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Botucatu

Projeto Passarinhando do IB inaugura pintura sobre as aves do Brasil

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O mural “Aves brasileiras que cantam e encantam” está localizada na EMEFI Hernâni Donato.

Na manhã da última quinta-feira, 22, o Passarinhando, projeto de extensão universitária da Unesp – Câmpus de Botucatu, que atua com educação ambiental, conservação e bem-estar animal, inaugurou a pintura “Aves brasileiras que cantam e encantam”. A arte foi realizada pela bióloga e arte educadora Ana Clara Pavani, em uma parede da EMEFI Hernâni Donato, em Botucatu, localizada no início da Trilha Ecológica.

Sob coordenação da professora Silvia Mitiko Nishida, docente do Departamento de Biologia Estrutural e Funcional do Instituto de Biociências de Botucatu (IBB) da Unesp – Câmpus de Botucatu e coordenadora do Passarinhando, ao longo de três meses de estudo e trabalho para ser concluído, o projeto contou com o apoio de toda a equipe do Passarinhando e dos docentes Maria Roseli Lourenço, professora da turma do 5º ano do Ensino Fundamental I, e Vinícius Nunes Alves, professor de Experiências em Ciências da Natureza da escola municipal Hernâni Donato.

Durante a cerimônia de inauguração da pintura, os alunos das turmas do 5º ano apresentaram, em ordem alfabética, os estados do Brasil e suas respectivas aves símbolos.

Pintura “Aves brasileiras que cantam e encantam”

Durante todo o processo de curadoria, pesquisa e produção da obra, Ana Clara Pavani, a arte educadora do projeto e responsável pela pintura, contou como a obra foi planejada, seguindo os detalhes reais das aves, como a proporção do tamanho de cada espécie, mas representando cada espécie de uma forma lúdica, para que a pintura fosse utilizada como material de estudo na escola.

Cada uma das aves retratadas na obra simboliza um estado do Brasil, incluindo o Distrito Federal. Para que a iniciativa ficasse ainda mais imersiva, além de aprender sobre a geografia do Brasil e as aves símbolos de cada estado, as crianças atuaram diretamente na construção do projeto. “Para cada criança que participou da pintura eu explicava sobre as aves, as cores de cada espécie, as cores de tinta que tínhamos disponíveis para criar e os materiais para pintar. Eu incentivava a liberdade criativa deles, deixando cada um livre para escolher os pincéis que queria trabalhar e colocar a mão na massa”, compartilha Ana.

Com o passar dos dias e a evolução do painel, o interesse dos estudantes do 5º ano pela iniciativa só aumentou, conquistando a atenção dos estudantes do 4º ano, que também tiveram uma participação na obra. Para Ana, ver a dedicação, interesse e interação das crianças pelas aves foi gratificante. “Foi muito emocionante ver como eles se relacionaram com o projeto e a pintura, sempre curiosos, perguntando a respeito das aves, como eu faria as pinturas e como eu criava algumas cores de tintas. Foi muito legal ver eles já sabendo os estados, os nomes das aves e as cores de cada uma delas”, afirma a arte educadora do projeto.

Educação ambiental na infância 

Desde 2019, o Passarinhando atua com educação ambiental e conservação por meio de pesquisas e extensão universitária, realizando o estudo de diversas aves em Botucatu e região. A professora Silvia Mitiko Nishida, coordenadora do Passarinhando, compartilhou que, após um levantamento de aves no fragmento de cerrado realizado perto da escola Hernâni Donato, os pesquisadores documentaram algumas espécies em extinção.

Pela escola estar localizada ao lado da nascente Ibiaçá, uma das oito nascentes do Córrego Pinheirinho, dentro da área de proteção, denominada Floresta Estadual de Botucatu (FEB), surgiu a ideia de realizar uma pintura de aves símbolos do Brasil na entrada da Trilha Ecológica. “A pintura evidencia uma atuação importante do Passarinhando, que é a utilização de arte e ciência como forma de educação”, afirma a docente.

Por meio da educação ambiental realizada dentro das escolas, a professora Silvia compartilha a importância da conscientização das crianças de uma forma lúdica, gerando conhecimento com base em ciência. “Mais do que falar das aves que cantam, a pintura retrata as aves que encantam ao olhar, fazendo com que a criança tenha um aprendizado mais significativo, mostrando que a ciência também pode ser divertida!”, completa.

