Bauru, Marília, São José do Rio Preto, Araçatuba, Votuporanga e Sorocaba (SP) foram citadas no projeto que mapeia a rota de dispersão do vírus e ajuda a antecipar ações de combate.
Um estudo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que mapeia a rota de dispersão do coronavírus no interior do estado, apontou 13 cidades como polos de maior risco de difusão da Covid-19. Entre elas, estão Bauru, Marília, São José do Rio Preto, Araçatuba, Votuporanga e Sorocaba (SP).
O projeto é coordenado pelo professor Raul Guimarães, que estuda a relação entre geografia e saúde. Através do estudo, os pesquisadores mapeiam os casos confirmados de coronavírus no estado de SP e centralizam os dados em uma plataforma. A pesquisa analisa a rota de dispersão do vírus, que busca identificar quais as cidades com maior risco de infecção.
De acordo com o professor, a pesquisa é importante na medida em que ajuda a planejar a distribuição dos equipamentos de saúde para os municípios e antecipar as ações de combate.
O que diz o mapa
A plataforma que reúne os casos confirmados de Covid-19 é feita por pesquisadores da Unesp, que estudam as rotas de dispersão do novo coronavírus em São Paulo. Além das confirmações, os gráficos retratam a taxa de mortalidade pelo vírus e resultados de pesquisas sobre a doença no Google e nas redes sociais.
Através disso, o mapa identificou que os municípios considerados de maior risco para a disseminação do coronavírus no interior são Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Marília, Piracicaba, Santos, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Sorocaba e Votuporanga.
“É um conjunto de 13 cidades que trazem muita preocupação, dado o potencial que elas têm de acelerar o processo de difusão do coronavírus pelo interior de São Paulo”, afirma o professor.
Segundo o estudioso, esses apontamentos da pesquisa têm se comprovado com as novas confirmações de casos de coronavírus nas cidades.
“O mapa que nós desenvolvemos retrata a realidade, porque os casos confirmados se encontram ao redor dos principais eixos rodoviários, como a Marechal Rondon, Washington Luiz, que são rodovias importantes que ajudam a conexão entre as cidades”, conta Raul.
De acordo com o professor, essas cidades foram consideradas de alto risco de dispersão pela influência regional que exercem no estado. São José do Rio Preto, por exemplo, é um centro importante do interior e favorece a entrada de doenças, tanto pela dinâmica territorial quanto pelas interações econômicas sociais com os municípios ao redor.
“Há vários estudos que mostram a interação entre as cidades, as cidades que são mais importantes e como ocorre a vida econômica, social. Então, por exemplo, as pessoas moram em um município, mas trabalham em outro. Isso tudo é mapeado e conhecido”, completa o professor.
Fonte: G1