem sido relatado de forma transparente à comunidade, tanto nas reuniões do Conselho Universitário (https://tv.unesp.br/co) quanto por meio de informes periódicos, como os boletins econômicos bimestrais. (https://www2.unesp.br/portal#!/propeg/assessoria-de-planejamento-estrategico/boletim-economico/).

Daí a importância das discussões internas sobre a sustentabilidade da Universidade e das propostas de reformas administrativa e acadêmica que neste momento tramitam nos órgãos colegiados, em especial no Cade (Conselho de Administração e Desenvolvimento) (https://www2.unesp.br/portal#!/secgeral/orgaos-colegiados/cade/pautas-e-atas/ e no Cepe (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) https://www2.unesp.br/portal#!/secgeral/orgaos-colegiados/cepe/pautas-e-atas/). Tais documentos compõem um planejamento estratégico que pensa o futuro da Universidade para além do mandato da atual gestão.

Assim como ocorreu em 2017, a administração superior da Universidade segue fazendo reuniões com o governo do Estado para detalhar a gravidade da situação orçamentária e financeira da instituição e a ausência de recursos para o pagamento do 13º salário de 2018 para os servidores estatutários, o que nesta data está condicionado a recurso suplementar. Se a suplementação não ocorrer, o 13º salário dos servidores estatutários deverá ser regularizado no ano de 2019.

É importante lembrar que a atual gestão da Unesp assumiu em janeiro de 2017 já sem previsão no orçamento para o pagamento do 13º salário dos servidores estatutários, pago com recursos do orçamento de 2018, o que teve impacto direto no atual cenário.

Estadão

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Brasil

Caged: país criou 644 mil novas vagas de trabalho em 2019

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É o maior saldo de emprego com carteira assinada desde 2013

O Brasil registrou a criação de 644 mil vagas de emprego formal no ano passado, 21,63% a mais que o registrado em 2018. De acordo com o Ministério da Economia, é o maior saldo de emprego com carteira assinada em números absolutos desde 2013.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje (24), mostram que o estoque de empregos formais chegou a 39 milhões de vínculos. Em 2018, esse número tinha ficado em 38,4 milhões.

Todos os oitos setores da economia registraram saldo positivo no último ano. O destaque ficou com o setor de serviços, responsável pela geração de 382,5 mil postos. No comércio, foram 145,4 mil novas vagas e na construção civil, 71,1 mil. O menor desempenho foi o da administração pública, com 822 novas vagas.

No recorte geográfico, as cinco regiões fecharam o ano com saldo positivo. O melhor resultado absoluto foi o da Região Sudeste, com a criação de 318,2 mil vagas. Na Região Sul, houve abertura de 143,2 mil postos; no Nordeste, 76,5 mil; no Centro-Oeste, 73,4 mil; e no Norte, 32,5 mil. Considerando a variação relativa do estoque de empregos, as regiões com melhores desempenhos foram Centro-Oeste, que cresceu 2,30%; Sul (2,01%); Norte (1,82%); Sudeste (1,59%) e Nordeste (1,21%).

Em 2019, o saldo foi positivo para todas as unidades da federação, com destaque para São Paulo, com a geração de 184,1 mil novos postos, Minas Gerais, com 97,7 mil, e Santa Catarina, com 71,4 mil.

De acordo com o Caged, também houve aumento real nos salários. No ano, o salário médio de admissão foi de R$ 1.626,06 e o salário médio de desligamento, de R$ 1.791,97. Em termos reais (considerado o deflacionamento pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC), registrou-se crescimento de 0,63% para o salário médio de admissão e de 0,7% para o salário de desligamento, na comparação com novembro do ano passado.

Novas regras
Segundo os dados divulgados hoje, em 2019 houve 220,5 mil desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado. Os desligamentos ocorreram principalmente em serviços (108,8 mil), comércio (53,3 mil) e indústria de transformação (35 mil).

Na modalidade de trabalho intermitente, o saldo ficou positivo em 85,7 mil empregos. O melhor desempenho foi do setor de serviços, que fechou 2019 com 39,7 mil novas vagas. No comércio, o saldo ficou em 24,3 mil postos; na indústria da transformação, 10,4 mil; e na construção civil 10 mil. As principais ocupações nessa modalidade foram assistente de vendas, repositor de mercadorias e vigilante.

