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Botucatu

Nova espécie de fungo é nomeada em homenagem a professor da FCA

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Os professores Paulo Cezar Ceresini, da Faculdade de Engenharia (Feis) da Unesp, câmpus de Ilha Solteira, e Edson Luiz Furtado, da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, câmpus de Botucatu,  em coautoria com docentes da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), da Universidade Federal de Roraima (Ufrr), Universidade Federal  de Lavras (Ufla/MG), da Universidade Federal do Piauí (Ufpi), da Embrapa-Jaguariúna-SP, da Incaper, do Espirito Santo, em trabalho de pesquisa conjunto, descreveram duas espécies novas de fungos fitopatogênicos que atingem importantes espécies tropicais cultivadas no Brasil: café, chá, pitanga, neem e  caqui.

Os isolamentos obtidos foram primeiramente agrupados como Rhizoctonia binucleada, depois de estudadas quanto  a morfologia, reprodução sexual e estudos moleculares dos isolados, verificaram que se tratava de duas novas espécies de Ceratobasidium ainda não descritas na literatura mundial.

A espécie que causa doenças em chá, pitanga e neem foi nomeada pelos autores como Ceratobasidium niltonsouzanum, em homenagem ao professor Nilton Luiz de Souza, que atuou no antigo Departamento de Defesa Fitossanitária , da FCA, onde atuou por mais de 30 anos como professor de Fitopatologia Geral e Aplicada no curso de Agronomia e fez toda a sua carreira universitária.

O professor publicou mais de 70 trabalhos científicos e formou mais de 25 pesquisadores junto ao Programa de Pós-graduação em Proteção de Plantas, nas duas áreas que atuava: Doenças Pós-colheita e Fungos de Solo. É nesta segunda área que se classifica o grupo de fitopatógenos a que se refere o artigo publicado. Nesta área também foi criado pelo professor Nilton um grupo de pesquisa para estudo de Rhizoctonia, com inserção de pesquisadores do Japão, Israel e Holanda, com ganhos científicos para todos os alunos e pesquisadores  da FCA.

O trabalho está publicado com o título: “Two new Ceratobasidium species causing white thread blight on tropical plants in Brazil. De autoria dos pesquisadores:  Maruzanete P. de Melo (UFOPA) & Kedma S. Matos (UFRR) & Silvino I. Moreira (UFLA) & Fabiano F. Silva (UFLA) & Grace H. Conceição (FEIS) & Kátia L. Nechet (Embrapa-Jaguariúna) & Bernardo A. Halfeld-Vieira (Embrapa-Jaguariúna)  & José E. A. Beserra Júnior (UFPI) & José A. Ventura (INCAPER) & Hélcio Costa (INCAPER) & Edson L. Furtado (FCA/UNESP) & Eduardo Alves (UFLA) & Paulo C. Ceresini (FEIS/UNESP), publicado pela Tropical Plant Pathology, um periódico editado pela  Springer e pertencente a Sociedade Brasileira de Fitopatologia.

A outra espécie fitopatogênica identificada pelo grupo de pesquisa, em café e em caqui, foi denominada como Ceratobasidium chavesanum, em homenagem a Augusto Chaves Batista, outro importante fitopatologista, que criou e atuou no Instituto de Micologia, da Universidade Federal de Recife, até 30 de novembro de 1967.

Scielo

O professor Nilton Luiz de Souza também foi homenageado com um texto publicado na  SciELO (Scientific Electronic Library Online),  banco de dados bibliográfico, biblioteca digital e modelo cooperativo de publicação digital de periódicos científicos brasileiros de acesso aberto.

