Líder da oposição Capriles (C) durante protesto em Caracas 15/5/2017 REUTERS/Marco Bello
O número de mortos nas seis semanas de protestos antigoverno na Venezuela aumentou para pelo menos 42, de acordo com a promotoria, que anunciou três mortes nesta terça-feira.
Um policial foi preso por seu suposto envolvimento no assassinato de um motorista de táxi de 33 anos, baleado no tórax, no Estado fronteiriço de Táchira. Um adolescente de 17 anos morreu nesta terça-feira depois de ser baleado na cabeça durante um protesto ocorrido no dia anterior no Estado central de Barinas, berço do falecido presidente Hugo Chávez.
“Um grupo de pessoas chegou e começou a atirar, ferindo o jovem no cérebro”, disse a Procuradoria Estadual.
O adolescente morreu em um hospital no início desta terça-feira.
Outra pessoa, cujo nome e idade não foram revelados, morreu em protestos em San Antonio, segundo autoridades.
A violência irrompeu em várias partes do país na segunda-feira, quando oposicionistas ocupando espaços a sentarem no chão e bloqueando estradas na tentativa de manter o ímpeto de sua iniciativa para destituir o governo de Nicolás Maduro.
Centenas de milhares de pessoas foram às ruas nas últimas semanas, revoltadas com a escassez de alimentos, uma crise médica e uma inflação em disparada.
Os manifestantes exigem eleições, a libertação de ativistas presos, ajuda humanitária estrangeira para amenizar a crise econômica e autonomia para a atual legislatura controlada pela oposição.
Maduro culpa a oposição pela crise do país e as mortes, que fizeram vítimas dos dois lados, e acusa seus adversários de tentarem depô-lo com um golpe com o apoio dos Estados Unidos.
Ao menos 90 pessoas foram presas em meio aos tumultos da segunda-feira, de acordo com um grupo local de direitos humanos.