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Rebanho de bovinos e produção de leite caem, diz pesquisa

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(Arquivo / Marcello Casal Jr. / Agência Brasil)

 

A safra recorde de grãos em 2017, influenciada por fatores climáticos favoráveis, contribuiu para a redução dos custos de produção no setor pecuário entre 2016 e 2017.

Ainda assim, o ano foi marcado pela retração do rebanho de bovinos e da produção de leite, mas, em contrapartida, houve aumento significativo do rebanho suíno, que teve a maior expansão da série histórica e, principalmente, no número de galinhas (poedeiras) e galináceos.

As informações constam da pesquisa Produção da Pecuária Municipal 2017 (PPM), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro.

O estudo traz informações dos efetivos da pecuária existentes no país, da produção de origem animal e do valor da produção, que fechou 2017 em queda de 0,4% comparativamente a 2016.

Os dados indicam, por exemplo, que, enquanto o total de galináceos chegou a 1,4 bilhão de cabeças, com crescimento de 6% em relação a 2016 – o maior resultado da série histórica da pesquisa, iniciada em 1974 -, o total de bovinos fechou o ano em 214,9 milhões de cabeças, uma queda de 1,5% de um ano para outro.

Ao comentar os números da PPM 2017, a analista do levantamento, Mariana Oliveira, ressaltou o aumento dos rebanhos de suínos, galináceos e galinhas e as “pequenas quedas” de bovinos e caprinos.

“Do ponto de vista da produção, destacou-se o aumento da produção de mel e dos ovos de galinha e de codorna. A queda de bovinos pode ser explicada pelo aumento do abate, em razão da queda do preço da arroba, o que é uma coisa cíclica: cai o preço da arroba, aumenta o abate de vaca como forma de reduzir o rebanho e, consequentemente, promover a alta do preço da arroba”, explicou.

Já o recuo do valor da produção, a analista explicou: “O valor de produção da pecuária caiu 0,4% de 2016 para 2017 em razão do preço de alguns dos principais produtos como o leite, que diminuiu 0,5% e afetou o valor total da produção”.

Segundo Mariana, o aumento do abate de galináceos está diretamente ligado à situação econômica da população. “Uma vez que o preço do produto é inferior ao da carne, a tendência é que boa parcela da população opte pelo produto mais barato disponível”.

Bovinos e suínos

Em 2017, o total de bovinos no Brasil foi de 214,9 milhões de cabeças, uma queda de 1,5% com relação a 2016. “O ano foi marcado por um aumento no abate de matrizes, influenciado pelos baixos preços do bezerro e da arroba”, justificou o IBGE.

O Brasil é detentor do segundo maior rebanho mundial, atrás apenas da Índia, e é o maior exportador e segundo maior produtor de carne bovina, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

A Região Centro-Oeste, destaque na produção de bovinos, apresentou 74,1 milhões de cabeças, correspondendo a 34,5% do total nacional em 2017. Mato Grosso segue como o estado com o maior plantel bovino, abrigando 13,8% – 29,7 milhões de cabeças. O estado tem grandes frigoríficos e é responsável pelo maior volume de abate bovino no país.

A produção de bovinos segue avançando para o Norte, que possui o segundo maior número – 48,5 milhões de cabeças de gado – e foi a única região a apresentar crescimento em 2017, com variação de 1,0% em relação a 2016.

Dos 20 municípios brasileiros com os maiores números de bovinos em 2017, 11 estavam no Centro-Oeste e nove no Norte. São Félix do Xingu, no Pará, que apresentou o maior total nacional, teve um crescimento do rebanho nos últimos dez anos de 23,6%.

Já o rebanho brasileiro de suínos atingiu 41,1 milhões de cabeças em 2017, um aumento de 3,0% com relação a 2016. A Região Sul concentra o maior total com Santa Catarina no topo do ranking estadual, com 19,7% da soma nacional. Logo em seguida, aparecem o Paraná (16,8%) e Rio Grande do Sul (14,6%).

Galináceos, galinhas e produção de ovos

O total de galináceos em 2017 foi de 1,4 bilhão de cabeças. A Região Sul, destaque na produção e abate de frangos, foi responsável por 47,1% desse total, seguida da Região Sudeste (26,1%). Somente o Paraná abrigou 25,3% do total nacional.

O quadro para as regiões se inverte quando aborda o efetivo de galinhas (poedeiras). A soma nacional estimada em 242,8 milhões de cabeças – um aumento de 11,4% em relação ao ano anterior – teve sua maior concentração na Região Sudeste (38,7%), seguida da Região Sul (26,0%).

O Brasil se destaca mundialmente na produção e exportação de frangos, sendo o maior exportador e segundo maior produtor de carne de frango, também de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Os principais destinos do produto brasileiro em 2017 foram Arábia Saudita, Japão e China.

Sul e Sudeste lideram produção de leite

A produção brasileira de leite em 2017 foi de 33,5 bilhões de litros, uma retração de 0,5% em relação a 2016. As Regiões Sul e Sudeste encabeçam a produção nacional, com 35,7% e 34,2% do total de litros, respectivamente.