Confira o texto:

No dia 06 de outubro de 2007 a fitopatologia perdeu um de seus maiores expoentes: o Professor Nilton Luiz de Souza, que sempre se destacou no âmbito nacional e internacional, nas diversas áreas que se dedicou: patologias pós-colheita e fungos de solo. Participou ativamente da Sociedade Brasileira e Associação Paulista de Fitopatologia. Ao longo de sua carreira acadêmica atuou como professor de Fitopatologia Geral e Aplicada, por mais de trinta anos. Na pós-graduação, orientou mais de 28 pesquisadores, que seguiram o mestre e hoje também se destacam nas respectivas áreas de atuação, em diferentes estados brasileiros e países (Estados Unidos, Holanda e Suíça). Como resultado dessas atividades, o Prof. Nilton publicou mais de 70 trabalhos científicos em periódicos especializados nacionais e internacionais e com mais de 170 trabalhos apresentados nas reuniões cientificas e congressos. O Prof. Nilton conseguiu mostrar à todos que o conheciam que é possível ter amizade e respeito na relação orientado-orientador. Faz parte de suas máximas que “alguém pode gostar da FCA, porém, não mais que eu”. Pela forma enfática de defender os seus pontos de vista, muitas vezes foi mal entendido, porém suas posições sempre foram em prol da melhoria do ensino e da Universidade como um todo. Dentre poucos, conseguiu agregar a sabedoria e a simplicidade dos gênios. Apesar dos títulos conseguidos ao longo de sua vida profissional (mestre e doutor), com dois pós-doutorados: Japão e Holanda, os concursos de Livre-docência e Titular, feitos na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba, em ambos aprovado com louvor; nunca perdeu o jeito simples de agir e falar e negou a sua origem humilde. Nestes últimos anos se dedicou de forma exemplar como presidente da comissão editorial do periódico Summa Phytopathologica, a qual sente muito a sua falta. Dessa forma, em nome dos fitopatologistas, depositamos nestas poucas linhas as nossas saudosas lembranças do grande mestre e excelente amigo que deixou este plano. Pelo qual rogamos sempre para que se recupere e continue a brilhar em sua eterna jornada.

Comissão Editorial da Summa Phytopathologica e Alunos de Pós-graduação, orientados pelo Prof. Nilton.

Assessoria de imprensa

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Botucatu

EMA celebra 20 anos dedicados à educação ambiental

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A Escola do Meio Ambiente (EMA) de Botucatu completou no último sábado, 12 de abril, seus 20 anos de dedicação à educação ambiental em Botucatu. Desde 2005a EMA tem sido um espaço dedicado à conscientização ambiental que proporciona experiências transformadoras para crianças, jovens e adultos.

Vinculado à Secretaria de Educação, a EMA se tornou referência no município, promovendo conhecimento e encantamento por meio de trilhas, atividades ao ar livre e vivências na natureza.

Localizada no Jardim Aeroporto, a Escola do Meio Ambiente está inserida em um ecótono, uma zona de transição entre dois importantes biomas brasileiros: a Mata Atlântica e o Cerrado. Além disso, a área abriga nascentes do Ribeirão Lavapés e a Represa Professor Jorge Jim, reforçando sua importância para a preservação dos recursos hídricos da cidade.

Para celebrar os 20 anos de educação e conscientização ambiental, foi plantado um jequitibá-branco, árvore símbolo de Botucatu, em uma cerimônia na última quarta-feira, 16 de abril.

“Nesses vinte anos, nossa missão sempre foi a de estabelecer um vínculo amoroso entre nossos visitantes e a EMA, afinal, infinito é o valor da vida. Que os próximos anos sigam sendo de encantamento, de transformação e de profunda conexão com tudo o que vive”, destacou a professora Eliana Gabriel, diretora da Escola do Meio Ambiente.

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Botucatu

Hospital do Bairro completa 100 cirurgias

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Marca foi alcançada nesta última terça-feira, 15

O Hospital do Bairro de Botucatu (HBB) chegou nesta terça-feira, 15 de abril, na marca de 100 cirurgias realizadas desde a reativação do hospital, no dia 10 de março. É um marco que enche Botucatu de orgulho e que promete ser ainda mais eficiente para diminuir a fila das cirurgias na cidade.

