Editorial
As eleições devem movimentar a política botucatuense, tanto a disputa do governo estadual, entre Dória e Márcio França; e principalmente o embate entre Ciro (PDT) e Alckmin (PSDB); que pode colocar no mesmo palanque os irmãos João e Fernando Cury e o casal Mário e Rose Ielo.
Parece coisa impensável, mas a probabilidade de acontecer é alta. As convenções partidárias começam no próximo dia 15 e vão selar alianças entre os partidos e escolher os postulantes aos cargos de deputados estaduais e federais, governadores, senadores e presidência da república.
João Cury foi eleito prefeito de Botucatu por duas vezes pelo PSDB e sua relação com o então governador Geraldo Alckmin era de extrema confiança. Tanto que João foi alçado à Presidência da Fundação de Desenvolvimento para a Educação (FDE), com o projeto de que ele seria candidato a deputado federal pelo PSDB.
Após o afastamento de Geraldo Alckmin para concorrer à presidência, João Cury foi convidado e aceitou integrar o governo Márcio França (PSB), que é pré-candidato ao governo do Estado. Com isso, o presidente do PSDB, Pedro Tobias, expulsou João Cury da legenda, já que o partido terá como candidato João Dória.
Uma certeza é que Pardini e João Cury estarão em palanques opostos em nível estadual. O PPS, legenda de Fernando Cury, parece mais alinhado ao PSB de Márcio França do que ao PSDB de Dória; o fato novo é que Márcio França está propenso a apoiar Ciro Gomes do PDT, o que pode colocar Ielo e João Cury no mesmo palanque.