O conhecimento além dos muros da universidade 

A atuação do Passarinhando na educação ambiental dos estudantes da EMEFI Hernâni Donato reafirma o compromisso do projeto com a extensão universitária e ampla difusão dos estudos realizados dentro da universidade. “Essa pintura enriquece todo o trabalho que já é desenvolvido dentro da escola, pois os estudantes tiveram parte ativa dentro do processo, trazendo para eles vivências reais que vão além do muro da escola, pois também compartilhamos com os pais, a gestão envolvida, e toda a equipe da escola, assumindo um papel de cooperação dentro do processo educativo”, afirma Maria Roseli Lourenço, professora da turma do 5º ano.

Para a professora Maria Roseli, por meio de atividades práticas sobre ciência e conservação da natureza, as crianças aprendem a respeitar e cuidar do meio ambiente. “Não é apenas uma pintura na parede, é um projeto que tem vida. Ao identificar cada estado, eles conseguem conhecer um pouquinho de cada ave, como é o seu costume, sua alimentação, sua coloração, sua contribuição na natureza, e é exatamente isso que devemos resgatar na educação que estamos atuando hoje!”, afirma a professora.

Bruna Silva de Lima Borgatto, diretora da EMEFI Hernâni Donato, parabeniza o Passarinhando e profissionais envolvidos na pintura que representa as aves símbolos do Brasil e afirma que a obra é um verdadeiro recurso educacional. “Por meio da arte, o projeto promove conscientização sobre a biodiversidade presente no Brasil e a importância da conservação ambiental do nosso país. E mais do que os benefícios educacionais, a pintura embeleza nossa escola, criando um ambiente mais agradável e inspirador. Assim, esta parede se torna uma ferramenta poderosa para educar, inspirar e engajar nossa comunidade escolar, tornando nosso espaço mais enriquecedor e consciente. Parabéns a todos!”, afirma.

O poder da extensão universitária 

Unir arte e ciência é conquistar a atenção e interesse das crianças para a importância da conscientização social a respeito do cuidado com o meio em que vivemos. Atuando por meio de uma aprendizagem baseada em projetos e estudos do meio, o professor Vinicius Nunes Alves, biólogo graduado no IBB e docente de Ciências na rede municipal de Botucatu, utiliza atividades práticas e lúdicas em suas aulas. “As crianças ficam encantadas ao caminharem pela Trilha Ecológica, treinarem a observação delas, os sentidos, os registros e a atenção. Depois, ao transformar isso em matérias, em pinturas, faz com que elas saiam daqui sensibilizadas, resultando em uma abertura maior para aprender!”, afirma Vinicius.

Desenvolvendo atividades repletas de experiências sobre vida e evolução com os estudantes do 5º ano, o professor Vinicius explora toda a extensão de aproximadamente 300 metros da Trilha Ecológica em suas aulas. Para ele, participar do projeto Passarinhando, agora como docente egresso do Instituto, evidencia a importância da extensão universitária “Para mim, a escola e a universidade precisam fazer ponte!”, e completa “Sou egresso do IBB e, agora como profissional, estou atuando com o IBB de volta e destaco a importância de firmar parcerias importantes entre a cidade e a universidade, pois não é qualquer câmpus que tem o que o IBB tem!”, finaliza Vinicius.

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Sebrae-SP e Prefeitura de Botucatu oferecem curso de liderança para empreendedores da região

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Micro e pequenos empresários de Botucatu podem desenvolver e aprimorar seus conhecimentos e habilidades com o curso Seja Uma Liderança Inspiradora, realizado pelo escritório do Sebrae-SP em parceria com Prefeitura Municipal. A parceria, realizada por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Relações Institucionais e Trabalho, prevê aulas presenciais a partir de 30 de setembro.
A capacitação conta com 30 vagas e seguirá pelos dias 1, 2, 7, 8, 9, 15 e 16 de outubro, das 18h30 às 22h30, no escritório do Sebrae-SP na região. As inscrições podem ser feitas pelo link.
De acordo com o Gestor de Negócios do Escritório Regional do Sebrae-SP em Botucatu, Victor Eburneo, trata-se de uma grande oportunidade para os participantes desenvolverem capacidades de liderança em com uma abordagem única e abrangente.
“Os participantes vão aprender a Jornada pessoal do líder; Inteligência Emocional, Valores e Propósitos e Plano de Desenvolvimento Pessoal; Jornada do líder com sua equipe; como ser o Líder que sua Empresa Precisa; Delegação de Tarefas; Gerenciamento de Conflitos; Jornada do líder estratégico com foco em resultados; Metas, Indicadores, Feedback, Força do Coletivo”, detalha Victor.
SERVIÇO
Seja Uma Liderança Inspiradora
Data: 30 setembro e 1, 2, 7, 8, 9, 15 e 16 de outubro
Horário: das 18h às 22h30
Local: Escritório do Sebrae-SP em Botucatu – Rua Dr. Costa Leite, 1570, Centro, Botucatu

