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 Diagnóstico precoce e acesso a tratamentos podem devolver 33 anos de vida saudável para as pessoas com diabetes

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No Brasil, cerca de 242 mil pessoas deveriam estar vivas em 2023 se não tivessem morrido por complicações do diabetes tipo 1

O Dia Mundial do Diabetes (14) marca o mês de novembro com a campanha de conscientização e prevenção do diabetes, doença crônica que atinge mais de 16 milhões de brasileiros. Um estudo recente divulgado pelo T1D Index aponta que com diagnóstico precoce e melhorias no tratamento é possível aumentar a expectativa de vida e devolver 33 anos saudáveis para as pessoas portadoras da doença.

O estudo também aponta que, no Brasil, cerca de 242 mil pessoas deveriam estar vivas em 2023 se não tivessem morrido por complicações do diabetes tipo 1, sendo 17 mil apenas entre crianças e adolescentes (0 a 19 anos). A maior prevalência está entre a faixa etária de 20 e 59 anos, com mais de 136 mil pessoas afetadas.

“As pessoas com diabetes podem apresentar diversas complicações se a doença não for bem controlada ou diagnosticada precocemente, podendo afetar a visão, rins, cicatrização da pele, coração, entre outros órgãos. Essas complicações tiram tempo e qualidade de vida das pessoas com diabetes. Quanto antes o tratamento for iniciado com um bom controle da glicemia, mais anos de vida saudável as pessoas terão”, explica o endocrinologista André Vianna, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes no Paraná.

O maior desafio no tratamento do diabetes atualmente é a falta de diagnóstico. Por ser uma doença silenciosa, estima-se que 50% das pessoas que têm diabetes tipo 2 não sabem que são portadoras da doença, e só recebem o diagnóstico em um estágio avançado de complicações. Para contornar essa situação, o médico endocrinologista reforça a importância do teste de glicemia anual para as pessoas acima de 40 anos e o mapeamento do risco de diabetes.

“Existem alguns fatores que podemos avaliar o risco da pessoa ter diabetes tipo 2 nos próximos 10 anos, como excesso de peso e obesidade, idade, doenças associadas, estilo de vida e casos de diabetes na família. O recomendado é que todas as pessoas saibam seus riscos de desenvolver a doença e ajam o quanto antes na prevenção com o acompanhamento de um endocrinologista”, afirma.

Diabetes tipo 1 não tem prevenção. Confira os sinais

Existe uma diferença entre os principais tipos de diabetes. No diabetes tipo 1, muito comum entre as crianças e adolescentes, há uma condição autoimune em que o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. Nesse caso, não é possível prevenir a doença, e por isso as pessoas devem estar atentas aos sinais.

“Os sintomas do diabetes podem ser facilmente confundidos com outras doenças, o que pode atrapalhar o diagnóstico. Os principais sinais são fome e sede em excesso, muitas idas ao banheiro para urinar, cansaço frequente e perda de peso abrupta”, explica Vianna.

Diabetes tipo 2 tem relação direta com a obesidade

O excesso de peso e acúmulo de gordura abdominal é a principal causa do diabetes tipo 2, o qual pode ser evitado com o mapeamento de risco, mudanças no estilo de vida e controle do peso corporal. O endocrinologista explica que o corpo entende que o acúmulo de gordura trata-se de uma inflamação crônica ou mesmo um excesso de energia corporal armazenada.

“Esse cenário faz com que as células criem uma resistência à insulina, estimulando o pâncreas a produzir cada vez mais este hormônio, a fim de compensar essa situação. Com o tempo, as células não conseguem acompanhar o ritmo e começam a falhar, resultando no aumento da glicose no sangue e no surgimento do diabetes tipo 2”, diz.

Os testes de glicemia podem ajudar no diagnóstico do diabetes. Se a pessoa apresenta sintomas ou tem casos de diabetes na família, o recomendado é procurar uma farmácia ou unidade básica de saúde UBS para realizar o exame de glicemia e receber as orientações necessárias.

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