Já no regime de tempo parcial, o saldo de 2019 chegou a 20,3 mil empregos. Os setores que mais contrataram nessa modalidade foram serviços, 10,6 mil; comércio, 7,7 mil; e indústria de transformação, 1,2 mil. As principais ocupações foram repositor de mercadorias, operador de caixa e faxineiro.

Dados de dezembro
Já no mês de dezembro, o saldo de novos empregos foi negativo. Segundo o Ministério da Economia, o resultado ocorre todos os anos. “Trata-se de uma característica do mês, devido aos desligamentos dos trabalhadores temporários contratados durante o fim de ano, além da sazonalidade naturalmente observada nos setores de serviços, indústria e construção civil”, informou a pasta.

No último mês de 2019, o saldo ficou negativo em 307,3 mil vagas. Em 2018, o saldo de dezembro havia sido de 334,4 mil vagas fechadas. Os maiores desligamentos foram no setor de serviços, com menos 113,8 mil vagas, e na indústria de transformação, com redução de 104,6 mil postos de trabalho. O comércio foi o único a apresentar saldo positivo, com 19,1 mil vagas criadas.

Na modalidade de trabalho intermitente, o saldo também foi positivo: 8,8 mil novas vagas em dezembro. Comércio e serviços dominaram as contratações com saldos de 3,7 mil e 3,1 mil novos postos, respectivamente. Já o trabalho parcial teve déficit de 2,2 mil vagas no mês passado.

Agência Brasil

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Botucatu

Havan inicia seleção de 150 funcionários para a unidade Botucatu. Confira as vagas

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A Havan iniciou o processo seletivo para a contratação de 150 funcionários para trabalharem na unidade de Botucatu.

Segundo informações obtidas pelo Cidade Botucatu, as vagas são para líder de departamento, operador de caixa, auxiliar de vendas, visual merchandising, vendedor (eletro/eletrônico e serviços), conferente de estoque, assistente de RH e fiscal de loja.

De acordo com a empresa, é necessário que os candidatos tenham disponibilidade para trabalhar nos fins de semana. Simpatia, dinamismo, iniciativa, vontade de trabalhar em equipe e disposição para o atendimento ao público são requisitos exigidos pela Havan para preencher as vagas. Além de salário compatível com as funções, a Havan oferece benefícios como vale-transporte e Programa de Participação nos Resultados (PPR).

Os candidatos deverão realizar a inscrição no site https://cliente.havan.com.br/Portal/Institucional/TrabalheConosco, selecionando a opção “Lojas”.

Depois de inscritos, os perfis que se adequarem aos pré-requisitos exigidos para as vagas receberão um e-mail de contato do RH para marcação de entrevista.

Cidade Botucatu – com assessoria

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Brasil

Oferta de vagas no comércio para o Natal será a maior em seis anos

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Espera-se a contratação de 91 mil trabalhadores temporários

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou hoje (14) uma estimativa sobre os postos de trabalho temporários para o Natal deste ano. De acordo com a CNC, espera-se a contratação de 91 mil trabalhadores temporários para atender ao aumento da demanda do varejo no período natalino, ou seja, 4% maior do que em 2018 e a maior oferta dos últimos seis anos.

Estima-se que o Natal movimente R$ 35,9 bilhões no comércio varejista de todo o país, neste ano, segundo a CNC.

Para o presidente da confederação, José Roberto Tadros, essa “retomada parcial do nível de atividade do setor” está sendo influenciada pela inflação baixa, pelos juros básicos no piso histórico, por prazos mais amplos para a quitação de financiamentos e, principalmente, pela liberação de recursos extraordinários para o consumo, como os saques no FGTS e no PIS/Pasep.

Os estados que devem mais gerar vagas são São Paulo (22,6 mil), Minas Gerais (10 mil), Rio de Janeiro (9,4 mil) e Rio Grande do Sul (7,6 mil), que concentrarão mais da metade da oferta de vagas.

Já entre os setores do comércio, os maiores volumes de contratações deverão ocorrer nos ramos de vestuário (62,5 mil vagas) e de hiper e supermercados (12,8 mil). Oito em cada dez vagas ofertadas deverão ser preenchidas por vendedores (57 mil), operadores de caixa (13 mil) e pessoal de almoxarifado (4,6 mil).

Os maiores salários médios deverão ser pagos aos contratados para os cargos de gerente de marketing e vendas (R$ 2.724) e gerentes de operações comerciais (R$ 2.020).

A taxa de efetivação dos trabalhadores temporários deverá ser maior do que nos últimos cinco anos, com expectativa de absorção definitiva de 26,1%.

 

Agência Brasil

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