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Egressa do Programa de Pós-graduação do IBB vence Prêmio “Unesp de Teses”

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Ariana Musa de Aquino venceu a 7ª edição do prêmio na área de Ciências Biológicas da Saúde.

Recentemente, a egressa do Programa de Pós-graduação em Biologia Geral e Aplicada (BGA), Ariana Musa de Aquino, do Instituto de Biociências (IBB) da Unesp, câmpus de Botucatu, venceu o Prêmio “Unesp de Teses”. Em sua 7ª edição, o objetivo é reconhecer, valorizar e premiar teses de doutorado defendidas em 2023 nos Programas de Pós-Graduação e que se destacaram pelo impacto social, econômico e cultural, alinhados aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

A tese premiada de Ariana foi desenvolvida sob orientação do docente Wellerson Rodrigo Scarano, atual Professor Titular no Departamento de Biologia Estrutural e Funcional do IBB. Com o título: “Identificação de alvos oncogênicos na próstata de ratos expostos a misturas de ftalatos durante o desenvolvimento perinatal: estudo transgeracional”, sua pesquisa passou por diferentes critérios estabelecidos pelo edital até chegar ao resultado final.

“Entre esses critérios, podemos citar a temática da tese, o número de artigos publicados, a importância do tema para sociedade e como os resultados obtidos foram apresentados. Outro aspecto que contribuiu foi o intercâmbio realizado pela Ariana no exterior. Por meio do programa de Bolsa de Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE), da FAPESP, ela estudou na Suíça, pela University of Fribourg, visitou outros dois centros de pesquisa, um na Universidade de Aveiro e outro na Universidade de Porto, ambos em Portugal”, afirmou a docente Maeli Dal Pai, Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Biologia Geral e Aplicada do IBB.

Para Ariana, vencer um prêmio importante como este mostra que todo o seu esforço e dedicação, assim como o apoio de sua família, valeram a pena.

“Eu sou uma mulher, negra, cientista, vinda de uma condição social vulnerável, que, por meio da educação, vem sendo transformada. O prêmio mostra para outras meninas e mulheres na ciência que apesar de todos os obstáculos, é possível sermos reconhecidas pelos nossos trabalhos. Essa premiação estimula as próximas gerações a fazer mais e a acreditar que a educação e a ciência podem transformar vidas, bem como o progresso do nosso país”, explicou Ariana.

A escolha do tema “Câncer”

O Câncer (ou tumor maligno) é um assunto que sempre despertou o interesse da pesquisadora. Porém, a curiosidade a respeito do assunto aumentou conforme realizava sua pesquisa.

“Me mudei para Botucatu para cursar o mestrado e tive acesso a um universo diferente. Em um primeiro momento, o foco era a Toxicologia da Reprodução, no entanto, a investigação da minha pesquisa, em paralelo com outros trabalhos, começou a tornar o câncer um ponto mais evidente. Isso porque os dados mostravam que os desreguladores endócrinos tinham relação com diferentes tipos de câncer, o que me deixou ainda mais motivada”, afirmou.

Outro fator que contribuiu para o cenário foi a vasta experiência de seu orientador. Através das pesquisas já realizadas pelo docente Wellerson Rodrigo Scarano, Ariana conseguiu unir os temas que mais lhe interessavam, Toxicologia da Reprodução e Carcinogênese em diferentes etapas de seus estudos.

“Atuei no laboratório do Wellerson por seis anos e posso garantir que isso foi crucial para o meu amadurecimento na área. Além disso, tive a oportunidade de atuar diretamente e aprender com outros professores, que contribuíram para o sucesso da minha pós-graduação. Contei com professores de excelência na grade de disciplinas oferecidas pelos programas de pós-graduação em Biologia Geral e Aplicada e em alguns outros programas de pós-graduação da UNESP de Botucatu”, destacou.

