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Educação: insegurança e violência nas escolas

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Por Maurício Freire – Delegado Especial

Em meio à crescente onda de violência que se apodera do país, é necessário olhar para o impacto causado nas crianças.

Nos últimos tempos, são muitas as notícias envolvendo episódios de violência no ambiente escolar que acabam comprometendo o rendimento dos alunos e provocando uma sensação de insegurança.

Há relatos de diversos tipos de violência que ocorrem no interior da escola como bullying, agressões físicas e verbais, furtos e roubos, conflitos entre professores e alunos que geram constrangimentos e mal-estar com consequências no processo de ensino-aprendizagem.

E ainda, há a violência extra escola que adentra o ambiente escolar frequentemente: arrastões, desavenças entre facções rivais, tiroteios, mortes e balas perdidas provocadas pelo fenômeno da violência urbana que atinge a sociedade atravessando os muros da escola, causando uma sensação de pânico e medo na comunidade escolar.

Assim a sociedade segue, coexistindo inseguros dentro da escola e fora dela.

Ambientes com frequentes episódios de violência, seja em casa, na rua ou na escola pode levar as crianças a entenderem a violência como uma forma normal de resolver conflitos, um impacto que pode gerar danos psicossociais devastadores.

Assim a escola pode se tornar reprodutora da violência social na medida em que problemas do mundo externo interferem no ambiente escolar, ocorrendo: aumento de incidência de registros de violência, indisciplina e desrespeito ao professor e entre os colegas, colocando em xeque  o trabalho pedagógico desenvolvido. E as consequências são: evasão escolar, profissionais da escola em licença médica por transtornos psicológicos, gerados por exposição a situações de estresse e medo, e os pais preocupados com a segurança de seus filhos no ambiente escolar.

Pela Constituição de 1988, segurança pública é um direito fundamental e condição essencial para o exercício pleno da cidadania, com liberdade, equidade racial e de gênero; paz e valorização da vida e do meio ambiente. E é um dever do estado.

Precisamos de ações mais efetivas de proteção às crianças e jovens, políticas eficientes de educação e segurança, pois suas vidas não estão seguras em um dos lugares mais importantes, onde elas passarão parte da vida. Dessa forma, é urgente que sejam implementadas políticas públicas, que reduzam a violência nas escolas, aperfeiçoem o nível de ensino e, consequentemente, elevem o nível de capital humano, tão importante no processo de desenvolvimento econômico de qualquer país.

As forças de segurança colaboram nas escolas na mediação de conflitos e na justiça restaurativa, na promoção de projetos e ações de prevenção situacional (rondas e visitas) e de prevenção social das violências a partir de fatores de risco (como drogas, armas, comportamentos e situações-problema).

No entanto, é preciso da ação de todas as forças do bem atuando na política social, a saber: a educação, o emprego, a segurança, política de distribuição de renda e a promoção à saúde, combinados para o bem comum, ampliando o alcance de políticas socioeducativa mais inclusivas e promovendo ações para tornar a educação escolar mais eficiente, atraente e segura para alunos, profissionais da educação, pais e comunidade.

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