Botucatu

Pardini revoga alvará de demolição de palacete

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O prefeito Mario Pardini entrou em contato com o grupo que se organizou para impedir a demolição do palacete de Eugênio Monteferrante, para comunicar que estava atuando para que a construção seja preservada.

Em áudio, afirmou que estava solicitando o alvará para a obra e, caso a construtora o possua, será revogado.

Um grupo se organizou através das redes sociais e produziu uma série de denúncias ao Ministério Público, além de um abaixo-assinado.

O palacete fica na avenida Floriano Peixoto, ao lado do Poupatempo, e de acordo com informações preliminares, será demolido para a instalação de um depósito de gás.

 

Eugênio Monteferrante – Arquiteto formado muito jovem, passou a elaborar projetos para a cidade e para seus clientes particulares. Com uma grande devoção pelo Urbanismo, o seu projeto mais arrojado para a cidade foi o Jardim Paraíso, com suas ruas largas, com os quarteirões arredondados, visando totalmente o futuro da cidade.

Outro grande marco urbanístico foi a avenida Vital Brasil e a rodovia “castelinho”, na época eram traçados jamais vistos em uma cidade do interior com a população pequena de Botucatu na época.

Além da arquitetura Monteferrante dedicou-se para a vida política, visando assim conseguir melhores resultados para a cidade, foi vice-prefeito (gestão Luiz Aparecido da Silveira), foi candidato a Prefeito, foi vereador, por duas vezes foi assessor do Prefeito de Botucatu,em diferentes ocasiões.

Palacete – na arquitetura brasileira é um termo usado para as construções exclusivamente residenciais construídas no estado de São Paulo no final do século XIX e início do século XX.

Inspirados na arquitetura europeia tinham em seu estilo o ecletismo, que buscava a “ponte” entre o clássico e os elementos do barroco francês.

Para considerar uma residência em um palacete o projeto deveria seguir alguns preceitos arquitetônicos como: tinham telhados recortados, como ditava a moda europeia da época, eram bem decorados cheios de ornamentos e peças de decoração, e tinham pés-direitos altos e a casa principal era construída no meio do lote, afastada de todos os limites do terreno.

A importância da edificação sucumbia diante da importância do seu morador, uma vez que a elite paulistana na época era de suma importância para o desenvolvimento das cidades.

 

Assine o abaixo-assinado

Com informações do arquiteto e urbanista Pedro Paulo Pacheco.

 

 

 

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