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Explosões de pagers do Hezbollah deixam mortos e feridos no Líbano; Israel é acusado de envolvimento

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Nesta terça-feira (17), uma série de explosões envolvendo pagers pertencentes a membros do grupo Hezbollah resultou em mortos e feridos no Líbano. De acordo com o The New York Times, os dispositivos estavam equipados com explosivos que teriam sido implantados por Israel, em um episódio que aumentou ainda mais as tensões na região.

Pagers: Uma tecnologia antiga, mas ainda em uso Os pagers, também conhecidos como “bipes” no Brasil, foram uma forma de comunicação móvel popular nas décadas de 1980 e 1990, antes do avanço dos celulares. Esses dispositivos permitiam o envio de mensagens curtas através de ondas de rádio, sem a necessidade de uma conexão à internet, o que os tornava menos vulneráveis a rastreamentos e invasões cibernéticas.

No entanto, a comunicação com pagers não era tão direta quanto os métodos modernos como WhatsApp ou SMS. Para enviar uma mensagem, era preciso ligar para uma central telefônica, informar o código do pager do destinatário e ditar o recado, que apareceria na tela do dispositivo.

Atualmente, os pagers são raramente utilizados, mas, de acordo com especialistas, eles oferecem um nível de segurança interessante por não dependerem da internet, o que reduz o risco de espionagem digital.

Por que o Hezbollah usava pagers? Apesar da obsolescência, o Hezbollah adotou os pagers após seu líder, Hassan Nasrallah, orientar os combatentes a abandonarem os smartphones, devido ao risco de rastreamento por Israel. Os pagers, que não têm sistemas de geolocalização, foram vistos como uma alternativa mais segura.

Segundo a Al Jazeera, os pagers que explodiram haviam sido importados há cerca de cinco meses pelo grupo. Fontes de segurança revelaram que os dispositivos continham pequenas cargas explosivas de até 50 gramas. Membros do Hezbollah relataram que os pagers começaram a esquentar antes de explodir, sugerindo a presença de um mecanismo interno de sabotagem.

Alerta à população Em resposta ao incidente, o governo libanês, por meio de agências de notícias como a iraniana Irna, pediu para que qualquer cidadão em posse de um pager o descarte imediatamente, devido ao risco de explosões.

Essa ação aumenta o alerta sobre o uso de tecnologias antigas em conflitos modernos, destacando como ferramentas do passado, como os pagers, ainda podem ser reconfiguradas para espionagem e sabotagem militar.

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