Bahige Fadel

Ufa – Artigo de Bahige Fadel

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UFA!
Caramba! Já estamos em dezembro. Logo, logo será 2022. Quem diria! Ano difícil. Bota dificuldade nisso. Uma atrás da outra. Além das dificuldades naturais, as dificuldades criadas. Sim, dificuldades criadas. É que existe gente especialista em achar pelo em ovo. Há pessoas cuja especialidade é espalhar o caos. São os agentes do fim do mundo.

Meu amigo, você já viu corrida de fundo? Aquelas de dez mil metros, maratona… São corridas que demoram para terminar. Alguns, embora cansados, passam bem pela linha de chegada. Mas há alguns chegam num bagaço de dar dó. Chegam capengando. Parece que não vão conseguir. Mas conseguem. E quando passam pela linha de chegada, têm um alívio. Estão nas últimas posições, mas parece que ganharam a corrida. É o meu caso. Estou olhando para a linha de chegada, que está logo ali, mas parece que está a uns dez quilômetros. Propus-me a chegar. Não importa em que condições, mas vou chegar. Não vou querer desistir no último mês, de jeito nenhum. É só botar na cabeça que o próximo ano será mais fácil, que aparecem novas forças. Vai firme, cara, que o ano que vem vai ser mais fácil! E lá vou eu.

É isso aí. Tento ser otimista. É a melhor maneira de se viver. É a melhor maneira de expulsar os agentes do caos, os marqueteiros do inferno, os representantes do capeta, do chifrudo, do lúcifer, do coisa-ruim, do danado, do tinhoso, do diabo, do demônio, do jurupari, do belzebu, do malvado, do canhoto e de outros nomes menos cotados. Tem que ser otimista. Acreditar no melhor. Mesmo que seja ano de eleição, a gente tem que acreditar no melhor. Não estou falando em acreditar em discurso de político. De discurso de político a gente sempre desconfia.

Desacredita. Tem que acreditar em você. Você é capaz. O político é capaz de outras coisas, exceto fazer algo para você ser feliz. Veja o que os deputados de São Paulo fizeram com os aposentados. Depois de cinco anos sem atualização dos salários, o que fizeram? Botaram imposto para reduzir o salário deles. Para reduzir o meu salário. É como se dissessem: Você trabalhou durante trinta e oito anos para o Estado, educando crianças e jovens, mas não merece ganhar o que ganha. Vou reduzir o seu salário, e vire-se. Não estou nem aí para os seus problemas. Assim mesmo, vote em mim. Lógico que isso eles não falam. Os políticos, em seus discursos, são os mais humanitários do mundo. São todos Irmã Dulce ou Madre Teresa de Calcutá. Assim, não é por causa deles que você será otimista. É por causa de você. Por causa do seu fôlego, por causa de seus objetivos. Você tem que cuidar de você mesmo e de várias outras pessoas que necessitam de você. Não acredite em qualquer discurso. Nem do bem nem do mal. A vitória do próximo ano, como deste, será sua, apesar dos discursos daqueles que falam mas não fazem, que dizem estar pensando em você, mas estão pensando apenas neles próprios.

BAHIGE FADEL

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