Em relação ao número de vacas ordenhadas, é na Região Sudeste que está localizada a maior parte desses animais: 30,4% do total de 17,1 milhões no Brasil. No entanto, a maior produtividade nacional é encontrada na Região Sul, o que a mantém com o status de maior produtora de leite desde 2015.

O principal estado produtor de leite no Brasil é Minas Gerais, que possui ainda o maior rebanho de vacas ordenhadas. Em 2017, foi responsável por 26,6% da produção de leite e por 20,0% do total de vacas ordenhadas.

O preço médio nacional em 2017 foi de R$ 1,1 por litro de leite, uma queda de 5,6% em relação a 2016, ano que atingiu o maior valor da série histórica pela queda na produção e competição pelo produto por parte da indústria. O valor de produção anual gerada na atividade foi de R$ 37,1 bilhões.

Agência Brasil

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Famesp abre processo seletivo para unidades de Botucatu

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Inscrições de 13 a 22 de abril para vagas em diversas especialidades médicas e áreas técnicas

A Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (FAMESP) comunica a abertura do Processo Seletivo 043/2025 para contratação de profissionais em suas unidades de Botucatu. As inscrições serão realizadas exclusivamente online no período de 13 a 22 de abril de 2025 através do site www.famesp.org.br.

VAGAS DISPONÍVEIS

Área Técnica e Administrativa:

 

  • Técnico de Farmácia (determinado)
  • Técnico de Informática Júnior
  • Analista de Sistemas Júnior
  • Auxiliar de Serviços Gerais

 

Profissionais de Saúde:

  • Farmacêutico
  • Psicólogo Hospitalar (determinado)
  • Fisioterapeuta
  • Terapeuta Ocupacional
  • Enfermeiro Obstetra

 

Médicos Especialistas:

  • Especialista em Dor
  • Ortopedista (Coluna)
  • Ortopedista (Trauma)
  • Ortopedista (Quadril)
  • Mastologista
  • Dermatologista
  • Intensivista
  • Endoscopista
  • Reumatologia Pediátrica
  • Intensivista Pediátrico
  • Cirurgia Cardiovascular
  • Cirurgia de Cabeça e Pescoço
  • Otorrinolaringologista
  • Oftalmologista (Retina e Vítreo)
  • Oftalmologista (Catarata)
  • Cirurgia Pediátrica

Serviço:

Período de Inscrições: 13 a 22 de abril de 2025

Forma de Inscrição: Exclusivamente pelo site www.famesp.org.br

Documentação Necessária: Consultar edital completo no site oficial

Sobre a Famesp

A Famesp é uma fundação privada, sem fins lucrativos, com mais de 40 anos de existência. Hoje, além de possuir um hospital próprio na cidade de Botucatu (o Serviço de Ambulatórios Especializados de Infectologia “Domingos Alves Meira” – SAEI-DAM), onde mantém sede própria, a Famesp também está presente nas cidades de Bauru (SP), Itapetininga (SP) e Tupã (SP) fazendo a gestão de hospitais e ambulatórios médicos por meio de contratos de gestão com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP).

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Para Federação, obrigatoriedade de visto americano vai prejudicar Turismo no Brasil

