A noite da última segunda-feira (04/10) contou, mais uma vez, com sessão plenária dupla na Câmara de Botucatu. A partir das 19h, os vereadores se reuniram em sessão ordinária, seguida por uma extraordinária que começou por volta das 21h40.
Novamente em pauta devido a um pedido de vista oriundo do vereador Lelo Pagani na última semana, o projeto de lei 57/2021 foi aprovado. De iniciativa do Prefeito, ele pedia autorização para que a Prefeitura possa contratar operação de crédito com a Caixa Econômica Federal, com o objetivo de financiar projetos como a recuperação e a canalização das margens do Ribeirão Lavapés e as construções do Parque Linear Ribeirão Lavapés e do novo Hospital do Bairro. O valor do financiamento é de até R$ 30 milhões, a serem pagos em dez anos, sendo os dois primeiros um período de carência.
A vereadora Rose Ielo se colocou contra o endividamento da Prefeitura, uma vez que comprometeria a capacidade financeira do governo de futuros prefeitos, citando mais de uma vez o montante de juros que seria pago, R$ 11 milhões. Ela listou outras opções de financiamento das obras, como uso do superávit orçamentário ou de linhas de crédito do Governo Federal, e afirmou que o projeto não detalha informações importantes, por exemplo, estudos técnicos de viabilidade do alargamento do Ribeirão Lavapés. A vereadora ainda deixou claro que é contra o empréstimo e não o investimento público em obras.
Na sequência, mais presentes falaram. O presidente da Câmara, vereador Palhinha, se colocou a favor do empréstimo que já tem destinação específica, pontuando a necessidade dos investimentos que, com certeza, não irão prejudicar o orçamento do município. O vereador Lelo Pagani fez um histórico do desenvolvimento da cidade por meio de obras públicas e exibiu um vídeo de como ficaria o Parque Linear Ribeirão Lavapés finalizado. O vereador Abelardo alegou que os posicionamentos de todos os parlamentares são válidos e que é importante sanar quaisquer dúvidas que apareçam, mas que confia de maneira imparcial nesse investimento.
Na última leva de discursos, a vereadora Cláudia Gabriel (DEM) resgatou a fala de colegas e sua experiência de trabalho no Poder Executivo para afirmar ter segurança em votar favorável ao projeto que visa ao desenvolvimento e a trazer obras que pensam no futuro da cidade. Já o vereador Sargento Laudo disse que governar exige definir prioridades e que, se o que se deseja são melhoras para a cidade, é preciso fazer investimento – o financiamento, segundo ele, seria o caminho pra isso.
Enfim, deu voto contrário ao PL 57/2021 a vereadora Rose Ielo. Os demais presentes votaram a favor da proposta do Executivo.