O registro foi feito por Valdir Gomes, de 65 anos. Morador da Ponta da Praia, ele tem o costume de praticar stand up paddle diariamente naquela região. O flagrante da tartaruga ocorreu durante um passeio que, para ele, costuma ser comum.
“Estava olhando para a praia quando percebi a moto aquática passando em alta velocidade, na área onde algumas tartarugas costumam ficar. Eu estava a uns 200 metros dela”, conta ele, que não notou que o condutor havia passado por cima do animal. Ele só o encontrou boiando e ferido alguns minutos depois.
O fotógrafo também contou que tentou acionar alguém do Aquário de Santos, na intenção de tentar algum resgate ao animal. Porém, sem sucesso, decidiu depositar o corpo do animal de volta ao mar.
De acordo com Gomes, na manhã de domingo (13), pelo menos cinco motos aquáticas andavam no mesmo trecho, também em alta velocidade. Para ele, a maneira como os condutores as utilizam no mar pode acabar resultando em outro acidente.
“Isso não pode acontecer mais, até para evitar que aconteça um acidente com pessoas. Já ouvi relatos de um rapaz que teve a cabeça atingida. Está na hora de ter uma fiscalização”, afirma.
Também na última semana, outras duas tartarugas marinhas foram encontradas mortas por banhistas, desta vez na orla de Praia Grande. Da espécie Chelonia mydas, elas foram achadas nas praias dos bairros Flórida e Boqueirão.
De acordo Rodrigo Valle, coordenador geral do Instituto Biopesca, que faz a remoção e conservação de animais marinhos ameaçados de extinção, por estarem em avançado estado de decomposição, amostras biológicas foram recolhidas das tartarugas para identificar a causa da morte dos animais.
Muitas das tartarugas também chegam neste estado à faixa de areia por serem prejudicadas pelo descarte de lixo nos oceanos. A maioria confunde o plástico com alimento, e outras são capturadas acidentalmente por redes de pesca, entrando na cota dos 70% de animais mortos por ações humanas.
O Biopesca também recomenda que sejam informados casos de golfinhos, aves ou tartarugas marinhas encontradas vivas ou mortas em praias da região, por meio dos telefones 0800 642 3341, ou (13) 99601-2570, tanto por ligação, quanto por Whatsapp.
G1