Após todo seu período de experiência por diferentes universidades dentro e fora do Brasil, Ariana se diz grata por tudo o que viveu e aprendeu.

“Agradeço a todos que acreditaram em mim. Mas preciso agradecer, de maneira especial, a minha família, que é a razão de cada um dos meus esforços”, finalizou.

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Diversidade industrial deve ser considerada em projetos para Botucatu, avaliam lideranças do Ciesp

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Sete setores da indústria se destacam no cenário de Botucatu, mas também influenciam cadeias complexas de fornecimento

Os projetos para Botucatu devem levar em consideração a diversidade industrial da região, segundo a diretora regional do Ciesp, Patrícia Dias. Na noite desta última quarta (11), ela recebeu na cidade o presidente em exercício do Ciesp, Francesconi Júnior, para a reunião da diretoria local, após terem passado o dia visitando as indústrias Grupo Caio e Irizar Brasil, além da escola Senai “Luiz Massa”.

De acordo com Patrícia, embora sete setores liderem a indústria de Botucatu, eles também influenciam fortemente suas respectivas cadeias de fornecedores. Estudos feitos pela Diretoria Regional do Ciesp Botucatu, em parceria com outras entidades, já apontam que os setores de maior destaque na indústria têm sido: o aeronáutico, o de metalmecânica, o automotivo, o químico, o de construção civil, o de agronegócio e o de biotecnologia. O Ciesp trabalha em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Prefeituras, universidades e órgãos especializados para construir um plano regional de desenvolvimento econômico dentro do chamado “Projeto Coalizão”. “Aqui nós temos um ecossistema totalmente diversificado, com vários segmentos. Cada setor gera uma cadeia produtiva”, explica Patrícia.

Para o presidente em exercício do Ciesp, a diversidade industrial da região é uma vantagem. “Essa diversidade é difícil de você achar em cidades pequenas do interior. E é uma vantagem ao mesmo tempo porque cria uma oportunidade de crescimento para a região, pois quando um setor vai mal, outro vai bem. Então, a região cresce com isso, as oportunidades de emprego aumentam, tanto que hoje as indústrias estão com dificuldade de encontrar mão-de-obra, estão buscando nos municípios vizinhos”, disse Francesconi.

Para ele, o perfil de Botucatu necessita de um trabalho regionalizado e a atuação do Ciesp, em parceria com o Senai e outras entidades, é importante na identificação das necessidades e no trabalho de capacitação direcionado.

Qualidade de vida e apoio da universidade

Segundo a diretora, tem sido desafio para o Ciesp mapear as necessidades e apoiar nas soluções para cada uma das vertentes da indústria, mediante tanta diversidade. O trabalho tem sido focado, muitas vezes, em treinamentos que ajudem as empresas a se desenvolverem e se tornarem mais competitivas.

Ela aponta ainda que o bem-estar e a qualidade de vida são pontos fortes da região, enquanto a escassez de mão-de-obra é um ponto mais frágil.

Patrícia explica que o Ciesp tem trabalhado intensamente com o poder público e com todos os players, não só pela qualificação da mão-de-obra, mas também pela logística de biogás, de tecnologia e do desenvolvimento em geral no Oeste Paulista.

“Devemos nos aprofundar nas cadeias produtivas das cidades. De repente, você está pensando que é só uma vocação e você pode ter a oportunidade de encontrar outros potenciais, inclusive de desenvolver aqueles que não estavam tanto no radar”, disse Patrícia.

Para a diretora do Ciesp, além da qualidade de vida e boa infraestrutura, os principais motivos para a diversidade de negócios em Botucatu no setor industrial passam também pela existência de um Parque Tecnológico (só 34 cidades paulistas têm projeto semelhante) e pela parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp), com o engajamento da academia com a pauta do desenvolvimento industrial.

Fábricas e escola

As lideranças do Ciesp visitaram pela manhã o Grupo Caio, que fabrica ônibus e carrocerias e gera mais de 6.000 empregos na região. À tarde, eles visitaram a escola Senai de Botucatu, que formou mais de 10 mil alunos, entre cursos presenciais e online, no ano passado.

Por fim, ocorreu a visita à unidade da Irizar Brasil, especializada na fabricação de ônibus rodoviários nível premium e que exporta mais de 90% da sua produção, gerando mais de 500 empregos na região.

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