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Em resposta ao tarifaço imposto por Donald Trump (Partido Republicano), governo federal brasileiro deve editar medida nesta quinta-feira (10/4), incluindo Austrália e Canadá; para Fhoresp, decisão afugentará turistas estrangeiros
A Federação dos Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) acredita que o Brasil vai sofrer impactos negativos no Turismo, caso o governo brasileiro insista no retorno da exigência do visto para americanos, australianos e canadenses. A medida, prevista para ser editada nesta quinta-feira (10/4), é uma resposta ao tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos, sob o comando de Donald Trump (Partido Republicano). A Fhoresp prevê a perda de visitantes para países vizinhos, que não exigem o documento.
Desde 2019, não é obrigatório no Brasil o visto por parte de americanos. A exigência caiu no governo de Jair Bolsonaro (PL), via decreto presidencial unilateral – ou seja, brasileiros ainda precisam de permissão outorgada por postos consulares para acessar os Estados Unidos. De lá para cá, muitos setores brasileiros se beneficiaram com a medida, incluindo o Turismo, uma vez que a exigência de visto pode ser impeditivo para quem deseja viajar, seja pela burocracia ou pelo tempo de espera para a emissão.
Para o diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto, a retaliação pretendida pelo governo federal ao tarifaço pode prejudicar o próprio País, pois vai afugentar turistas de fora. Desde 2/4, Trump tem imposto aumento de tarifas a 180 países que exportam para os Estados Unidos produtos e matéria-prima – o que inclui o Brasil. As novas taxas variam de 10% a 104%, dependendo da nação:
“Não de hoje, o Brasil é destino de longa distância para europeus, americanos e asiáticos. Com esta obrigatoriedade de visto no Brasil, vamos perder visitantes para outros países. Isso vai influenciar no faturamento do Turismo, e, aí, falo em hotéis, restaurantes, bares e atividades de recreação e de lazer – o trade como um todo. Isso vai impactar negativamente, inclusive, as estratégias e o trabalho da Embratur”, lembra Edson, ao citar a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).
Quem tiver o Brasil como destino, partindo dos Estados Unidos, do Canadá e da Austrália, a partir desta quinta-feira, deverá solicitar visto on-line, sob taxa de US$ 80,90, caso o governo federal volte, mesmo, a exigir o documento. A permanência do estrangeiro em solo brasileiro também não poderá ultrapassar 90 dias.
Segundo o representante da Fhoresp, enquanto o Brasil não consegue, nos dias de hoje, ultrapassar a média de 7 milhões de turistas, o México recebe 20 milhões de estrangeiros, anualmente – diferença que deve ficar ainda mais latente a partir da retomada de exigência do visto americano:
“O Brasil sairá perdendo. Vamos passar a disputar o turista com países como Colômbia, Chile, Peru, Costa Rica, Argentina e México, que não exigem visto. Se a União for em frente com essa medida, estaremos adicionando uma restrição ao Brasil que vai impactar diretamente e negativamente o Turismo, que já atua com dificuldades”, reforça.
A Fhoresp ainda faz ressalvas em relação ao desempenho do Turismo Internacional brasileiro perante outras nações que já são destinos consolidados. A França, uma das referências na Europa, recebe 100 milhões de turistas ao ano. Já os Estados Unidos, bate a marca dos 70 milhões:
“O governo federal está misturando alhos com bugalhos; taxa com visto! Isso é catastrófico! É preciso que o Brasil compreenda o momento político norteamericano, exerça sua diplomacia e defenda os interesses nacionais, mas a análise deve ser ampla e aprofundada, para que o Turismo não pague o preço e saia no prejuízo”, finaliza Edson Pinto.

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Sebrae-SP abre inscrições para expositores na Agrishow 2025 

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Estande coletivo reunirá empresas ligadas ao agronegócio; as vagas são limitadas e as inscrições vão até 14 de março

 

O Sebrae-SP está com inscrições abertas para empresas interessadas em expor seus produtos e serviços na Agrishow 2025, considerada a segunda maior feira do segmento no mundo. A feira acontecerá de 28 de abril a 2 de maio, em Ribeirão Preto. Serão selecionadas empresas ligadas ao agronegócio para participarem do estande coletivo do Sebrae-SP. As vagas são limitadas e as inscrições acontecem até o dia 14 de março pelo link.

 

Os selecionados terão acesso a uma estrutura completa para exposição, contendo um balcão vitrine e prateleiras no estande do Sebrae-SP para apresentar seus produtos ao público e os empresários receberão duas credenciais para entrada na feira. Cada empresa selecionada terá direito a dois ou três dias de exposição em sistema de rodízio.

 

Poderão se inscrever empresas formalmente constituídas que ofereçam produtos ou serviços ligados à cadeia do agronegócio, incluindo máquinas, equipamentos agrícolas, de irrigação, sementes, fertilizantes, defensivos agrícolas, insumos diversos, sacarias, embalagens, agricultura familiar, ferramentas, entre outros.

 

Para participar, as empresas candidatas devem observar alguns critérios:

 

> Ser formalizada como MEI, ME, EPP ou Produtor Rural

> Estar estabelecida no estado de São Paulo

> Comercializar produtos ou serviços pertinentes aos segmentos ou cadeia produtiva contemplados na feira: ligados ao agronegócio

> Ter consumido pelo menos 10 horas de soluções do Sebrae-SP nos últimos 12 meses;

> Não possuir pendências financeiras com o Sebrae-SP

 

As empresas serão selecionadas com base em critérios classificatórios como grau de inovação do negócio, indicadores de gestão, experiência em rodada de negócios e missões subsidiadas pelo Sebrae-SP e carga horária de participação em ações do Sebrae-SP.

 

O Sebrae-SP subsidiará a participação das empresas selecionadas e os valores de investimento variam de acordo com o número de participações em feiras com apoio do Sebrae-SP, contados desde 2022, podendo chegar a 90% de subsídio. Os custos com transporte, hospedagem, alimentação e estacionamento são de responsabilidade dos participantes. Os produtores rurais enquadrados no DAP, CAF ou faturamento MEI terão isenção de pagamento, mediante comprovação por declaração contábil.

 

A Agrishow é uma feira internacional com ênfase na divulgação de tecnologia agrícola e realizada anualmente em Ribeirão Preto, sendo considerada a segunda maior feira do segmento no mundo e a maior da América Latina.

 

Serviço

Inscrições para expositores em estande do Sebrae-SP na Agrishow 2025

Data da feira: de 28 de abril a 2 de maio, em Ribeirão Preto

Inscrições até 14 de março pelo link

Valores a consultar

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