O craque Philippe Coutinho encontrou o menino que o emocionou com uma camisa improvisada durante a Copa da Rússia. O meia do Barcelona posou ao lado de Wallace de Oliveira Rocha, de 12 anos, e seus parentes nesta sexta-feira, no Rio, e ainda presentou o fã com uma blusa oficial da seleção brasileira. Nas imagens, o jovem porta a peça de roupa desenhada com o número 11 de Coutinho.
Concentrado em Moscou com a equipe de Tite, em junho, o jogador se emocionou com um pequeno morador da Vila Cruzeiro, favela na Zona Norte do Rio a mais de 11 mil quilômetros de distância da capital russa. O menino só soube que encontraria o ídolo a caminho do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.
“Hoje foi dia de encontrar meu parceirinho Wallace e alguns membros da família! Muito feliz, DEUS Abençoe sempre”, destacou o craque.
— Wallace gostou, foi tudo bem. O Coutinho é muito simpático, humilde, uma pessoa boa. É aquele que conversa, abraça contigo, trata as pessoas bem. Ele foi super com a gente. Wallace ganhou uma camisa, e ele autografou ali na hora que estávamos lá — destacou Douglas, irmão do jovem, sobre o encontro da família com o ídolo.
Wallace, de 12 anos, assistia à partida do Brasil contra a Costa Rica em uma rua da favela onde nasceu quando foi fotografado vestindo uma camisa do Brasil improvisada. Sem dinheiro para comprar um uniforme oficial, vendido nas lojas por R$ 250, Wallace pintou com uma caneta verde o nome de Coutinho e o número 11.
O fotógrafo Bruno Itan, que tem se dedicado a registrar imagens de favelas da cidade durante os jogos do Brasil, foi o autor da foto, que chegou ao craque do Barcelona menos de quatro horas após Bruno postar um pedido de ajuda nas redes sociais. Coutinho lhe respondeu e se disse “emocionado”.
“Aquele sentimento de missão comprida! Obrigado, irmão Philippe Coutinho, pela simplicidade e humildade com que nós recebeu. Toda honra e glória pra Jesus!”, celebrou o fotógrafo nas redes sociais após o encontro.
Wallace já havia pedido dinheiro à sua mãe para comprar uma camisa oficial da seleção, mas dona Sandra, dona de casa, não tinha um tostão. Os dois foram pedir ajuda à melhor costureira da Vila Cruzeiro, favela do Complexo da Penha, onde nasceram e moram até hoje. Ao ver o olhar triste do menino por não ter uma camisa, tia Neuza, como é conhecida, pegou um tecido amarelo que tinha guardado e correu para a máquina de costura.
A camisa custaria R$ 10 reais, mas acabou saindo fiado. Para o jogo seguinte, contra a Costa Rica, Wallace teve uma ideia: personalizar o uniforme. A mãe disse para ele colocar seu próprio nome; Helen, sua irmã, sugeriu o de Gabriel Jesus; mas ele já tinha outro em mente: Philippe Coutinho. Foi a costureira quem escreveu à mão, com uma caneta verde, o sobrenome do artilheiro do Brasil na Copa, e também o número que ele veste.
“Fala aí, meu parceirinho Wallace. Passando aqui para te mandar um abraço e agradecer pela sua torcida, que é muito importante pra gente. Estou louco pra te conhecer. Espero que depois da Copa do Mundo a gente possa se conhecer, valeu, irmãozinho? Um beijo grande, fica com Deus”, disse o camisa 11 para o menino, em vídeo.