Caso venha a atingir a Terra, pó e destroços podem permanecer no ar durante anos, dificultando colheita e matando milhões de pessoas de fome
De acordo com a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), um grande asteroide está vindo em direção à Terra a uma velocidade de mais de 122 mil quilômetros por hora (km/h). O corpo rochoso do tamanho do arranha-céu mais alto do mundo, o Burj Khalifa, de 826 metros, é conhecido como 2002 AJ129 e representa uma ameaça significativa, já que é capaz de destruir uma cidade inteira caso venha a despencar no planeta.
A Nasa expôs que, se a rocha espacial cair no mar, isso pode causar um tsunami com potencial de destruição em escala global. Além disso, o pó e os destroços podem permanecer no ar durante anos, dificultando a colheita e matando milhões de pessoas de fome em uma ‘pequena Era do Gelo’.
Muito se especula sobre uma possível colisão do asteroide com a Terra no dia 4 de fevereiro, em um domingo. Porém, se levadas em consideração as estimativas dos cientistas, podemos ficar tranquilos, pelo menor por enquanto.
“Estamos acompanhando esse asteroide há mais de 14 anos e conhecemos muito bem sua órbita. Pelos nossos cálculos, ele demorará aproximadamente 100 anos para atingir o planeta Terra”, pontua o gerente do Centro de Estudos para Objetos próximos a Terra da Nasa, Paul Chodas, ao jornal Metro .
O que pode acontecer?
Para Charles Bardeen, do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica em Boulder, nos Estados Unidos, uma rocha espacial de tamanha extensão causaria estragos irreparáveis, embora não tenha força o suficiente para destruir a humanidade.
“O 2002 AJ129 jogaria quantidades grandiosas de poeira e cinzas no ar, além de gerar incêndios florestais intensos que, com certeza, jogariam mais fuligem e fumaça na atmosfera. No pior dos casos, os detritos podem perdurar por até 10 anos, bloqueando a luz solar. Creio que não seria um momento agradável”, afirma.
Vale lembrar que, no ano passado, o programador e astrônomo Robert Walker fez algumas previsões aterradoras sobre o que viria a acontecer se um asteroide considerado pequeno atingisse o ‘planeta azul’.
Segundo o pesquisador, milhões de pessoas poderiam ser mortas por um tsunami ou pela cratera que se formaria caso ele aterrissasse perto de uma cidade. Entretanto, se pousasse em lugar remoto, os efeitos seriam mínimos e não durariam por muito tempo.
Embora os estragos sejam breves, estudos anteriores da Nasa sugeriram que o impacto de um asteroide pequeno causaria uma explosão 15 vezes mais poderosa do que a Tsar Bombe, bomba de hidrogênio mais potente já testada até hoje, o que faz com que as consequências da queda de uma rocha espacial cinco vezes maior se tornem ainda mais temidas.