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Seminarista de Botucatu lança livro “A Busca da Felicidade”. Confira a entrevista

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O seminarista botucatuense Alex Augusto Manoel de Souza lançou recentemente seu primeiro livro, chamado “A Busca da Felicidade”, composto por 56 páginas. Alex, originário da paróquia Santíssimo Sacramento, concedeu uma entrevista exclusiva ao jornal Cidade Botucatu, onde falou sobre seu livro, novos projetos, felicidade e muito mais.

Cidade Botucatu: Qual seu objetivo com o livro?

Alex Souza: Diante do tema “Felicidade” unida à realidade que vivemos numa constante busca de algo que nos complete, que preencha ou que nos faça ser ou estar felizes, percebi a necessidade de forma sistemática (inicialmente) a pensar mais a fundo sobre a felicidade e a busca para obtê-la. Estamos todos nesta busca, todos perguntamos o que é a tão sonhada felicidade, então o livro tem esse objetivo de primeiramente traçar uma linha sobre a concepção de felicidade dos gregos à contemporaneidade e dar um desfecho com a concepção Agostiniana sobre a felicidade e o caminho para obtê-la, então a partir disso, cada leitor tem a liberdade de pensar sobre a vida feliz de modo mais concreto.

CB: Hoje você está estudando qual curso e onde?

AS: Atualmente estou cursando a faculdade de Teologia, FAJOPA (Faculdade João Paulo II) em Marília.

CB: Por que decidiu fazer o livro?

AS: O livro surgiu da necessidade de poder partilhar esse estudo de três anos na faculdade, para todos, para que mais pessoas tivessem acesso a esse conhecimento, e talvez mais do que conhecimento, mas essa realidade tão presente em nossa vida, que precisa ser pensada e também vivida de forma que seja de fato real e concreta.

CB: Como surgiu o tema do livro?

AS: Surgiu como tema do meu Trabalho de Conclusão de Curso na faculdade de filosofia, queria escrever algo no trabalho que fosse um tempo em que poderia ser pensado por todos e que seja questionado por todos e a felicidade foi bem pertinente para esse objetivo.

CB: O que é a felicidade?

AS: Talvez a problemática não esteja exatamente em dar uma definição, mas sim em um reconhecimento do que é a felicidade, de um caminho traçado para dentro de si mesmo e lá, em uma habitação talvez tão esquecida, podemos encontrar a resposta do que é realmente a felicidade.

CB: Qual o público do livro?

AS: São todos que buscam o caminho para uma vida feliz de modo pleno, que deseja pensar sobre este assunto, acredito que assim o livro alcance todos os públicos, dos jovens aos mais anciãos.

CB: Por que o livro tem esse tamanho?

AS: Tive a preocupação de escrever algo não muito longo, e de forma dinâmica para que possa chegar realmente a todos, nos encontramos em um mundo muito corrido e agitado e às vezes é bom pegar um livro que seja profundo, porém não pesado, que possa “degustá-lo” com calma e dentro de suas realidades.

CB: Dos filósofos abordados no livro, qual você acha o melhor?

AS: Na filosofia não existe um melhor, mas aquele que atribui com mais consistência através de uma tradição filosófica desenvolvida, ou seja, existe antes uma idéia, um pensamento que se desenvolve e trás novos apontamentos, e para mim Santo Agostinho traz essa novidade que perpassa de modo significativo no que consta sobre a felicidade.

CB: Quais livros católicos e filosóficos te inspiraram para a escrita do livro?

AS: A bibliografia é bem extensa e diversa, vem desde livros da filosofia antiga até os pensadores contemporâneos, como “A República” e “O Banquete” de Platão, A pólis e a eudaimonia de Aristóteles, “O ser e o nada” de Sartre, “O ser e o tempo” de Heidegger, e claro, o livro “Confissões” de Agostinho, “A vida feliz” também de Santo Agostinho, entre outros como comentadores contemporâneos e medievais.

CB: De todas as teorias sobre a felicidade, qual você acha a melhor?

AS: Não existe uma teoria melhor, que não quer dizer que seja relativa, mas existe a teoria que mais nos aproxima de uma autentica e plena felicidade, aquela que percebemos que está naquilo que não existe corrupção do tempo ou do espaço, que não se torna antigo nem novo, mas é completo em si, só assim essa teoria do que é realmente felicidade pode se sustentar, pois nela a felicidade não acaba com aquilo que o tempo leva, ou alguém ou em uma situação na nossa vida possa tirar.

CB: Como chegar à felicidade?

AS: Como o livro vai desenvolver a partir de um olhar para o externo percebemos a necessidade de olhar para o que é interno pleno e real, é um caminho que precisamos trilhar, da busca do que é eterno e nos faz eternos, que é alimentado pelo desejo de estar unido à verdade, uma verdade que não possa se corromper. No livro ele vai traçar esse caminho de modo sistemático, porém que depende sempre do sujeito que deseja de fato, estar disposto a essa realidade.

CB: Você tem projetos para próximos livros?

AS: Tenho sim, já estou no segundo capítulo do próximo, que será voltado para a área da espiritualidade, trazendo a partir da fragmentação (desconstrução) humana vivida na atualidade, traz uma reconstrução através de um caminho de encontro com Deus, por três vias, através de sí mesmo que a partir da frase de Sócrates “Conhece a tí mesmo” que trás a realidade e possibilidade de encontrar-se consigo é encontrar a Deus, em um percurso de reconhecer-se e aceitar os desafios, sofrimentos, solidão etc.. depois um percurso desse encontro através do outro, não se perdendo dentro das paixões ou do a amor que nos objetifica ou nos aprisiona e por fim o grande encontro com Aquele que já está, daí entraremos dentro da mística. Mas ainda é um “bebê”, tem bastante coisa para pensar e construir.

Para comprar o livro é preciso enviar uma mensagem para o perfil de Alex no Facebook, acessível por esse link.

 

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