Acordo prevê a venda de 12 aviões para combater grupos terroristas e missões de patrulha
O governo dos Estados Unidos aprovou formalmente a venda de 12 aviões A-29 SUper Tucanos para a Nigéria, assim como armas relacionadas. A autorização para venda abre uma nova possibilidade de negociações com o país africano, que sofreu diversas sanções no governo Barack Obama, em relação as constantes violações dos direitos humanos.
Embora seja um projeto brasileiro, o Super Tucano emprega componentes produzidos por empresas dos Estados Unidos, o que obriga sua comercialização respeitar uma série de normas expedidas por Washington. Outros modelos que contam com componentes norte-americanos passam pelas mesmas restrições, incluindo aviões civis, de diversos fabricantes.
O embaixador dos Estados Unidos na Nigéria, Stuart Symington, apresentou o LOA (Letters of Offer and Acceptance) documento que traz os termos do acordo bilateral, sem restrições por parte das autoridades norte-americanas. O LOA representa a oferta oficial para venda de sistemas de defesa por parte dos Estados Unidos a nações aliadas.
O objetivo do governo norte-americano é manter a existência pacifica da Nigéria na região da África Subsaariana Ocidental, considerada estratégica para a estabilidade de toda a região. Os Super Tucanos deverão ser empregados nas ações de combate ao grupo extremista Boko Haram, considerado um dos mais radicais em atividade no mundo. Conhecido pelo extermínio étnico e de mulheres, o grupo é acusado de uma série de violações aos diretos humanos.
O acordo para venda de 12 aviões, incluindo armas e suporte técnico, é avaliado em US$ 593 milhões. A previsão que a LOA seja assinada ante do dia 20 de fevereiro de 2018, assegurando a entrega das primeiras aeronaves até o final do ano. A produção final das aeronaves deverá ocorrer na unidade da Embraer nos Estados Unidos, em parceria com a Sierra Nevada Corporation.