O antigo palacete da família do engenheiro Eugênio Monteferrante, localizado na avenida Floriano Peixoto, está sendo demolido e a demolição total pode acontecer nos próximos dias, caso um grupo de cidadãos não consiga impedir.
O grupo se articulou através das redes sociais, nessa quinta-feira (14) e vai acionar o Ministério Público para impedir a demolição, alegando a importância histórica da construção.
O palacete fica na avenida Floriano Peixoto, ao lado do Poupatempo, e de acordo com informações preliminares, será demolido para a instalação de um depósito de gás.
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Eugênio Monteferrante – Arquiteto formado muito jovem, passou a elaborar projetos para a cidade e para seus clientes particulares. Com uma grande devoção pelo Urbanismo, o seu projeto mais arrojado para a cidade foi o Jardim Paraíso, com suas ruas largas, com os quarteirões arredondados, visando totalmente o futuro da cidade.
Outro grande marco urbanístico foi a avenida Vital Brasil e a rodovia “castelinho”, na época eram traçados jamais vistos em uma cidade do interior com a população pequena de Botucatu na época.
Além da arquitetura Monteferrante dedicou-se para a vida política, visando assim conseguir melhores resultados para a cidade, foi vice-prefeito (gestão Luiz Aparecido da Silveira), foi candidato a Prefeito, foi vereador, por duas vezes foi assessor do Prefeito de Botucatu,em diferentes ocasiões.
Palacete – na arquitetura brasileira é um termo usado para as construções exclusivamente residenciais construídas no estado de São Paulo no final do século XIX e início do século XX.
Inspirados na arquitetura europeia tinham em seu estilo o ecletismo, que buscava a “ponte” entre o clássico e os elementos do barroco francês.
Para considerar uma residência em um palacete o projeto deveria seguir alguns preceitos arquitetônicos como: tinham telhados recortados, como ditava a moda europeia da época, eram bem decorados cheios de ornamentos e peças de decoração, e tinham pés-direitos altos e a casa principal era construída no meio do lote, afastada de todos os limites do terreno.
A importância da edificação sucumbia diante da importância do seu morador, uma vez que a elite paulistana na época era de suma importância para o desenvolvimento das cidades.
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Com informações do arquiteto e urbanista Pedro Paulo Pacheco.