Ao todo, mais de 50 profissionais de saúde já foram devidamente capacitados e orientados para o início das operações nesse tradicional hospital do nosso município.

Depois de cerca de 15 anos fechado, o Hospital do Bairro volta a ser um importante mecanismo da saúde pública da cidade, responsável por procedimentos de baixa e média complexidade dos pacientes encaminhados pelas Unidades de Saúde.

Nesse período das 100 primeiras cirurgias, foram realizados procedimentos de urologia, dermatologia, cirurgia vascular, oftalmologia e gastrocirurgia. E o trabalho não para por aqui: agora serão iniciados os procedimentos de mais demanda e maior complexidade, como cirurgias de vesícula, hérnia e catarata.

O Hospital do Bairro reforça o compromisso com a saúde de Botucatu e segue ampliando a quantidade de cirurgias por dia e priorizando os atendimentos às maiores necessidades da população botucatuense.

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Botucatu

Sebrae-SP realiza treinamento de Agentes Locais de Inovação em Botucatu

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O método oferece às empresas um caminho prático e estratégico para crescer com base na inovação

O Sebrae-SP promoveu, na última semana, em Botucatu, o treinamento de 19 novos Agentes Locais de Inovação (ALI) que atuarão nas regiões de Botucatu, Ourinhos e Itapeva durante os anos de 2025 e 2026. A capacitação teve duração de cinco dias e marcou o início da nova fase do programa ALI Produtividade, que será oferecido a partir de maio para micro e pequenas empresas dessas localidades.

A formação foi conduzida com base na metodologia do ALI Produtividade, que tem como foco o aumento da competitividade das empresas por meio da implementação de soluções inovadoras em processos, produtos e serviços.

De acordo com Fernando Moraes, facilitador do Sebrae-SP e representante do Escritório Regional do Sudoeste Paulista, o método oferece às empresas um caminho prático e estratégico para crescer com base na inovação. “A metodologia inclui autodiagnósticos que ajudam a reconhecer fragilidades e desafios internos, permitindo a construção de soluções personalizadas. A ideia é aumentar o faturamento, reduzir custos e implantar melhorias com foco em inovação e produtividade.”

Durante os cinco dias de atividades, os agentes foram imersos em conteúdos teóricos e práticos, além de dinâmicas voltadas ao atendimento empresarial. Para a agente Paula Roquejane, a capacitação ofereceu uma visão clara sobre o papel que os ALIs devem cumprir nos próximos meses. “Foi uma preparação intensa. Tivemos acesso ao método que será aplicado junto aos empresários e entendemos com clareza os objetivos, os prazos e os resultados esperados. Estamos prontos e comprometidos para atender com excelência.”

A analista de negócios do Sebrae-SP, Mariana Wagner Toledo Piza, que participou da condução do treinamento, destacou a qualidade técnica dos participantes e o alinhamento entre bolsistas e gestores regionais. “A capacitação proporcionou uma troca de experiências muito positiva. Foi possível observar o alto nível de engajamento dos bolsistas e a solidez do processo de seleção. Temos plena confiança no trabalho que será desenvolvido pelas equipes nos próximos meses”, explica.

O programa ALI Produtividade é uma iniciativa do Sebrae-SP e oferece às micro e pequenas empresas acompanhamento 100% subsidiado e personalizado, com duração de até seis meses, feito por um agente capacitado. A proposta é apoiar os empreendedores no diagnóstico e implementação de ações práticas de melhoria, sempre com foco no aumento da produtividade e na sustentabilidade dos negócios.

Empresas interessadas em participar poderão obter mais informações a partir de maio nas unidades do Sebrae-SP nas regiões envolvidas.

Sebrae-SP Botucatu – Rua Dr. Costa Leite, 1570 – Centro – Botucatu/SP.

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