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Titã, a lua de Saturno, pode ter ‘cristais alien’ em sua superfície

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Mais uma nova hipótese para se cogitar a vida extraterreste acaba de ser publicada no periódico científico AC Earth and Space Chemistry. Escrito por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Califórnia e da Organização Australiana de Ciência Nuclear e Tecnológica, o estudo avalia que a maior lua de Saturno, Titã, possui cristais em sua superfície, o que poderia servir como alimento para algumas formas de vida alienígena.

Conhecidos por co-cristais, acredita-se que eles são formados por amônia e acetileno, que se juntam e criam um composto semelhante ao sal e que é a razão pelas chuvas de metano e as inundações de etano em Titã.

Normalmente, os co-cristais são sais feitos de dois ou mais compostos moleculares. Isso permite que eles tenham algumas propriedades únicas, tais como diferentes pontos de fusão quando comparados às substâncias que os formam em suas formas originais. No entanto, ainda há discordância sobre o que eles são de fato.

“O termo é usado principalmente para caracterizar compostos sólidos de duas ou mais moléculas ou íons em que a ligação entre eles é um pouco frouxa, então os componentes mantém suas identidades”, explica um pesquisador da Universidade Cornell, em Nova York, ao portal New Scientist. “Embora tenhamos poucas informações sobre esse material, a presença da amônia o torna mais interessante”, adicionou.

A importância desses co-cristais é que eles poderiam fornecer alimento para a vida microbiana que habita a superfície de Titã.

“Esses co-cristais, ou ‘minerais orgânicos’, são uma nova e excitante classe de compostos na superfície de Titã”, disse o autor do estudo ao portal IFLScience.

Possivelmente, os cristais são muito pequenos, medindo poucos micrômetros de tamanho – algo menos que a largura de um fio de cabelo humano. Eles até poderiam crescer se tivessem condições adequadas. Além disso, eles se assemelham à neve fresca e podem servir de alimento para certos tipos de micróbios.

Titã, o maior satélite de saturno – A Titã é assunto de muitas discussões recentes. Até a NASA já está considerado visitar a superfície com uma nave espacial para estudar seus lagos e rios ricos em hidrocarbonetos líquidos. A ideia é iniciar a missão em 2025 – mas a nave só chegaria na lua de Saturno em 2034.

Outra característica de Titã foi avaliada em um novo estudo, que descobriu que os seus oceanos podem ser adequados para abrigar um submarino em algum momento do futuro. Ao replicar a temperatura e pressão de Titã em laboratório, os cientistas descobriram que, apesar das condições difíceis para a vida terrestre, a região pode ser explorada.

Titã é o único lugar além da Terra que se sabe haver corpos líquidos em sua superfície. Junto à sua atmosfera espessa, a lua parece um ambiente sedutor para a vida de uma forma ou de outra. Se o espaço é habitável ainda não sabemos e talvez continuemos com essa incerteza por algum tempo. No entanto, a existência dos co-cristais pode nos ajudar nessa descoberta.

G1 – Com informações do portal IFLScience.

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